×|Kapitel ti|×

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- Quando você voltou? - Pergunto limpando as minhas lágrimas.

- Voltei hoje mesmo, aproveitei e dei uma passadinha aqui para ver a minha filhinha. - Dá um beijo na minha testa.

- E eu? Sou sua filha não? - Fez bico e cruzou os braços.

- Vou pensar no seu caso... - A garota a olhou ofendida.

- Poxa Omma esquece isso, já passou. - Vai até ela para tentar abraça-la.

A raiva da Omma era que Rosé tava passando um tempo na casa dela, e como uma boa filha. Ela deu um perdido na Jihyo e foi pra balada, isso faz uns cinco meses, mas a Omma é uma pessoa rancorosa.

- Sai imunda. - Tenta tirar os braços dela que estavam envolta do seu corpo, eu apenas ria da cena. - Enfim quando eu cheguei vocês estavam num clima de velório, o que aconteceu com a minha filha? - Suspiro ao lembrar do que eu contei para Rosé.

- Um resumo bem rápido, Sana quase transou com a sua esposa, e pasmem, ela nem queria a guria por perto, eee suas orelhas e rabo apareceram e o que parece a menina surtou. - Olho mortalmente para Rosé e dou um tapa no seu ombro.

- Meu Deus Sana, eu fiz bem em vir... Pera esposa? Por que você não me disse que casou sua peste - Começa a me dar tapas.

- Para Jih, era sigiloso, não queria nada público. - Falo passando a mão onde foi acertado pelos tapas.

- Mas custava dizer pra mim?

- Chega de drama família, Saninha tá precisando de uma luz. - Rosé disse.

- Mas não tem muito o que dizer, o que lhe resta e chegar lá e contar a verdade pra ela, já que vocês duas são casadas. - Jihyo fala e eu reviro os olhos a fazendo olhar para Rosé confusa.

- Depois eu te faço outro resumo Jih, agora vai lá pra sua casa que sua esposinha deve está de esperando de braços abertos.

<...>

Seguro na maçaneta da porta e respiro fundo antes de abri-la, abro a porta e entro dentro de casa e estranho o ambiente. Geralmente fica bem iluminado quando Tzuyu chega do trabalho, a não ser que essa crenita tenha saído de novo com a tal "amiga".

- Tzuyu se você não estiver em casa e ter saído com aquela puta da sua amiga, você vai se ver comi... - Não termino de completar o que tava dizendo pois vi Tzuyu sentada de frente pra porta com a mão na cabeça. Devido o dia está acabando, o corredor estava um pouco escuro me dando mais medo. - Você tá bem?...

Me aproximo cautelosamente dela e ela vira sua cabeça lentamente para mim, seus olhos estavam vermelhos?

- Tzu o que é isso?! - Começo a dá passos para trás e ela se levanta com uma cara assustadora - Tzu para você está me assustando! Se isso for uma vingança por eu ter ficado te tratando mal e sendo uma pessoa horrível, eu já entendi o recado!

Nada, ela não ouviu nada. Continuou caminhando na minha direção, ela estava se aproximando cada vez mais de mim, quando corro para fugir dela, seu corpo aparece na minha frente fazendo com que eu me choque com ela. Ela segura nas laterais do meu braço e me ergue um pouco pra cima fazendo eu ficar nas pontas dos pés.

- Tzu por favor para com isso... - Eu já estava em lágrimas, ela abre um pouco a boca mostrando suas presas afiadas. - VOCÊ TÁ ME ASSUSTANDO!

Vejo ela olhar nos meus olhos pois seu olhar não saia do meu pescoço, meio confusa ela olha para a situação que estamos e me solta, suas mãos vão para a cabeça de novo e ela cai no chão grunhindo de dor.

- Tzu o que tá acontecendo? Você tá me assustando... - Aproveito para me afastar um pouco dela.

Em um piscar de olhos, ela não estava mais ali, ela desapareceu, olhei por todos os lados e não a vi ali, sai correndo descendo as escadas e fui procurá-la em outros cômodos da casa, mas nada, ela havia ido embora.

- O que aconteceu com você Tzu... - Me sento no sofá e levo minhas mãos para o meu rosto.

<...>

Porra Tzuyu que merda cê ia fazer com a Sana? Merda, merda, merda. Ela tinha que aparecer logo agora. Essa merda tinha que acontecer comigo logo agora!

Consegui chegar na casa do meu pai e nem bati na porta, acabei arrombando a mesma e vejo ele aparecer rapidamente com um taco de basebol na mão.

- Que merda Tzuyu o que aconteceu com você?!

- O que você acha? - O olho cansada mal conseguindo ficar em pé, ele vem em minha direção e me ajuda a andar e me coloca deitada no sofá.

- Eu acho que ainda tenho uma bolsa aqui, me espere aí. - Sai correndo até a cozinha.

- Como se eu fosse pra algum lugar... - Eu estava muito ofegante, tanto pela corrida quanto pelo que tá acontecendo.

- Aqui filha, tome. - Se aproxima com a bolsa e o tomo de suas mãos desesperada.

- É sangue de quê? - Pergunto salivando.

- É de algum animal aí, não se preocupe, não é sangue humano. - Tranquilizada mordo a bolsa sugando todo o líquido vermelho que tinha ali sentindo um alívio enorme.

Eu sou uma Vampira, bom metade vampira, minha mãe é Vampira e meu pai é um simples humano, desde quando eu nasci eu nunca vi ela. Meu pai disse que depois de tantos anos de vida, ela não estava preparada para ser mãe, isso mesmo. Uma vampira de tantos anos não estava preparada para ser mãe, então ela me deixou com meu pai.

Ele sempre se virou para cuidar de mim quando eu tenho essas crises de abstinência, raramente eu tomo um pouco de sangue para não ocorrer isso, mas com essa bagunça que se tornou a minha vida, esqueci de trazer bolsas de sangue, mas a onde eu iria esconder afinal, a Sana...

- Pai a Sana! Ela me viu nesse estado, eu quase mordi ela! - Olho pra ele assustada e o mesmo arregala os olhos.

- Puta merda Chou isso não poderia ficar pior hein! - Passa a mão no cabelo. - E agora?

- E agora que eu vou ter que contar a verdade pra ela né, eu ainda falei sobre essa condição, e você apenas disse " Não você esconde bem, esconde tão bem que eu nem me lembro que você é uma vampira " - Tento imitar sua voz - Porra pai eu sou uma Vampira, como é que eu escondo isso?!

- Desculpa, desculpa. Você tem razão, eu fui imprudente e só pensei em mim. - Vi sinceridade no seu olhar.

- Ava jura mesmo? - Falo debochada.

- Você pretende voltar hoje? - Se senta ao me lado no sofá.

- Não, inclusive amanhã terei que viajar. Eu já tinha deixado as malas prontas, eu vou dormir aqui hoje, amanhã cê busca ela para mim. Acho que Sana não vai me querer perto dela. - Olho para baixo.

- Não se preocupe minha filha, o quarto de hóspedes está arrumado. Você vai se resolver com ela, eu tenho fé nisso. - Beija a minha testa e se levanta indo para o seu quarto.

Me levanto e faço o mesmo indo para o quarto de hóspedes, abro o guarda roupa e ainda tinha algumas roupas minhas, pego o pijama coloco sobre a cama, tiro minha roupa e vou para o banheiro tomar um banho. Depois saio e coloco o pijama e me deito na cama.

- Pelo menos temos algo em comum Sana, não somos pessoas normais... - Fecho os olhos e acabo dormindo.

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Arranjado - SatzuOnde histórias criam vida. Descubra agora