capítulo 23

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- Eu vou embora.- disse enquanto me levantava.

Já passaram dois dias desde o incidente,nirvana evitava ao máximo se encontrar comigo dentro daquela casa.

- Você não pode ir ainda.- disse Rafael decidido.

- E por que?- perguntei bufando.- estou cansada de me manterem aqui e não me contarem a verdade.

Cruzei os braços fazendo ele bufar. Rafael Murmurou um sinto muito e saiu dali me deixando sozinha. Bufei e agradeci mentalmente por isso,eles não me deixavam um minuto em paz a não ser que,eu fosse ao banheiro.

Matthew me ligou várias vezes nos últimos dias mas,eu não atendi em nenhuma delas. Minha cabeça estava a milhão,eu pensava no acontecido e no porque meu pai não me dizia a verdade. A única coisa que me disseram é que o fato de eu não ter morrido naquele dia foi por conta do medo que senti. Rafael disse que todos os bruxos "ativam" seus poderes através de um sentimento e o meu foi o medo. Eu me sentia traída,todos ali sabiam da verdade e eu não,mas o fato de nirvana não ser minha mãe e do homem que me criou não ser meu pai é oque mais mexia comigo naquele momento.

Peguei minha bolsa com as roupas que usei naqueles dois dias e caminhei até a saída da casa em passos lentos. Meu celular tocou mais um vez,bufei ao ler o nome. Matthew.

- Oi...- murmurei quando atendi o telefone.

- Que droga, Angeline. Aonde você está?- perguntou ele irritado.

Revirei os olhos,não entendia porque toda essa preocupação dele por mim.

- Na casa dos meus pais.- disse por fim.

Meus pais,nunca pensei que me sentiria tão mal dizendo essas duas palavras.

- Eu vou te buscar.- disse por fim.

Matthew desligou a ligação sem me der tempo de rejeitar sua carona. Abri a porta da casa e me sentei a pequena escada que nos ajudava a chegar até ele. Coloquei minhas mãos em meu rosto tentando esdondelo,eu estava confusa,era como se ninguém fosse confiável. E Annie? Eu não falava com ela desde o incidente,ela ignorava minhas ligações,não respondia minhas mensagens,era como se ela tivesse desaparecido.

Alguns minutos depois o carro de Matthew parou na minha frente. A figura dele logo tomou conta da minha visão,mesmo com a noite eu o via claramente. Matthew estava com sua constumeira jaqueta preta e sua calça da mesma cor. Ele me olhou preocupado e tentou se aproximar.

Me levantei antes de que ele chegasse perto de mim e fui em direção ao banco do passageiro me sentando logo em seguida. Coloquei os cintos e esperei impaciente que ele entrasse no carro. Assim ele fez alguns segundos depois e logo arrancou com o carro dali.

- Droga,da pra você me explicar o que aconteceu?- falou irritado.

Matthew tentou falar comigo diversas vezes mas eu o ignorava,o trânsito estava horrível então ele pegou um caminho mais longo até sua casa.

- Por que se importa?- perguntei por fim.

Matthew parou o carro bruscamente no meio da estrada me fazendo ir para frente. O olhei incrédula pelo oque ele tinha acabado de fazer.

- Qual é o seu problema?- gritei irritada.

Matthew não dizia nada,apenas me olhava sério. Sai do carro batendo a porta logo em seguida. Matthew fez o mesmo e se aproximou de mim.

- Por que?- reforcei minha pergunta.

- Por que acha que eu não deveria?- perguntou.- Eu quero fazer isso dar certo angel,eu quero poder ficar com você. Eu não vou te obrigar a querer isso também,juro que não.- disse bufando.

- Eu só quero que saiba que eu vou estar aqui,não importa quanto tempo leve,eu vou te esperar.- disse se aproximando.

Matthew levou uma de suas mãos até meu rosto e acariciou o local. Seu toque causava uma eletricidade por todo o meu corpo,toda vez que sentia sua pele tocar na minha o sentimento de paz me consumia.

Sem me dar conta puxei Matthew e o beijei. Beijei com todo o desejo que eu sentia por ele, com toda a raiva e com toda a mágoa que estavam entaladas na minha garganta. Ele não se afastou,ele colou seu corpo mais o ao meu e aprofundou nosso beijo. Sua mão agora estava em minha cintura a e a outra em meu pescoço me puxando para mais perto,eu dava leve puxões em seu cabelo.

Não sei quanto tempo ficamos daquele jeito mas,por conta da falta de ar que comecei a sentir tive que me afastar. Matthew encostou sua testa na minha e fechou seus olhos. Minha respiração estava acelerada,eu estava tentando ao máximo fazê-la voltar ao normal,mas,a vontade de colar seus lábios junto aos meus era ainda maior.

Eu não sei o que tinha dado em mim eu só sabia que,eu queria aquilo,e parecia que queria a muito tempo. Dessa vez Matthew que tomou a iniciativa e voltou a me beijar,dessa vez com mais desejo coisa que eu não imaginei que seria possível. Era como se eu precisasse daquilo a muito tempo e sinto que ele também. Não sei quando entramos ali mas,Matthew e eu estávamos no banco de trás de seu carro.

A música que tocava baixa em seu rápido só me dava ainda mais vontade de continuar com aquilo. Ele desceu seus lábios até meu pescoço me causando suspiros de excitação,os beijos que ele dava junto as mordidas e os chupões me deixavam cada vez mais sedenta por ela. Arranquei sua camisa com sua ajuda e joguei em um canto qualquer daquele carro. Matthew fez o mesmo com a minha me deixando apenas com a minha calça e minhas roupas íntimas. Corei ao sentir seu olhar analisando meu corpo, seu olhar era de puro desejo e malícia.

Observei seu físico e as várias tatuagens que tinham ali. Matthew me deitou sobre o banco do carro e começou a distribuir beijos em meu corpo. Seus lábios desciam lentamente até meus seios e quando Matthew estava prestes a arrancar a peça que o tampava seu celular tocou fazendo ele bufar frustado. O olhei sem graça por aquilo ter acontecido mas,isso não mudava o fato de que eu ainda queria aquilo e agora. Puxei Matthew para um beijo lento fazendo com que ele voltasse a fazer o mesmo de segundos atrás.

Só que mais uma vez o toque de seu celular nós atrapalhou fazendo ele murmurar um palavrão e pegar o mesmo. Quando Matthew olhou sua tela seus olhos se arregalaram.

- O que foi?- perguntei confusa.

- Temos que ir.- Matthew disse sério.

Ele me entregou meu sutiã e minha camisa e logo vestiu a sua e pulou para o banco da frente e voltou a dirigir apressado sem me dar nenhuma explicação do porque estava tão sério.

Destinada A Um Vampiro ( Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora