Destinada A Um Vampiro ( Reescrevendo)

capitulo 51

Observar a chuva cair através da porta me trazia calmaria, o tempo tinha fechado, o sol foi escondido por nuvens carregadas. O barulho da chuva batendo contra as janelas era como um calmante para mim.

- Gosta da chuva?

Virei minha cabeça para encarar a dona daquela voz, Samara. Ela estava encostada na parede cinza enquanto mantinha seus braços cruzados na altura de seu busto.

- Não muito.- murmurei voltando minha atenção para a porta.

O suspiro de Samara chamou minha atenção me fazendo olhar em sua direção novamente com a sobrancelha arqueada.

- Algum problema?- perguntei vendo ela relaxar seus ombros.

- Matthew mandou notícias, ele disse que conseguiram encontrar o grupo de rebeldes e que logo vão estar de volta.- comentou enquanto caminhava em minha direção.

Assenti com a cabeça tentando não demonstrar o meu enorme interesse em saber como ele está.

- Ele está bem.- comentou Samara como se estivesse lendo meus pensamentos.

- Hum.- resmunguei tentando não demonstrar o alivio que tomou conta de meu corpo.- Não tiveram mais noticias sobre Nirvana?- perguntei curiosa.

Não comentamos sobre Nirvana a semanas, era como se eles fingissem que ela não tentaria me atacar a qualquer momento.

- Ela está por perto, descobrimos que ela vem reunindo lobos e Vampiros que foram expulsos do reino. Ela está ficando cada dia mais forte.- era evidente o medo em sua voz e rosto.

- Nos também, não é?- perguntei esperando que ela concordasse.

Tudo que recebi foi o silêncio de Samara, e isso foi o suficiente para que eu me calasse e ficava com medo ao ponto de sentir calafrios.

(...)

- Ele mexeu!- gritei atraindo os olhares das pessoas presentes na sala para mim.

- Tem certeza?- perguntou-me Mathias enquanto se apressava a ficar ao meu lado.

- Sim, eu tenho!- exclamei sentindo outra pontada em minha barriga.- Olhe você mesmo.

Levantei a camisa que eu estava vestindo deixando minha barriga amostra, logo os olhares de Mathias, Samara e kyros estavam presos em minha barriga.

- Ele mexeu, olha ali!- gritou Mathias enquanto apontava para a minha barriga.

Eram como se pequenas ondas estivessem se formando nela, não vou mentir, os chutes doíam e muito!

- Finalmente, achei que havia alguma coisa errada com ele.- disse Kyros enquanto me olhava com um grande sorriso.

- Kyros!- Samara o repreendeu fazendo com que ele a olhasse confuso.

- Oque foi?- perguntei fazendo Samara ficar tensa.- Tem algum problema com ele?- perguntei temendo por sua resposta.

- Não, não é nada disso querida.- respondeu enquanto se aproximava de mim.

Tinha algo de errado, e eles estavam escondendo de mim. Me levantei do sofá ficando frente a frente com Samara que carregava tensão em seu rosto.

- Me conta, agora!

Samara soltou um alto suspiro e lançou um olhar frio para Kyros que agora se mantinha inquieto em seu lugar.

- não tem nada de errado com seu bebê, só estamos preocupados com o seu parto.- começou kyros vendo que Samara nem sequer havia se pronunciado.- Não sabemos se você vai..

Kyros estava prestes a terminar de falar quando um forte estrondo deixou todos na sala atentos. Mathias se colocou em minha frente em estado de alerta, Kyros e Samara trocaram olhares me deixando inquieta.

Observei kyros caminhar com pressa até a grande porta do salão. Com força ele quebrou um abajur que tinha ali e se apressou em colocar na porta impedindo que alguém entrasse facilmente. Kyros ficou em posição de ataque ao lado da porta esperando que alguém tentasse invadir o cômodo.

O silêncio reinou no local, só eram ouvidos o barulho dos pingos de chuva caindo do lado de fora acompanhados de trovões.

Mais silêncio...mais tensão. Quanto mais tempo ficávamos ali parados mais medo eu sentia, meu coração batia com força contra meu peito me causando uma dor, meu bebê se mexia cada vez mais me causando uma fraca dor no pé da barriga mas que era o suficiente para me manter assustada. Eu sentia calafrios pelo meu corpo todo, minhas mãos soavam me fazendo secalas em minhas roupas a todo momento.

Passos. Se antes já estávamos em alerta agora estávamos em posições de ataque, ignorando a dor levantei minhas mãos preparada para jogar longe qualquer um que tentasse entrar ali naquele momento. Os passos ficavam cada mais mais altos, o barulho de objetos caindo e quebrando preenchiam meus ouvidos.

Observei kyros fazer um sinal para Samara que assentiu com a cabeça e logo olhou para mim e Mathias que até então se mantinha em minha frente com seus braços aberto pronto para pular em qualquer um que tentasse me atacar.

Aonde o desgraçado do Matthew estava naquele momento?

(...)

Matthew

- Dias andando, eu preciso me alimentar!- resmunguei fazendo Rafael me olhar e revirar os olhos.- continue assim e você vai ser o meu lanche.

Rafael me olhou e soltou uma risada indignada fazendo seu pai dar um tapa em sua cabeça.

- Vocês!- exclamou enquanto revisava seu olhar entre nós dois.- Já chega!- gritou visivelmente irritado.

Ele voltou ao seu lugar enquanto nos olhava. Me segurei para não rir da cara de taxo de Rafael, até agora estou tentando entender oque esse cara está fazendo aqui, quase morremos por sua culpa.

- E então, já conseguem abrir algum portão?- perguntei sentindo a exaustão tomar conta de mim.

- Estou quase lá, aqueles rebeldes tomaram muita força vital minha.- disse Rafael enquanto trocava a faixa de sua mão machucada.

Pela primeira vez eu concordava com aquele cara, não imaginamos que seria tão difícil igual havia sido. Eram vários, não um pequeno grupo que imaginamos que seria, a cada minuto em que eu tinha que lutar contra eles também tinha que ajudar Rafael e seu pai, não podia deixar que nada os acontecesse, Angeline nunca me perdoaria.

- Sinto que tem alguma coisa errada.- murmurou Rafael fazendo com que seu pai e eu o olhassemos confusos.- Precisamos voltar para o castelo, agora!

O tremor em sua voz me assustou, me apressei em juntar as coisas que estavam espalhadas pelo lugar que passamos a noite e logo estávamos andando até que eles estivessem fortes o suficiente para abrir o portão e nós levar para o castelo.

Pela primeira vez em dias Rafael estava calado, indicando que realmente algo não estava certo.