capitulo 3

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Olhei incrédula para a mulher a minha frente. Seu olhar não demostrava nada,era frio,um olhar distante.
Isso era ridículo,eu não me casaria,ela acha que estamos em que ano? Acha que pode simplesmente me obrigar a casar com alguém?

Sem que eu me desse conta minha risada tomou conta do ambiente fazendo nirvana me olhar ríspida.

- Você é louca!- disse quando percebi que ela não falaria nada.- Você não pode chegar e dizer que vou me casar,qual é o seu problema?- a raiva me consumia,isso só podia ser uma piada!

- Angel,não seja ridícula!- Nirvana me olhava irritada.- Eu sou sua mãe,você acha que pode dizer o que eu devo ou não fazer?- nirvana pegou em meu braço com força enquanto me olhava com fúria.- Você vai se casar e ponto!

  Me solto de seus braços e corri daquele lugar,corri sem me dar conta para onde estava indo,não me importava,tudo oque eu queria naquele momento era ficar longe daquela mulher.

[...]

  Já se passavam das três da manhã e, só agora eu estava voltando para casa. Ao longo da noite e da madrugada recebi vários telefonemas de Annie e Maya. Ignorei minhas amigas o máximo que podia,o que eu diria para elas? Que minha mãe é louca e quer que eu me case? Isso é ridículo!

Abri a porta e fui surpreendida com uma abraço, logo seu perfume preencheu minhas narinas me causando uma sensação de corforto. Papai estava aqui.

- Angel,meu amor,eu fiquei preocupado!- disse enquanto acariciava meus cabelos bagunçados.

Não pude evitar o choro que fez questão de sair enquanto papai sussurrava em meus ouvidos que tudo ficaria bem e eu sabia que era mentira pois foi isso que ele dissera quando foi embora e suas palavras já não me traziam tanta confiança.

- papai ela não pode fazer isso...- sussurrei entre soluços.

- Angel,eu sinto muito mas é para o seu bem.- assim que ouvi aquelas palavras me afastei do mesmo e o olhei confusa.

- Angel,você tem que entender que isso é muito importante. Eu juro que assim que eu puder vou te explicar tudo.- ele disse calmo enquanto passava as mãos em seus cabelos grisalhos.

- Como você pode fazer isso?- perguntei em prantos.

- Angeline,filha...- um longo suspiro saiu de sua boca mas nada de suas palavras.

  Aquilo acabou comigo,eu nunca me senti tão mal igual a esse momento, isso é errado não é!? Eles não podem fazer isso,eu não era um objeto eu sou a filha deles!

- E sem mas,você irá se casar!- disse por fim indo em direção ao escritório junto com Nirvana que até o momento não notei que estava lá.

Isso só pode ser uma piada...

Já se passavam das sete da noite,não conversei com meus pais,Rafa tentou conversar comigo inúmeras vezes mas até ele achava que isso era o certo,como ele achava certo que sua irmã que ele jurou cuidar se casasse com alguém que não conhecia e que nunca tinha visto em sua vida.

Nirvana entrou em meu quarto mas apenas jogou um vestido preto em cima da minha cama,ele era decotado e era longo,havia uma abertura em uma das pernas. Ela me olhou sem expressar nenhuma reação e me disse para me arrumar. Tentei discutir o que foi em vão,meu peito doía em perceber sua indiferença ao me ver naquele estado. Eu havia feito uma maquiagem leve para poder esconder meus olhos vermelhos e meu rosto amassado. Terminei de me vestir e em seguida Maria bateu na porta pedindo para que eu descesse.

Antes de entrar na sala de jantar dei um longo suspiro e já podia ouvir algumas vozes do outro lado entre todas apenas uma me chamou a atenção,ele parecia frustado,sua voz tinha um tom de raiva e pude ouvir ele dizer que aquilo era loucura. Sem mas nem menos abri a porta e adentrei ao cômodo que instantaneamente ficou quieto,haviam algumas pessoas e todas estavam com seus olhares para mim. Tinha uma moça,muito bonita por sinal,aparentava ter entre seus 39 a 45 anos,ela tinha uma pele clara assim como os outros. Seus olhos eram castanhos,seus cabelos pretos meio grisalhos eram grandes e lisos, e seu vestido vermelho a destacava naquele local.

O homem alto ao seu lado sorriu assim que me viu,seus cabelos também eram pretos assim como os da mulher ao seu lado,ele  vestia um terno preto e sapatos sociais. Já o garoto ao seu lado era o oposto, ele tinha olhos azuis e estava estampado em sua cara um sorriso lindo,ele também vestirá um terno preto e sapatos sociais.

Mas o que me chamou mais atenção era o outro,mas diferente das outras pessoas não tinha um sorriso amigável em seu rosto,quando me viu puder ver ele revirar seus olhos e olhar em outra direção. Ele tinha cabelos negros e os olhos também,oque mais me assustava era o fato de eu sentir que já o conhecia.

- Angeline,esses são a família Campbell, da empresa campbell.- papai disse me tirando a atenção do homem seria que sentava a sua frente.

Apenas acenei com a cabeça sem muito ânimo,papai chamou a todos para se sentar e assim fizemos. Nirvana e eu estávamos do lado de papai que ficará de frente ao homem que evitava me olhar.

- É um prazer angel.- a moça estendeu sua mão para mim com um sorriso no rosto,a comprimentei e dei um pequeno sorriso.- me chamo Celina, sou a esposa de Kyros e mãe de Matthew e Mathias.

Seu esposo apertou minha mão logo em seguida e apenas o garoto dos olhos azuis sorriu pra mim,o outro continuava com o olhar firme.

- Muito prazer angel,espero que possamos nos dar bem.- concordei com Kyros que sorriu.

- Bem Matthew,porque não se apresenta pra Angel?- Kyros perguntou ao homem que me encarava mas no mesmo instante parou, ele olhou para seu pai com um olhar de raiva.

Matthew se virou em minha direção e bufou e em seguida estendeu sua mão para mim tocar e foi isso que fiz, assim como os outros ele tinha as mãos gélidas o que me fez arrepiar e puxar minha mão novamente.

- como você já sabe me chamo Matthew.- ele se apresentou curto e grosso.

O restante da noite foi extremamente desagradável.

- prazer conhecê-la angel,espero que tenhamos a chance de conversar melhor.- Celina disse e em seguida me deu um abraço o que por alguma razão não me deixou desconfortável.

- Bem,vamos indo. Nos vemos amanhã.- Kyros disse indo em direção a saída.

Mathias se despediu com um aceno e Matthew apenas me ignorou e pegou seu telefone e atendeu uma ligação,pude ver seu olhar ficar ainda mais irritado. Aquele cara so sentia isso?

Aquela família era estranha,muito estranha...

[...]

Destinada A Um Vampiro ( Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora