3.2

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▒⃝🃏 ๋ 𖤘 𝗰𝗲𝗹𝗶𝗻𝗲'𝘀 𝗽𝗼𝘃 𝅄 𝆹𝅥 ⊰

- Eu desisto! - Jordan largou o pincel e se jogou para trás da cadeira, quase caindo e até arrancando uma risada minha.

- Está ficando bom, Jordan! - digo, olhando o desenho dele. - Só precisa de mais prática.

- Está horrível! Olha o seu e olha o meu - olho a minha tela e em seguida a dele, era óbvio que a minha estava melhor pelos anos de prática. Eu e Jordan decidimos fazer uma competição de quem sabia desenhar melhor.

- Sua pera ficou melhor que a minha - aponto para ela. Nossa referência era uma fruteira com algumas frutas que eu posicionei no centro da mesa a nossa frente.

Senti o vento bater em meu rosto e olhei a cara de derrota de Roy. Estávamos na varanda de casa e deveria ser quase meio-dia de um sábado.

- É, mas a sua maçã, sua banana, sua uva, sua melancia e seu pote ficaram melhor que o meu. Até a mesa ficou! - ele diz e eu rio, soltando os pincéis e o abraçando de lado.

- Calma, Roy. Você ainda pode ser Picasso - rio levemente. - Terminamos outro dia, tudo bem? Eu vou guardar as coisas - ele assente, começando a mexer em seu celular.

Começo a colocar os pincéis sujos numa caneca com água e guardar as telas, enquanto cantarolava alguma música qualquer.

- Nossa, a mãe do Hammond está trabalhando com um cirurgião do Canadá para evitar tumores cardíacos primários - Jordan comenta, olhando para o aparelho. - Parece ser algo importante. Canadá como sempre, representando.

- Cirurgião canadense? - me interesso e vou ao seu lado, olhando o ecrã do celular.

Parecia uma mesa de reuniões com pelo menos uma dúzia de médicos e pesquisadores e entre eles, Natasha Hammond e meu pai, Christian Dauphin.

Eles estavam um ao lado do outro e eu só conseguia reparar em quão perto suas mãos estavam, e mesmo que não estivessem uma em cima da outra, estavam uma ao lado da outra.

E o mais importante: o sorriso no rosto de meu pai. Era pequeno, mas era um sorriso e eu não o via sorrir desde que mamãe morreu. Apenas sorrisos forçados ou irônicos.

E a mãe de Kaden que carregava um enorme sorriso no rosto. Quase tão grande de quando viu o filho entrar na sala na terça-feira.

Era ela então a enfermeira tagarela que meu pai tanto reclama?

- Tudo bem, Line? - Jordan pergunta, me olhando preocupado.

- Oh, sim. E... eu... já volto - corro até meu quarto, desconectado meu celular do carregador e abrindo nas redes sociais do meu pai, vendo que ele também havia postado a mesma foto.

𝗣𝗔𝗥𝗞𝗢𝗨𝗥, Kaden Hammond!Onde histórias criam vida. Descubra agora