Arranjado - Satzu

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Chou viu sua mãe tentando pegar na calda da garota enquanto ela se defendia batendo, arranhando e até rosnando para a mulher. A raiva fez a Vampira ver outra coisa, ela viu Cheng segurando as mãos dela e a empurrando, viu a mulher batendo nela. Mas isso tudo não passava de um engano, a Rainha só queria tentar ajudar a garota, mas ficava difícil quando a mesma lhe batia, então foi obrigada a segurá-la e a empurrá-la e a levar sua mão para o rosto da garota a empurrando para não lhe morder.

Ambas estavam tão concentradas em si que mal perceberam a presença da mulher na porta, como se tivesse poder, Chou se teletransportou para perto da mulher com o seu pé levantando. Só deu tempo de a mulher olhar para cima e ver a canela da garota acertando seu rosto a fazendo voar para longe, quando digo longe é bem longe.

- Amor! – Sana disse entre desesperada choramingando.

Mas a mulher já não a escutava, se entregou ao ódio, estava domada pelo seu lado vampiro, ela só sentia cede de sangue, mas não era de qualquer sangue, e sim do sangue da mulher que ousou tocar em sua esposa.

- Sana! – Rosé gritou e correu em socorro junto com a loira.

- Você tá bem? – Disse sua amiga a abraçando.

- S-Sim... o que aconteceu com a Tzu? – Olhou para Lisa com medo no olhar.

- Ela tá assim desde que descobriu que Somi te sequestrou...

- Mas agora ela tá pior... – Rosé disse vendo como a morena estava, ela não respirava e sim bufava, conseguia ver seu peito subindo e descendo freneticamente. Suas garras estavam um pouco mais grandes do que antes.

- O que vamos fazer?! – Sana disse desesperada.

- Eu não sei, mas é melhor a gente cuidar de você primeiro – Disse olhando sua calda quebrada. - Chou vai saber se virar, pode ter certeza.

Lisa pegou a garota no colo enquanto Rosé segurou sua calda o mobilizando para não balançar e causar mais dor ainda.

- Vamos ficar aqui por favor! Eu tenho medo de sair e alguma coisa acontecer com a Tzu e eu não puder evitar! – Sana apertou seus braços envolta do pescoço da loira.

- Mais Sana, você não poderá fazer nada com a sua calda quebrada. – Rosé alerta.

- Você não se regenera? – Lisa.

- Não sei... eu não sei de nada sobre esse meu lado pra falar a verdade. – Abaixou a cabeça.

- Quando isso terminar, vamos atrás disso.

- Okay... mas eu não quero sair daqui! – Sana insistiu e Lisa revirou os olhos, olhou envolta daquela enorme sala e conseguiu achar um lugar seguro.

- Você é forte... – Disse aparecendo e pondo seu nariz de volta no lugar. – Eu sempre estive observando você, quando eu fui em sua procura, você estava com 15 anos de idade. Desde aí sempre estive te observando, mesmo que seja de longe. Você se tornou uma mulher incrível filha. – Disse com um sorriso orgulhoso. – E antes de qualquer coisa, eu queria lhe pedir perdã...

Não conseguiu terminar a frase pois novamente foi atingida, mas dessa com um soco de direita, antes que a mesma se chocasse contra a parede, Chou chutou a lateral do seu rosto esquerdo a fazendo voar para o outro lado do cômodo.

A mulher cuspiu sangue apoiada com as mãos e os joelhos no chão, ergueu a cabeça e pode ver como sua filha estava, foi então que ela entendeu tamanha agressividade, sua filha não conseguiu se controlar e cedeu para o ódio. E só tinha um jeito de fazê-la voltar ao normal que era... causar um sentimento mais forte do que ela tá sentindo.