capítulo 32

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Minha cabeça latejava, me impedindo de abrir os olhos. Resmunguei várias vezes até que tive coragem de abrir meus olhos.

- Que merda!- resmunguei enquanto me sentava na cama.

Olhei em volta tentando reconhecer o lugar que eu estava. Alguns lençóis tampavam coisas que eu deduzi ser móveis. O tom de suas paredes eram escuros,a única janela que havia naquele lugar estava sendo tampada por uma grande estante branca.

Passei minhas mãos entre os móveis e logo elas estava sujas de poeira. As bati contra minhas roupas na intenção de limpa-las.

Levantei meu olhar novamente e me deparei com a mesma mulher loira,me afastei apressadamente com medo do que ela pudesse fazer comigo.

- Eu não vou te fazer mal,filha!- disse calmamente

- Filha? Você não é a minha mãe,minha mãe é a...- ela deu um soco na parede irritada fazendo um racho no lugar aonde atingiu.

Me encolhi de medo perto da parede que a cama estava encostada.

- Me desculpe...eu não queria te assustar.- disse se aproximando de mim,mas logo parou quando viu que eu estava assustada.- Angel...- murmurou baixo.- eu não vou te machucar,eu prometo.

- Cadê o meu irmão?- perguntei preocupada.

- Ele está bem.- murmurou com um pequeno sorriso.

- Eu quero vê-lo!- disse seria.

- Filha,isso não é possível por enquanto.- disse ainda calma enquanto se sentava na cama.

- Por que?- perguntei preocupada.- O que você fez com ele?- perguntei com irritação na voz.

- Ele está vivo.- disse dando de ombros.- nunca faria mal a Rafael.- disse seria.

Suspirei pesadamente,eu estava muito preocupada. A última coisa que me lembrava era de Rafael desacordado no chão.

- Onde eu estou?- perguntei tentando esconder a curiosidade que sentia.

- Em casa.- disse com um grande sorriso.

A mulher cujo o nome era Samara,se levantou e caminhou até a porta que ficava no quarto.

- Sinto muito por não te dar mais respostas.- disse com a mão na maçaneta.- prometo que assim que possível te contarei tudo!- em um gesto rápido Samara saiu apressada do quarto.

Fiquei sozinha novamente,a confusão me atingiu. Eu não entendia oque ela queria comigo mas,ao mesmo tempo eu estava tão preocupada com Rafael que nem me importava comigo mesma.

(...)
Já fazia um pouco mais de um mês mês eu estava ali. Droga!
Samara tentava várias vezes conversar comigo oque eu tornava praticamente impossível. Não tive notícias de ninguém. Eu estava constantemente me sentindo mau. As dores de cabeça estavam cada vez piores,meus poderes estavam incontroláveis,eu perdi a conta de quantas vezes coloquei fogo nos móveis sem querer. Samara disse que me ajudaria a me controlar mas,eu não queria sua ajuda,eu só queria sair dali.

As roupas eram antigas,longos vestidos e algumas poucas calças e camisetas. Samara disse que sempre se manteve no passado,o castelo aonde ela vivia era repleto de móveis antigos. O reino a sua volta era cheio de pessoas mal encaradas,algumas eram gentis e doces só que essas eram praticamente raras. Eu demorei para conhecer tudo,era extremamente grande o local.

- Notei que anda meio calada,está tudo bem?- rose perguntou aflita se sentando na cama ao meu lado.

Rose era praticamente o braço direito de Samara,a ajudava em tudo o tempo todo.

- eu quero ir pra casa,rose.- falei cabisbaixa.- não vejo motivos para estar aqui!- falei seria.

Rose deu um longo suspiro e acariciou meus cabelos. Ela era extremamente gentil e isso me agradava bastante

- Pequena Angel,se você soubesse o tanto que ela te procurou,o tanto que sofreu só para poder te ver de novo,você seria mais compreensiva.- rose falou seria mas no final deu um sorriso.

- Porque ela me quer tanto, Rose?- eu não entendia essa vontade obsessiva dela de ter por perto alguém que ela demorou anos para conhecer.

- Samara é uma pessoa confusa,você tem que tentar entende-la.- disse se levantando.- Ela nunca quis te perder.

- eu sinto a falta dele...- sussurrei.

- Ela entende isso,mas ela não gosta da raça dele.- disse me deixando confusa.- Boa noite angel- disse saindo do quarto sem me dar tempo para mais perguntas.

Eu me sentia péssima em imaginar que ninguém havia vindo atrás de mim. Uma pequena parte minha esperava que nirvana fosse dar um jeito de me achar e isso era ridículo. Nirvana sempre foi uma pessoa horrível,nunca me tratou bem mas,eu esperava que ela fosse sentir falta da pessoa que ela criou durante vinte e um anos.

Eu estava caminhando até a cama quando senti uma grande pontada nas minhas costas,soltei um grunhido de dor e me encostei contra a parede gelada.

- Que droga de dor é essa?- perguntei para mim mesma enquanto outra pontada forte me atingiu.

Eu estava entrando em desespero,era uma dor extremamente forte,eu nunca a havia sentido antes. Senti minha cabeça queimar e meus olhos arderem. Segurei com força a cabeceira da cama e quando olhei para o local que minha mão estava o lugar se queimou. Afastei minha mãe assustada e a olhei tentando entender oque estava acontecendo comigo naquele momento.

Já sem forças cai de joelhos sobre aquele chão de madeira que rangiu com a minha queda. Senti um forte pontada em mim barriga me fazendo levar a mão até o lugar. As lágrimas escorriam de meus olhos,eu não sabia oque fazer eu não conseguia gritar e nem me levantar. Cai sobre o chão e agarrei minhas pernas esperando que a dor passasse e lá eu fiquei até a porta ser aberta em um estrondo. Eu não me movi para ver quem era mas,logo a voz de Samara preencheu o quarto,ela parecia desesperada,era tudo tão baixo para mim,eu não escutava nada,era como se um grande barulho impedisse que eu escutasse qualquer outra coisa.

- Me ajudava!- pedi desesperada em um sussurro.

Logo senti mãos ao meu redor. Eu não tinha mais forças,meus olhos não se mantinham mais abertos,eu não tinha energia para isso. Logo tudo começou a escurecer ,a última coisa que vi foi Samara me olhando com desespero no olhar.


Destinada A Um Vampiro ( Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora