temperaturas elevadas

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Marco chegara na escola com uma bolsa lateral e a passos tranquilos seguiu para a sala de sempre, encontrando Makino e algumas das crianças já sentadas e esperando pela programação do dia. O loiro desejou bom dia para os pequenos e para a ômega de cabelos verdes, aguardando o que a mulher havia preparado para hoje, enquanto deixava sua bolsa pendurada em uma das cadeiras.

Logo foi decidido que fariam algumas atividades ao ar livre, na parte do parquinho que ficava nos fundos. A pequena Tama não perdeu tempo em segurar a mão do ômega e a de Toko para saírem da sala, enquanto Momo os seguia, decidido a ir sozinho, sem precisar segurar a mão de ninguém, afinal, era um garotinho crescido. 

Mas claro que não demorou muito para que um pequeno tropeço o fizesse mudar de ideia e ele corresse para segurar na mão do adulto, sentindo-se um pouco mais seguro. Marco deu um sorriso para as crianças, achando-as extremamente adoráveis. Cada dia que passava sentia-se mais apegado aquelas figurinhas únicas e encantadoras. 

Mas não demorou muito para notar que alguns professores e funcionários que passavam por si acabavam lhe dirigindo olhares aos quais não sabia muito bem descrever. Alguns pareciam ser de escárnio, outros como se ele fosse algum inimigo ou um perigo iminente e alguns poucos pareciam trazer uma pitada de pena. 

O loiro fingiu ignorar a todos, dando atenção para as crianças ao seu redor, percebendo que a garotinha de cabelos roxos parecia um pouco mais silenciosa do que de costume, o rosto um tanto cansado e com bocejos um pouco frequentes. 

— Você está bem, Tama? — perguntou o loiro segurando e balançando suavemente a mão da menor.

— Uhum, só tô com sono — comentou enquanto esfregava os olhos. 

— Ficou assistindo desenho de tartuga e não dormiu, é? — falou Momo empinando levemente o nariz — o papai disse que a gente tem que dormir cedo pra acordar bem. 

— Não fiquei e é tartaruga — corrigiu a pequena de cabelos roxos, inflando levemente as bochechas — eu fui dormir cedo como todo dia. 

— Deve ser porque você é dorminhoca — disse a de cabelos rosados. 

— Eu não sou não — rebateu a roxeada com um enorme bico em seus lábios. 

— Tudo bem, é normal ficar cansado, nem sempre dormimos bem... Teve algum pesadelo essa noite? — questionou o ômega, mudando levemente de assunto, visto que se deixasse aquela pequena discussão entre as crianças renderia mais boas horas. 

— Não, pelo menos eu não me lembro de ter sonhado com nada — falou a menor mexendo o nariz e espirrando em seguida. 

O loiro assentiu e continuou andando com o trio até o lado de fora, logo vendo Toko e Momo correrem para os brinquedos, enquanto Tama ficou ao lado do ômega, segurando-lhe a mão. 

— Não está com vontade de brincar com os outros? 

— Não, eu quero ficar com o tio — comentou a arroxeada, encostando seu rosto contra o braço alheio. 

O ômega franziu levemente o cenho e colocou sua mão livre sobre a testa da garota, sentindo a temperatura um tanto elevada da epiderme.

— Você está quente, Tama, será que está com febre? — questionou o loiro se abaixando para ficar na altura da garota — você está sentindo mais alguma coisa além de cansaço? 

A garotinha balançou a cabeça negativamente e apontou para o pequeno gramado do local, indicando que queria ficar ali um pouco, pedido esse que foi atendido sem questionar. 

Marco ficou com Tama, enquanto as demais crianças seguiam as instruções de Makino para as atividades do dia, voltando sua atenção ora ou outra para a garota, notando as bochechas dela ficarem avermelhadas e suas expressões cada vez mais cansadas.

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