Capítulo 13

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Um som horrível preencheu meus ouvidos. Era o meu celular. A minha cabeça latejava,meu corpo estava dolorido e eu sentia um cheiro horrível de vômito que me causava náuseas.

- Droga...- murmurei baixo enquanto procurava o telefone sobre a cama.

- Alô?- atendi sem ânimo algum.

- Que droga,Angeline!- a voz de Annie ecoou pelo outro lado da linha.- eu estou te ligando a horas.

Pelo seu tom de voz tive certeza da raiva que minha amiga estava naquele momento.

- Sinto muito...- murmurei baixo mais sabia que ela pode escutar.

- Ela atendeu?- escutei a voz de Rafael.- Angeline?

- Oi?- perguntei enquanto me sentava na cama.

- Por que caralhos você não atende a porcaria do seu telefone?- era evidente a voz de raiva do meu irmão

- Sinto muito. Eu dormi assim que cheguei.- falei suspirando.

A luz do sol entrava pela janela do quarto me provocando um desconforto enorme nós olhos e uma dor de cabeça pior ainda.

- Desculpa perguntar mas,por que você está com Annie?- perguntei e pude perceber os dois começarem a cochichar.

- Nada,bom eu tenho que ir mas por favor me liga qualquer coisa!

Sem me dar tempo de responder a ligação caiu me fazendo olhar confusa para a tela do celular. Dez da manhã,quanto tempo eu dormi?

Eu não me lembrava de quase nada da noite anterior além do fato de ter vomitado nos pés daquele cara. Meu Deus,então esse é o motivo do cheiro horrível de vômito? Droga,mil vezes droga!


fazia algum tempo que eu tinha acordado e tomado um banho,Matthew havia saído,e eu cansei de ficar no quarto boiando em meus pensamentos, escolhi um vestido azul de alças e coloquei meus saltos. Desci para o saguão e esperei meu táxi. Após entrar no táxi pedi para ele me levar para um bar, assim que paguei a corrida entrei no bar, me sentei em uma mesa, em alguns minutos um garçom veio me atender.

- o que a senhorita deseja?- perguntou de forma gentil.

Como no dia anterior eu já tinha exagero muito na bebida eu descidi pegar leve já que hoje eu estava sozinha. Na real eu não sei nem o que me deu para estar nesse bar. Ele era escuro,a pouca iluminação que adentrava era por conta da luz das janelas escuras. Ele tinha um toque moderno,não haviam muitas pessoas ali,deveriam ser em torno de umas seis da tarde então ainda não estava escuro.

- Um vinho branco,por favor.- pedi com um sorriso nós lábios.

Ele apenas assentiu com a cabeça e se retirou,em meio aos meus pensamentos pensei em Matthew,aonde ele tinha ido e se tinha acontecido alguma coisa com ele,eu estava preocupada já que saiu sem nem me acordar para dizer aonde ia. Mais pera aí,a gente nem tem nada,que droga Angeline. Você não tem que se preocupar com ele,você não tem que pensar nele, e muito menos se importar se ele saiu sem te avisar.

Alguns minutos depois o mesmo garçom voltou com minha bebida.

- aqui está!- disse colocando a bebida na mesa.

- obrigada.

Pessoas vinham e saiam daquele pequeno estabelecimento. Em meio a tantas pessoas uma me incomodava,um homem alto me olhava com um sorriso de canto. Seu olhar me trazia arrepios,eu sabia que suas intenções não eram as melhores.
Deixei o dinheiro sobre a bancada e me dirigi para fora do estabelecimento tentando evitar de olhar para o cara desagradável que estava ali.
A noite estava fria oque me causava pequenos arrepios. Abracei meus braços enquanto caminhava até um ponto de táxi ali perto. Meu celular estava desligado,não aguentava mais Annie e Rafael me ligando,até Jonas entrou nessa.

- ei,gostosa!- uma voz rouca gritou me fazendo olhar em sua direção.

Era o mesmo homem do bar,ele me encarava com o mesmo sorriso de minutos atrás.

- o que uma mulher tão linda como você está fazendo andando sozinha por aqui?- o homem perguntou enquanto se aproximava.

Assustada fui dando passos para trás,mas o homen a minha frente foi mais rápido e agarrou meu braço com força.

- calma, você vai me agradecer depois.- disso enquanto passava seus lábios pelo meu pescoço.

Naquele momento eu senti um frio percorrer minha espinha e a sensação de desespero me preencheu por completa. Eu sentia nojo a cada toque do homem em meu pescoço.

- não,por favor!- finalmente as palavras saíram da minha boca.

Droga,não é possível que ninguém estava vendo aquele tarado me agarrando,estávamos em um lugar público! Carros passavam a todo instante mas era como se ninguém se importasse o suficiente.

- calma gatinha, você vai gostar-  disse enquanto roçava sua barba em meu pescoço.

- não faça isso, por favor, eu te imploro- pedi em prantos.

Ele não disse nada apenas foi se aproximando de mim, droga...eu não deveria ter saído,eu não deveria ter bebido,eu me senta zonza. Com o pouco de força que me restava eu chutei com força o meio de suas pernas fazendo o homem gemer de dor e se ajoelhar no chão com a mão em seu objeto nojento.

- Eu falei para você parar.- murmurei o olhando com nojo.

Sai dali apressadamente antes que ele tivesse a oportunidade de ver aonde eu estava indo. Para minha sorte um táxi estava ali parado,corri para o mesmo e mandei que ele saísse as pressas daquele lugar.

Destinada A Um Vampiro ( Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora