OO. Prólogo

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Bom, olá. Não nos conhecemos, mas esta é Imperial, minha primeira estoria longa.

Para quem caiu de paraquedas; apresentando uma trama focada em um personagem que almeja vingança para com aquele que condenou sua família aos braços da senhora morte, Imperial conta com uma trajetória de jogos de inteligência meio infantis, um protagonista ligeiramente indiferente e ácido e, por fim, um romance inesperadamente meigo.

É simples, meio desajeitada por ser a primeira obra da autora (esta que vos fala) e, principalmente, imperfeita. Mas eu juro que é uma viagem que vale a pena embarcar!


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Meus lábios estavam ressecados e o corpo estava pesado, o frio do inverno ainda fazia questão de castigar-me até os ossos com os ventos gélidos que vinham do leste. Era deplorável. Me encontrava tão fraco que era praticamente carregado pelo guarda a minha frente, em meio aos meus devaneios e tontura, quase pude enxergar a imagem de um ceifador no homem perante a mim.

Quase me arrependi de enxergá-lo assim, afinal, era só alguém fazendo seu trabalho. Mas passou, assim que avistei as guilhotinas mais à frente. Havia sangue e fedor, era total e completamente imundo.

Aquele sangue fresco que pintava a neve, ah! Eu sabia a quem pertencia. Meus avós, primos, tios, tias e... olhei para o lado direito, encontrando as figuras quase completamente arruinadas de meus pais, em sequência voltei-me para a esquerda, tendo diante de meus olhos agora uma silhueta muito semelhante a minha. Chun, meu irmão gêmeo, ele possuía os orbes – antes tão brilhantes – agora vagos e sem vida. Igualmente a nossos corpos, que tão logo ficariam no mesmo deplorável estado.

Olhei então para o céu, de onde caiam alguns flocos de neve e suspirei. Queria não estar assim tão calmo com a ideia de morrer, queria espernear e chorar copiosamente. Mas eu não era capaz, não sendo tão racional. Porém, uma solitária lágrima escorregou pelo contorno de meu rosto.

Aquela solitária lágrima representava minha culpa, meu rancor por ser tão impotente e também minhas condolências pelos meus entes que morreram.

Os carrascos nos posicionaram, mamãe, papai, eu e então nosso caçula. O Imperador estava a poucos metros de nós, com um rapaz bonito ao lado e uma comitiva de ministros logo atrás. Aquela era a execução de traidores afinal, não era todo dia que acontecia uma. Olhei para eles com divertimento, arriscando até dar um sorriso pequeno na direção do nosso líder da nação; já estava a um sopro da morte mesmo.

Então aconteceu, senti a lâmina passar pelo meu pescoço e... morri.

Ou era isso que era pra acontecer! Pois agora meus pulmões imploram por ar, mas eu não sou capaz de obtê-lo, tudo parece fora dos eixos. Meu corpo não responde corretamente, estou em pânico. A sensação de morrer não era nada agradável!

"Chyou!"

Um chamado distante me faz finalmente abrir os olhos, pois até agora não me arriscava a fazê-lo. Ao encarar o rosto muito semelhante ao meu logo a frente, senti os restantes de minhas forças irem para o inferno. Ou seja lá onde fosse os confins do mundo.

"Chun?" Chamei incerto, e aquele panaca me olhou como se eu fosse um idiota completo.

"Não, sua avó!" Aquilo era... assustador. Meu irmão não estava morto?

"Não morremos?" Perguntei como um acéfalo.

"Você..." Ele finalmente largou as brincadeiras, parecendo seriamente preocupado em um piscar de olhos. "Está tudo bem, Chyou?"

"Não sei, eu achava que tínhamos morrido." E aquele foi o diálogo mais sem pé nem cabeça que tive em toda a minha vida... ou morte?!

"Ah não, você não pode enlouquecer! Não agora!" Na expressão do mais novo havia um desespero palpável. "Recebemos um Édito Imperial!"

"Hm?" Murmurei confuso. "Que édito?"

Nem em nossa condenação recebemos um Édito Imperial diretamente, a única vez foi...

"O Imperador está recrutando para o harém, nossa família foi escolhida!"

Porra! Que situação é essa? Eu voltei um ano no passado?


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Espero que alguém se interesse em ler isso...

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