capítulo 52

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- Olha, quer saber de uma coisa?- perguntei atraindo a atenção dos dois caras a minha frente para mim.- Não tem nada de errado, eu não posso ignorar esse chamado só porque você teve um "pressentimento".- conclui fazendo Rafael semicerrar seus olhos e andar em minha direção.

- Angeline pode estar em perigo e você vai atender um chamado de um grupo de lobos que não sabem se virar sozinhos?- perguntou se referindo aos ruivos que ecoavam pela floresta inteira.

Agarrei com força o colarinho de sua camisa e cheguei seu rosto próximo ao meu sentindo sua respiração ofegante contra meu rosto.

- Eles são meu povo!- gritei fazendo ele jogar sua cabeça para trás.

O seu pai se aproximou de nós dois vendo a confusão que estava presente entre nós naquele momento.

- Já chega!- gritou puxando Rafael de meu aperto com dificuldade.- Matthew,  eu vou voltar para o castelo, só tenho força para conseguir me teletrasportar para la, enquanto isso você e Rafael resolvem o problema com os lobos!- disse fazendo com que seu filho o olhasse indignado.

- Pai!- resmungou Rafael parecendo uma criança quando não ganha oque quer.

- Sem mais nem menos, Rafael.- disse entridentes fazendo com que Rafael se calasse.

Observei ele dizer algumas palavras e logo sumir da nossa vista fazendo com que uma brisa gelada batesse contra meu corpo.

- Vamos logo.- resmungou Rafael se pondo a andar a caminho de onde os uivos vinham.

Observei ele se afastar e só quando ele já estava longe o suficiente comecei a andar atrás dele, quanto mais longe estivermos um do outro melhor.

(...)

- Chegamos tarde...- murmurei observando corpos já sem vida no chão.

Lobos do meu reino estavam mortos, homens e mulheres que eu vi crescer, que eu presenciei a primeira transformação. Eles estavam mortos.

Um grupo com cerca de quinze pessoas, todos já sem vida.

- Agora podemos ir!- disse Rafael sem animo algum em sua voz.

O olhei com raiva, como ele se atrevia a tratar eles como um nada?

- Olha, eu sinto muito pela sua perda e tal mas, temos que ir!- disse enquanto observava um ponto da floresta.

Me forcei a me calar, eu sabia que se dissesse qualquer coisa a sua resposta seria pior ainda e eu pularia em seu pescoço e arrancaria aquele sorriso idiota que ele carregava em seu rosto com minhas próprias mãos.

Suspirei cansado, tínhamos que descobrir se estava tudo bem com Angeline e os outros.

Caminhei até Rafael vendo que ele já tinha força o suficiente para abrir um portal,  antes de entrar no mesmo junto com ele me abaixei próximo ao corpo de uma das várias pessoas que havia perdido sua vida ali enquanto esperava por minha ajuda e sussurrei um sinto muito fechando seus olhos logo em seguida.

(...)

Eu corria desesperada pelo enorme corredor escuro enquanto escutava seus gritos atrás de mim, ela se divertia com tudo que estava acontecendo naquele momento.

A dor em minha perna esquerda estava cada vez pior, eu não sabia se corria ou se chorava até aquela dor passar, um grande corte feito por Ursula sangrava descontroladamente enquanto eu tentava pressioná-lo com a pouca força que eu tinha naquele momento.

Samara foi jogada em um portal por Nirvana fazendo com que Mathias entrasse no mesmo para tentar ajudá-la mas Nirvana se jogou no mesmo fazendo com que ele se fechasse quase de imediato.

A única coisa que kyros me mandou fazer foi correr, correr como se minha vida dependesse daquilo e ela dependia!

A garota ruiva tinha uma risada assustadora enquanto me perseguia pelo enorme castelo. Kyros disse que me encontraria assim que conseguisse, eu a todo momento implorava para que ele me encontrasse logo mas, eram muitos lobos que ele estava enfrentando enquanto eu corria igual uma covarde.

- Vamos lá, não complique ainda mais!- gritou Ursula.

Eu sentia que meu coração santaria pela minha boca a qualquer momento, a adrenalina já não estava mais presente em meu corpo, a dor no pé da minha barriga havia se espalhado para as minhas costas, ele nao podia nascer, não daquele jeito, não assim!

Me escondi dentro de um quarto com pressa torcendo para que ela não me encontrasse, ridículo, eu sei.

Ursula sentia o meu cheito a metros de distância, para debilitar um pouco seu caminho empurrei os móveis do quarto contra a porta. Você é uma gêmea Angeline!

- Eu sei que você está aí...- cantarolou causando arrepios em meu corpo todo.

Logo o barulho da porta sendo empurrada foi ouvido, ela tentava forçar a porta a qualquer custo e quando não conseguiu escutei uma forte pancada fazendo com que as coisas que antes impossibilitaram sua passagem agora estivessem jogadas pelo quarto.

- Você acha mesmo que isso.- disse com desdém enquanto apontava para a comoda agora quebrada.- poderia me impedir? Você é tão patética quanto pensei que seria!

O barulho de seus saltos altos batendo contra o chao de madeira antigo fazia com que meu coração acelerasse cada vez mais, eu sentia que estava prestes a ter um infarto.

- O seu cheiro...- comentou enquanto cheirava o ar.- me da náuseas!- resmungou fazendo com que suas pressas ficassem amostra.

- Você quer mesmo fazer isso?- perguntei enquanto sentia meu corpo trêmulo.

- Você não tem noção do quanto eu quero isso...- murmurou enquanto pousava sua mão gélida em meu ombro nu.- não leve para o pessoal, eu te mataria mesmo você não sendo a prometida de Matthew. - disse enquanto acariava minha bochecha.

Senti o ar faltar em meus pulmões e o desespero tomar conta de mim, eu me debatia em seus braços enquanto ela me segura pelo pescoço com um sorriso em seu rosto. Eu sentia meus olhos ficarem pesados e a ponto de fecharem mas, a raiva tomou conta de todo o meu corpo, com a pouca força que me restava joguei Ursula para fora do quarto podendo finalmente sentir meus pés tocarem o chão e o ar voltar para o meu corpo.

Andei apressada ate onde ela estava caída, seu olhar de raiva caiu sobre mim e antes que ela pudesse me machucar outra vez levantei minha mão fazendo com que Ursula sentisse um forte dor em sua cabeça. Seus gritos de dor ecoavam pelo enorme corredor escuro enquanto ela levava suas mãos até a cabeça, seus olhos esverdeados se reviravam a todo momento.

- Você me acha fraca agora?- perguntei perguntei apertava minhas mãos com força causando ainda mais dor na ruiva a minha frente.


Destinada A Um Vampiro ( Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora