Extra

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Adeus!

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A paleta da minha vida detinha apenas tons de preto, cinza e um branco devanescido.

Desde que nasci, fui a esperança de minha mãe. Entretanto, não me importava muito com isso, porque havia uma espécie de barreira que me impedia de estar diretamente em contato com as sensações que provinham do... mundo.

Estar conectado com o mundo e suas nuances nunca foi minha realidade.

Até começar a estudar este Império, quem o fundou, sua religião, quem se sacrificou pela sua formação, as pessoas que dependiam da figura do monarca para uma boa vida e os próprios monarcas.

A grande maioria, uns babacas egoístas.

Pensando no povo juntamente a um egoísta sentimento de realização, decidi o que queria.

Eu seria o Filho do Céu que os próprios Céus pediram.

Suportei os terrores da guerra, da natureza cruel humana, da traição enraizada na medula de seres vis, do interesse manchado com a podridão de determinados e, por fim, cheguei ao lugar do qual lutei tanto para alcançar.

Mas ainda enxergava monocromático.

Até avistar um belíssimo tom de verde, de olhos que me seguiam de uma forma ousada, com um ar nobre e neutro que me fez sentir ameaça a primeiro instante.

Então, enxerguei a beleza daqueles orbes.

Em sequência a elegância do dono destas.

Por fim, o quão louca essa pessoa era.

Uma pessoa louca de olhos tão sãos e belos.

Cativou-me, ainda não tinha encontrado tal coisa antes.

Pura curiosidade.

Mas enfim seduziu-me, me atraiu como uma flor atrai uma abelha.

A paleta de modo crescente adquiriu mais cores. Mais e mais, de uma forma que jamais aconteceu.

Chyou deu cor ao meu mundo, mesmo que não fosse a intenção.

Mas, dentre tantas, verde é a minha favorita.

A mais bela, esplêndida, encantadora, apaixonante, cativante, graciosa e venusta cor.

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