prólogo

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Foram 5 longos e trabalhosos anos de sua vida que o jovem ômega de 23 anos havia dedicado totalmente para sua faculdade de pedagogia. Havia feito diversos estágios ao longo do curso, participado de grupos de estudo e até mesmo feito uma pesquisa em psicopedagogia sobre alfabetização tardia.

Foram os anos mais cansativos, mas ao mesmo tempo mais estimulantes de sua vida. E agora que estava com seu suado diploma em mãos e o coração cheio de esperança na futura carreira, conseguiu um emprego como auxiliar de professor primário, onde ficaria com uma pequena turma de 6 e 7 anos.

Naquele primeiro dia acompanhou tudo com entusiasmo, tentou ao máximo decorar onde ficava cada lugar, os locais de brincadeira, o refeitório, as salas, o espaço para arte, a biblioteca infantil, cada pequeno lugar da escola Marco se dedicou em lembrar-se. 

Havia até mesmo passado seu tempo lendo junto aos aluninhos, ensinando-os naquele processo de aprenderem a ler, a associarem o som ao escrito.

Havia alguns alunos excepcionais naquela turma, que pareciam absorver as associações com enorme facilidade, assim como tinham outros que não se davam tão bem com as letrinhas, mas mesmo assim eram uma graça e se esforçavam para conseguir acompanhar. 

Marco já havia se encantado por todas elas, eram todas muito empolgadas e curiosas, cheias de perguntas típicas de suas idades.

Logo no primeiro dia, a maioria já mostrava sua personalidade em formação, suas indecisões tão presentes daquela fase e seus questionamentos. 

Era um grupo pequeno de crianças em sua turma e não foi difícil se lembrar do nome de cada uma delas, afinal, era uma escola considerada de elite e com uma das notas mais altas, principalmente pelo fato de serem turmas pequenas e que sempre possuíam no mínimo um professor e um auxiliar, o que dava mais tempo e dedicação para cada criança. 

As vozes finas e fofas chamando-o de "tio", assim como as mãos pequenas, e muitas vezes rechonchudas, segurando as suas fizeram Marco ter a certeza de que havia se dedicado à profissão de seus sonhos. 

Adorava crianças e todo aquele processo de desenvolvimento. Havia acompanhado o de algum de seus irmãos mais novos desde muito jovem. Não foi difícil pegar a manha e o gosto por cuidar daquelas miniaturas humanas. 

Mas, dentre todos os seus alunos, haviam três que se destacavam, principalmente por estarem juntos todos os momentos como melhores amigos. 

Uma delas era Otoko, uma garotinha que gostava de rir e sorrir para tudo, mesmo que estivesse com os olhos cheios de lágrimas, mantinha aquele sorriso no rosto para manter sua pose. Havia notado esse fato quando vira a garotinha pisar por acidente em um dos brinquedos espalhados pelo chão, e, mesmo que tivesse doído, continuava com o sorriso enorme em seu rosto para despreocupar os outros dois. 

O segundo era Momonosuke, ou como as outras duas lhe chamavam carinhosamente: Momo. Do trio era o mais chorão, mas que também tentava passar uma imagem de forte. 

A terceira se chamava Otama, uma garotinha muito fofa e curiosa que tratava aqueles que gostava de irmão/ irmã. Ela era extremamente proativa para sua idade, perguntando a cada minuto se podia ajudar ou o que o loiro estava fazendo.

Em seu primeiro dia, Marco passara o tempo com as crianças, lendo e brincando com elas, as acompanhando até a brinquedoteca, depois para o refeitório, ajudando-as quando precisavam e criando aquela inicial relação entre criança e professor da forma mais amigável e gentil que podia.

Também havia se aproximado da professora responsável pela turma, uma gentil e solícita ômega chamada Makino. Não foi nem um pouco complicado vê-la com carinho e afeição, afinal, a mulher de cabelos esverdeados parecia mais um anjo do que uma pessoa, explicando tudo o que o loiro tinha dúvidas, principalmente em seu início de carreira.

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