O9. O suposto querubim

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Isso foi difícil.
Lembrei enquanto betava do quão agoniada fiquei no período que não consegui finalizar a estória, apesar de ter começado a escrever ela muito empolgada.
Me fiz completar só por uma busca de realização idiota.
Mas não tem como negar, é importante para mim.
Amo IMPERIAL, de verdade.

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Com as informações provindas das toupeiras que implantou sob a aprovação velada de Wuqing, Chyou foi capaz de completar as peças que faltavam do quebra-cabeça da derradeira armação de Yu Jie. Era um plano arriscado, demostrando o desespero do anteriormente favorito e daqueles por trás dele também.

O aniversário da Imperatriz Viúva era uma celebração e tanto, com direito a participação ativa das concubinas e dos nobres fiéis ao Império, digno de uma das pessoas com maior prestígio na família real, fora o próprio Imperador Hui. Exatamente por isso Chyou não era capaz de entender o porquê de ela se aliar com os rebeldes, trazendo consigo a secreta opinião sincera de que, não havia outra escapatória, ela só era burra. Burra demais para não aceitar as coisas como eram, tão confortáveis e fora de problemas. A mulher achava que os rebeldes dariam ao filho caçula restante dela o trono? Que piada. Que ingenuidade mais patética.

Ficou claro através dos fatos apresentados que Yu Jie e a Imperatriz estavam em concluio, o que fez as coisas ainda mais fáceis para aquele nas sombras e que buscava vingança. Se foram eles juntos a condenar sua família a morte na última vida, então iriam pagar nesta em preços igualmente altos. Seria um bom banquete a se empanturrar.

Para tratar do plano em questão, como já mencionado, não era brilhante, mas sim completamente arriscado e com furos. Consistia em envenenar o chá que Wuqing tomava no horário do pôr-do-sol, forçar um criado de Chyou assumir que foi o mestre dele a fazer aquilo e pintar Yu Jie como salvador da pátria. Como aconteceria? Essa parte era confusa, pois os detalhes ficaram entre os que iriam tirar as coisas da teoria, mas o que bastava para Chyou era a chance de acabar com toda a palhaçada no momento perfeito.

Depois de descoberto, um plano tão medíocre jamais teria a chance de fazê-lo algum mal.

Com o momento exato se aproximando, Chyou mandou os servos mais capazes que tinha no próprio pátio para a área da cozinha, fazendo-os seguir quem serviria o chá e também rumando em direção às dependências do Imperador; hoje Chyou trajava vermelho, usava jóias douradas pela matéria do ouro em sua constituição e um penteado complicado nos cabelos longos. Os olhos afiados nunca foram tão límpidos, ferozes e banhados de uma felicidade sádica.

Ao chegar diante da morada de Hui, ajoelhou-se e permaneceu até o momento que Yu Jie aproximou-se correndo, parecendo que havia perdido um ente querido, mas ao ver Chyou, cessou os passos e formou no belo rosto uma expressão confusa. O Bo não pôde deixar de sorrir com acidez, considerando toda a situação como uma boa peça a se apreciar.

"Por que..." Yu Jie começou, mas logo pareceu recobrar a consciência de algo. "Saia do caminho, Sua Alteza está em perigo!"

"Não está." Declarou simplesmente.

"Pessoa vil, já não basta ousar seduzir Vossa Alteza como uma cobra peçonhenta?! Queres matá-lo agora também?"

"Matar meu amado? Que conversa ridícula é essa?" Adicionar mais lenha na fogueira era tremendamente divertido.

"Seu amado... que piada!" Yu Jie parecia desesperado, e também enojado.

"Não há piada aqui... quer dizer, a não ser você. O que viestes mesmo fazer?"

"Salvar meu Imperador de suas garras!"

"Seu? Tsc."

"Meu."

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