inegável

570 76 79
                                    

Após todo o ato se desenrolar, ambos os homens seguiram para um banho rápido e Marco percebeu o quanto apreciava as mãos do mais velho, os toques macios e carinhosos, os afagos em seus fios, enquanto espalhava o shampoo pelo couro cabeludo. O ômega definitivamente se sentira cuidado por aquelas mãos e não sabia se poderia viver sem elas agora que provara sua maciez. 

Em seguida, Marco pegou algumas roupas emprestadas, achando certa graça na forma como as mangas ficavam um pouco largas em si. O loiro logo levou o pano até seu nariz, inspirando o cheiro do alfa que estava impregnado ali. Um pequeno sorriso contente escapou de seus lábios, enquanto seguia o maior pela casa até chegarem a cozinha. 

— Você está bem? Sente alguma coisa? — questionou o alfa pegando alguns alimentos na geladeira e as panelas para preparar o almoço. 

— Eu estou bem... Agora sinto muitas coisas  — pontuou o menor sentindo suas bochechas queimarem suavemente e seu coração palpitar forte em seu peito. 

— E que muitas coisas seriam essas? 

— Hm... Um pouco de fome e me sinto feliz pelo que aconteceu... Eu realmente gosto de você e agora pouco foi...

— Um sonho se tornando realidade? — sugeriu o maior, alargando seu sorriso ao vê-lo assentir — pra mim também... Sabe, Marco, eu queria ter feito algo antes, teve muitos momentos em que eu quis te beijar desde que nos conhecemos, mas eu não queria ser invasivo ou te forçar a algo, queria que fosse algo que você também desejasse. 

— Você pode me beijar a hora que quiser — afirmou o menor se aproximando do alfa e lhe roubando um breve selar — eu gosto dos seus beijos.

— Céus, Marco, você pode parar de ser tão fofo assim? — perguntou o alfa colocando tudo o que estava em suas mãos na pia e segurando o rosto do menor, puxando-o para um selinho mais longo — se ficar falando essas coisas não vou querer parar de te beijar. 

— Então não pare. Quero que me beije sempre — pontuou o mais novo passando seus braços pelo pescoço alheio, dando um sorriso contido ao ter seus lábios pressionados pelo maior. 

— Não irá se arrepender depois? — perguntou o moreno dando mais alguns selares no ômega. 

— Nunca.

Com um sorriso maior ainda, o alfa tornou a beijá-lo, dessa vez explorando aquela cavidade tão desejada com sua língua, buscando conhecer cada canto de sua boca. Os beijos entre eles prosseguiram por longos minutos, até mesmo quando decidiram parar um pouco para preparar o almoço, ora ou outra voltavam a trocar beijos e toques sutis, além de olhares e risadas alegres. 

O menor cortava os alimentos, enquanto falava e ouvia sobre a vida, trocando suas experiências com o maior, expondo suas inseguranças e anseios, suas histórias felizes e tristes, tudo o que viesse em sua cabeça. 

Em troca, Ace o escutava com atenção, quebrando pouco a pouco seus medos e temores, mostrando sua visão sobre tudo o que o menor lhe dizia. Era um momento reconfortante e acolhedor que só aquecia cada vez mais o peito do menor com aquele sentimento cálido e gentil, suave como uma brisa de verão, mas intenso como um tsunami. 

O almoço estava praticamente pronto quando os dois ouviram os passos pequenos e arrastados seguirem para a cozinha. Logo a pequena Tama apareceu no batente, as mãos pequenas esfregando seus olhos enquanto arrastava seu cobertor macio e esverdeado. 

— Papai... Tô com fome... — comentou a garotinha em um tom sonolento, atravessando a cozinha até abraçar as pernas de quem supunha ser seu pai pelo cheiro. 

— Já está quase pronto, meu amor, só mais uns minutinhos — afirmou o alfa dando uma rápida olhada para as panelas e em seguida vendo a garotinha agarrada às pernas do ômega — e quem você está abraçando, Tama? 

literalmente daddyOnde histórias criam vida. Descubra agora