Capitulo 22

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- Acho que estou enlouquecendo...- murmurei enquanto andava em círculos.

Annie me olhava sem entender nada,talvez eu estivesse mesmo louca.

- Da pra você sentar e me explicar o que aconteceu?- pediu impaciente.

Ignorei o pedido da minha amiga e caminhei até a janela do seu quarto que ficava no quinto andar. Observei os carros passarem na rua e as pessoas andando. O mais incrível disso tudo era pensar que elas não sabiam da existência dos seres que viviam entre a gente.

- E.eu preciso ir.- gaguejei apressada.

Peguei meu casaco que estava jogado em sua poltrona e me dirigi até a saída de seu apartamento novo.

- Angeline,da pra você me explicar o que está acontecendo?- gritou nervosa .

Neguei com a cabeça e andei até o elevador apertando o botão do saguão. Antes da porta se fechar uma figura masculina segurou a porta do elevador e entro apressado. O homem moreno se pós ao meu lado e apertou o mesmo botão que eu havia apertado segundos atrás.

- É nova aqui?- perguntou após alguns segundos em silêncio.

O olhei de canto e neguei.

- Não moro aqui,vim visitar uma amiga.- murmurei sem interesse.

Ele suspirou e começou a assoprar suas mãos numa tentativa de fazer elas esquentarem.

- Como está Matthew?- perguntou me fazendo o olhar suspresa.

O homem mantinha seu olhar sobre mim.

- Conhece ele?- perguntei curiosa.

Ele só assentiu. No segundo seguinte um grande apagão no elevador me fez me assustar,um alto barulho ecoou por ele me fazendo segurar na barra que ficava ao meu lado. Uma luz vermelha se acendou sendo a única iluminação ali presente.

- Você não deveria andar sozinha.- o moreno alto sussurrou me causando arrepios.

Em questão de segundos meus pés saíram do chão e o ar começou a faltar em meus pulmões. O homem agora me olhava com raiva,suas mãos estavam em volta de meu pescoço. Seus olhos tinham o mesmo azul cintilante de Celina. Comecei a me debater desesperada na intenção de que ele me soltasse mas isso não aconteceu. Logo a grande porta de ferro foi aberta e eu fui lançada para longe fazendo com que eu batesse com força minha cabeça em alguma coisa dura.

Minha vista ficou turva por vários segundos. Me esforcei ao máximo para continuar acordada mesmo sentindo meus olhos cada vez mais pesados. O homem do elevador se aproximava de mim. Dessa vez ele estava tirando suas roupas me causando um desespero sem saber oque aconteceria no segundo seguinte.

Logo o grande homem deu lugar a um enorme lobo marrom,seus olhos cintilantes continuavam os mesmo só que dessa vez maiores.

O lobo começou a se aproximar de mim enquanto eu me esforçava em me levantar. Me apoiei em uma cadeira velha que havia ali e me esforcei para correr. Não sei como viemos parar nesse andar,era um andar que estava em construção, provavelmente estávamos no último andar daquele prédio enorme. O desespero me consumiu,se eu estivesse ficado no quarto de Annie não estaria sendo perseguida por um lobo gigante,eu não sei o que me assustava mais,o fato daquele lobo ser um homem ou o fato de que provavelmente ele estava tentando me matar.

- Droga!- gritei.

Levei minha mão até a ferida presente agora em meu braço. Devo ter batido em alguma coisa afiada. O sangue descia pelo corte profundo me fazendo me desesperar. Corri até uma porta que eu não sabia aonde dava assim que a abri parei imediatamente aonde estava. Olhei para baixo e meu coração começou a bater ainda mais rápido do que antes,olhei para trás e ele estava próximo,eu não sabia oque fazer,eu estava com medo e sozinha. Sem nem pensar duas vezes me joguei.

O vento forte batia contra minha pele,logo pude ouvir gritos e buzinas,temi olhar para baixo,temi que aquele fosse o meu fim. Abri meu olhos e me desesperei mais uma vez naquele dia,eu estava a pouco centímetros do chão,fechei meus olhos com força desejando que aquilo fosse um sonho. Abri meus olhos com medo e quando eu estava prestes a bater sobre aquele chão senti como se alguém me puxasse. Senti minhas costas baterem com força contra alguma coisa dura,me forcei a abrir meus olhos e me assustei quando notei que eu não estava espatifada na rua, coisa que deveria ter acontecido a segundos atrás.

Agora eu estava no chão do meu antigo quarto em minha antiga casa. Olhei em volta e notei que todas as minhas coisas ainda estavam ali. Tentei me levantar mas,uma dor agonizante me atingiu me fazendo gemer de dor e me encolher naquele chão gelado.

Escutei um forte estrondo e me forcei a olhar para a direção que ele vinha. Meu pai estava parado na porta me olhando boquiaberto,ele se apressou a se aproximar de mim e me pegar em seu colo e em seguida me colocando em minha antiga cama.

- Que merda aconteceu aqui?- a voz de Rafael ecoou pelo cômodo.

Me encolhi mais ainda e murmurei um droga sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto,a dor estava ainda pior.

- Como ela veio parar aqui?- perguntou Rafael.

Fechei meus olhos e me mantive sobre a mesma posição que fui colocada na cama. Escutei os passos no assoalho de madeira se aproximarem, Rafael parou ao lado do nosso pai e levou sua mão até meus cabelos.

- Ela conseguiu? Ela ativou?- A voz de nirvana preencheu o cômodo.

Ela a primeira vez que continha felicidade em sua voz quando se referia a mim.

- Qual é a porra do seu problema?- gritou meu irmão irritado.- Ela poderia ter morrido!

Então isso foi tudo culpa dela? O homem do elevador, e o grande lobo que ele se tornou depois? Como ela pode?

- A vamos lá,ela precisava de um empurranzinho.- disse sarcástica.

Abri meus olhos e com a pouca força que tinha me sentei na cama me apoiando na cabeceira com a ajuda de meu pai.

- Você é louca? Ela podia ter morrido,droga!- gritou meu pai se aproximando dela.

- Nunca entendi o porquê se importa tanto com essa garota,ela nem é sua filha.- disse nirvana cruzando os braços.

A olhei incrédula,isso significa que tudo que Laura havia dito era verdade?

Meu pai passava as mãos em seus cabelos e andava de um lado para o outro no quarto, enquanto Rafael acariciava meu cabelo.

Nirvana me olhou uma última vez e saiu do quarto batendo a porta em seguida...

Destinada A Um Vampiro ( Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora