Capítulo 7

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Quando chegamos na porta do meu prédio, Brian saiu do táxi para ser despedir.

— Foi uma noite agradável, Angel. Espero te encontrar mais vezes.

— Você quer subir? Tomar uma bebida, conversar um pouco mais?

— Eu adoraria.

Entramos no elevador, e eu apertei o botão do meu andar. O perfume forte dele encheu minhas narinas e eu respirei fundo.

Ele notou o meu nervosismo e se voltou para mim.

— Angel, está tudo bem? Você... está nervosa, talvez?

— Por que eu estaria nervosa?

— Olhe, Angel, não acontecerá nada que você não queira.

Meu estomago deu um, nó. Quando a mão dele casualmente roçou na minha. A campainha do elevador apitou e eu quase corri para o meu apartamento.

— Então... aqui estamos.

— Você tem um apartamento encantador, Angel.

— Obrigada. Trabalhei muito para isso.

Quase me dei um, tapa por aquele comentário idiota. A simples presença do Brian fez as minhas células celebrais pararem de funcionar.

Ele se sentou no sofá e bateu no assento ao lado dele.

— Vem aqui. Vamos nos conhecer melhor.

— Primeiro buscarei as bebidas. Uísque ou tequila?

— Você não me parece ser o tipo de garota que guardaria uma garrafa de tequila no apartamento.

— O que posso dizer? Tempos desesperados exigem medidas desesperadas.

Fui a cozinha e voltei rapidamente com as bebidas e sentei-me ao lado do Brian. Ele pousou a mão na minha coxa, batendo os dedos levemente.

— Sei que mal nos conhecemos, mas sinto que te conheço ha muito tempo.

— Brian... eu não costumo fazer isso.

— Relaxe, Angel. Não acontecerá nada. — ele colocou a mão na minha nunca, onde me massageou com pequenos círculos. — Um brinde! A essa noite e a novos começos!

— A isso brindo com muito prazer!

SEXTA-FEIRA, POR VOLTA DO MEIO-DIA.

Um dia para a festa do Brian.

Acabei de falar com o serviço de catering, e uma senhora simpática (sinta a ironia) me disse que os canapés de lagosta estão fora de questão, porque um monte de lagostas escapou da cozinha, e agora elas estão vagando pelas ruas de Nova York.

|Cecília: Estou no café, venha logo.

Folheei uma pilha de papéis antes de me juntar a Cecília no café.

— Bem, estou aqui. E aqui vai à pergunta que não quer calar: por que você não esta no trabalho?

— Três palavras para você. Desinfecção da creche.

— Oi! Meninas.

— Você aqui também Ivan? Vocês dois trabalham mesmo?

— Posso relaxar mais agora que a minha tese foi aprovada.

— Como você esta se aguentando, Angel?

— Cecília, na verdade, tenho que encontrar um substituto pros canapés e...

— Você conseguirá fazer tudo, tenho certeza.

— Obrigada pelo discurso motivacional. Há alguma razão especial para você ter nos chamados aqui?

— Sim. Você tem os nossos convites para a festa de amanhã?

— Não.

— Ah, fala serio! Os, caras mais populares do momento vão tá nessa festa, e você deixará a sua melhor amiga passar a noite de sábado assistindo as lives do Instagram das vadias locais e chorando por não  ter ido à festa da década?

Ela falou isso num folego só e depois caiu na gargalhada.

— A questão é que a festa continua sendo privada.

— E dai?! Seremos privados! Seremos as pessoas mais privadas lá!

— Ok, tudo bem! Perguntarei ao Brian se vocês pode, ir!

— Podemos levar a Mila também?

Olhei para o Ivan com desconfiança e ele corou.

— Opa. O Van tá escondendo algo da gente!

— Isso não é  verdade Cecília!

— Talvez, conte tudo para gente! Agora!

— Gosto dela! Pronto! Vocês estão felizes agora, suas megeras?!

Naquele momento, os nossos celulares vibraram ao mesmo tempo. Cecília pegou o dela e franziu a testa.

— Caraca! Você não gostará nada disso, Angel.

— Qual o problema agora?

— Um aviso emitido pelo governo... sobre o furacão. A previsão é que nos atinja amanhã!

— Ah, fala serio!

Uma chance para amar (CONCLUÍDA)/ RevisadoOnde histórias criam vida. Descubra agora