Capítulo 6.

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Quem é vivo sempre aparece, né? :)

Espero que vocês estejam bem. Amanhã faz um ano desde a última atualização, então decidi aparecer por aqui e fazer uma surpresa. Gostaria de pedir desculpas pela demora, muita coisa aconteceu desde o ano passado e eu perdi a empolgação para escrever. Então, juntando isso e a insegurança que tenho com a minha escrita, decidi desaparecer. Espero que me perdoem e que esse capítulo recompense todos esses meses que eu fiz vocês esperarem. Prometo que tentarei atualizar o mais rápido possível, mas isso depende de vocês também. Comentem o que estão achando e aproveitem o capítulo! :)


NARRADOR POV

Três semanas haviam se passado desde aquela noite no apartamento de Maya e agora as coisas eram diferentes. As duas mulheres trocavam mensagens de texto frequentemente, algumas vezes durante o dia quando conseguiam tempo livre no trabalho e durante a noite até pegarem no sono. As coisas caminhavam lentamente, nenhuma das duas tinha pressa, queriam fazer tudo da maneira certa dessa vez e estavam empenhadas para que isso acontecesse. Por último, mas não menos importante, a maior mudança: o mundo agora enfrentava uma pandemia.

As coisas no hospital estavam uma loucura, pessoas morrendo todos os dias e médicos colocando a própria vida em risco para evitar que isso acontecesse. Carina não conseguia mais esconder o quanto estava sendo afetada por tudo isso e muitas vezes precisou lutar contra as lágrimas para não chorar na frente dos seus colegas de trabalho. Ela havia perdido quatro pacientes essa semana, mães que infelizmente deixaram seus recém-nascidos sozinhos nesse mundo. O hospital costumava ser o seu lugar favorito, agora, Carina lamenta todas as manhãs quando acorda por ter que enfrentar sua nova realidade.

As conversas com Maya a ajudavam a esquecer um pouco o mundo à sua volta. As duas não se viam desde a noite em que fizeram amor e Carina sentia falta da companhia da loira, da sua voz, e especialmente do seu toque. Após um turno exaustivo no hospital, Carina entrou em casa e olhou ao redor. Ela odiava estar sozinha, odiava não poder sair para se divertir e odiava principalmente não poder abraçar ninguém. Caminhou até o banheiro e se despiu lentamente, sentindo seus músculos relaxarem assim que a água quente tocou sua pele. Encarava a parede enquanto sentia as lágrimas escorrerem pelo seu rosto junto com a água do chuveiro. Ela estava esgotada.

Maya trocava os canais da sua TV tentando encontrar algo interessante para assistir, bufando frustrada ao se deparar apenas com noticiários sobre o novo vírus. Ela já ouvia sobre isso todos os dias durante o trabalho, não precisava disso em casa também. Checou seu celular em busca de uma nova mensagem de Carina, mas não havia nenhuma. Seu coração apertou com isso, a médica sempre enviava uma mensagem nesse horário avisando que já estava em casa. Algo deve ter a prendido no trabalho, pensou a loira, arregalando os olhos em seguida ao ver o nome de Carina aparecer na tela do seu celular em uma notificação de chamada de vídeo. Levou alguns minutos para que ela atendesse, sentindo seu coração acelerar ao ver o rosto da morena depois de tantos dias.

—  Oi. - Carina foi a primeira a falar, a voz não passando de um sussurro.

—  Oi. - Maya respondeu. Seus olhos admiravam cada parte do rosto da morena, notando sua expressão cansada. - Está tudo bem?

Você vai acreditar se eu disser que sim? - Carina perguntou, soltando uma risada sem humor. A loira negou com a cabeça, esperando que ela continuasse. - Desculpa ligar assim do nada, mas eu só precisava conversar um pouco. O trabalho anda me desgastando bastante.

— Eu imagino. - A loira suspirou. Se as coisas já estavam complicadas para ela no trabalho, Carina com certeza estava em uma situação pior. - Eu sinto sua falta. - As palavras saíram de sua boca antes que ela pudesse perceber e seus olhos se arregalaram com medo de ter estragado tudo. Para a sua surpresa, Carina esboçou um sorriso de lado.

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