Capítulo 5

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Hande

A noite estava sendo boa, consegui o que queria mais uma vez, convencer Kerem a ser meu segurança. Ele me observava dançar, então como se eu tivesse combinado com o DJ, começou a tocar uma música sensual, então resolvi provocar mais pesado, comecei uma dança sexy. Ele ficou babando, considerei uma vitória. Estava amando ter atenção dele toda para mim. Algo nesse homem me atraía muito e me dava uma grande vontade de provocá-lo. Além dele ser lindo e gostoso, é tão cuidadoso e gentil. Me sinto bem com ele, mesmo que mal nos conheçamos.
- Oi gata... posso te fazer companhia?
Um carinha vem até mim. A pessoa errada, que pena...
- Olá como se chama?
- Deniz...
- O que te leva a crer que preciso de companhia? Deniz?
- Nada... mas se quiser, estou a dispor... Talvez possa me dar seu número e quem sabe, quando resolver que quer companhia. Me ligar.
Esse cara não é muito bom de papo. Que bom que Kerem aparece e corta esse cara. Mas resolvo me divertir um pouquinho. Provoquei Kerem, ele parecia bem incomodado com Deniz.
Achei maravilhoso, não nego. Dispenso Deniz e converso com Kerem, confirmando as minhas suspeitas. Ele estava realmente incomodado, mas não admite. Quase que uma pontinha de ciúmes? Acho que não, só deve ser o velho instinto bobo masculino. De repente nossa conversa esquenta um pouco e vejo desejo em seus olhos. Mas como se saísse de um transe, infelizmente ele logo corta o assunto. Acompanho ele para o carro.

Saímos rumo a casa de Kerem. Tiro meus saltos no carro, minhas pernas já estavam doloridas e o salto não tava melhorando muito a situação.
- Você não devia ter vindo, ainda mais com esses saltos enormes.
- Não posso sair sem meus saltos maravilhosos, me sinto muito gostosa com eles.
- Você não precisa de nada pra isso.
- Me acha gostosa Kerem?
Ele fica tenso. Limpa a garganta.
- Sua coxa está melhor?
Percebi que ele sempre muda de assunto quando fica tenso ou é encurralado por mim.
- Está, mas a mancha roxa ainda continua.
- Em poucos dias deve sair. Por isso seria melhor se você usasse menos saltos e não forçasse muito as pernas. Até essa calça, é justa demais...
- Bem, logo logo vou tirá-la, não se preocupe.
Ele para o carro, chegamos na casa dele. Antes de sair, Kerem se aproxima e libera meu cinto de segurança, depois ele sai, dá a volta e abre a porta do carro para mim.
- Hm obrigada!
- Não há de quê...
Saio do carro trazendo meus saltos na mão, Kerem os pega e traz, eu o acompanho até a casa, ele abre a porta e eu entro. Sento-me no sofá.
- Nossa Kerem, sinto dizer mas seu sofá não é muito confortável...
-É o que tenho princesa.
- Qual é a do apelido? Não estou sendo uma riquinha e desmerecendo seu sofá.
- Claro...
- Talvez só esteja quero fazer com que durma comigo.
Ele fica surpreso e totalmente sem palavras. Eu continuo.
- Quero dizer... na mesma cama.
Kerem dá um suspiro de alívio. Acho engraçado.
- Sem chance. Pode dormir na minha cama, fico com o sofá.
- Eu mando e você obedece, esqueceu?
Sorrio maliciosamente e o vejo travar o maxilar.
Ele senta no sofá também, mas mantém uma certa distância.
- Então, como vai funcionar esse lance do segurança particular?
- Basicamente você tem que estar comigo 24 horas, vai ter que mudar para o meu apartamento, me acompanhar aonde eu for.
- Vou ter que mudar para o seu apartamento?
- Exatamente...
- E preciso do seu currículo. Só para fins de contrato e etc.
- Ainda tenho uma cópia do que fiz para a boate.
Ele levanta, pouco tempo depois volta trazendo um papel.
-Aqui está.
- Ótimo... hm curso de tiro? Você vai ter que me dar umas aulas.
- Não é uma boa ideia...
- Chato!
Ele ri. E eu acho seu sorriso lindo.
- Você vai ter todos os seus direitos garantidos e alguns benefícios. Ah e você tem esse corpo gostoso com certeza deve malhar né?
Ele se ajeita meio sem graça. Fofo.
- Eu malho 3 vezes na semana e faço boxe.
- Hm que bom, tenho academia no meu apartamento, então você pode ir quando quiser.
Ele me encara com uma sobrancelha arqueada.
- O que foi Kerem?
- Academia ? Em casa?
Eu cruzo os braços.
- Ok pode falar... sou uma burguesa...
- Não... princesa...
Nós nos olhamos e rimos. Era bom conversar com Kerem, eu me sentia bem.
- Certo, já que sou uma princesa não espero menos do que ser tratada com tal.
- Tudo bem, serei seu humilde servo.
Ele faz uma reverência e pega minha mão. Fico arrepiada quando ele leva minha mão até a boca e deposita um beijo.
- Prefiro que seja meu príncipe...
- Plebeus não se misturam com a realeza.
Levanto do sofá e me aproximo dele, em um sussurro digo:
- Felizmente sou eu quem faço as regras.
Saio e vou para o quarto.


Resista-me se puderOnde histórias criam vida. Descubra agora