Ten; Livre entre paredes

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[Ryomen Sukuna narrando]

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[Ryomen Sukuna narrando]

A MALDIÇÃO EM minha frente já estava aos pedaços. Já tinha feito toda aquela cena de homem mal e debochado dela, foi bom ter feito aquele pacto com Yuji, gostaria de fazer isso mais vezes. Sabia que teria que voltar agora, o moleque devia estar louco para ver os amigos logo. 

- Garoto, pode voltar

Essa foi a frase que falei mais de cinco vezes. Ele não apareceu. Não pude deixar de sorrir com isso, é certo que fizemos aquele contrato lá, mas parecia que ele ainda não tinha se acostumado com ele. Mesmo que ele tenha uma força de louco, e que ela não venha de mim, e consiga me controlar, me parece que depois daquele nosso contrato, ele perdeu um pouco de seu controle sobre mim, mesmo que isso seja por pouco tempo. Gostei daquilo.

Olhei ao redor, e não pude me segurar de rir alto, era muito bom para ser verdade. Mesmo que eu não pudesse machucar humanos, estava livre, por pouco tempo, mas livre. Se eu estivesse assim no meio da cidade, ficaria mais feliz, ficar neste lugar deserto era um saco realmente.

Escutava sons de passos, passos rápidos. Seguindo o som, não pude deixar de sorrir malicioso ao ver aquele amigo do moleque. Se não me engano era Megumi, aquele garoto me deixava curioso. Megumi tinha realmente muito talento, desde o momento em que o vi, desde que senti o cheiro forte de seu poder Jujutsu, ele me fascinou.

Tinham apenas três pessoas que realmente me deixavam sem palavras quando se falava de poder, mesmo que dois deles ainda estivessem desenvolvendo este poder, porque eu sabia que seriam um dos mais poderosos no futuro. Megumi, Yuji e Satoru. Ah, me excitava apenas de pensar sobre isso. Gojo era o mais poderoso no momento, mas algo me dizia que Megumi iria superá-lo, além de Yuji, algo me dizia que Itadori iria ser o mais poderoso. Algo doía em mim de pensar que ele teria que morrer cedo.

Eu continuava olhando para Megumi, que estava imóvel, me olhando assustado. Acho que ele preferia o amigo no meu lugar.

- Ah, isso me deixa triste, sabia?

- O que?- me olhou sem entender

- Me deixa triste, por que percebi que ficou bravinho que eu estava aqui, e não seu amiguinho. Ah, meu pobre coração

- Ah, cala a boca! Por que está aqui? Eu deveria te exorcizar!

- Ah, bebê, se babar tanto meu ovo, vou pegar uma infecção. Oh, por favor! Você sabe bem que se me exorcizar, seu amiguinho morre comigo- senti um aperto no coração naquela hora

O moleque quer tomar o corpo?

- Tsk. Só...devolve o Itadori

- Hum, não?

- O que? Tá de zueira? Devolve ele!

- Escute bem, ele não pode vir agora. E não, não posso dizer o porque

- Escuta aqui, devolve o Yuji e vaza, caralho! Vaza daqui, o seu leproso!

- Calma, querido. Já, já ele vem

[Kugisaki Nobara]

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[Kugisaki Nobara]

Eu estava tremendo. Sabia que aqui na cidade as maldições eram mais poderosas e não, não estava com medo daquilo, eu tinha medo de perder Itadori. Era idiota, eu sei. Acabei de conhecê-lo, mas depois de passar uma semana junto dele e Megumi, já pensava neles como amigos, uma família que sempre quis ter. Perder um deles era como perder minha vida.

Tinha medo de chorar pela morte de algum deles. Eu sabia que isso aconteceria, Yuji iria morrer de toda forma, mas queria que demorasse, para eu estar mais madura e pronta para quando essa hora chegar. Não quero que seja agora.

Estava encolhida em uma coberta na parte traseira do carro, e me segurar para não chorar. Megumi batia o pé, impaciente. Ele sentia o mesmo que eu, podia ver isso. Medo e ansiedade preenchiam seu olhar, assim como eu. Tinham nos dito que a ajuda chegaria logo, que tínhamos que esperar e tudo ficaria bem, mas sabia que não. Se esperássemos um pouco mais, ficaríamos loucos.

Neste tempo que pareia que se passavam anos em vez de minutos ou horas, pela primeira vez em muito tempo, comia minhas unhas, coisa que não fazia desde meus seis anos, eu estava realmente em pânico. Aquela "ajuda" que diziam vir, nunca chegava e a cada segundo eu pensava em como Itadori estaria. Será que ainda estava vivo? Não! Não podia ter pensamentos assim. Ele estava vivo. Ou era o que eu queria pensar.

De repente, Megumi levantou e saiu do carro, aquilo me assustou, mas fiquei ainda mais assustada quando vi ele indo em direção ao prédio.

- Fushiguro, não faz isso!

- Se eu não salvar ele...quem vai?

Enquanto ele andava, eu continuava sussurrando a mesma coisa.

- Por favor, eu imploro. Não morram

[Yuji Itadori narrando]

Já estávamos dentro do carro, e por algum motivo, Fushiguro nem olhava na minha cara, e Nobara me abraçava enquanto falava mil vezes que ela não estava emocionada, e que era só um abraço matinal entre amigos. Ela me fazia rir, mas nenhum deles estavam rindo. Eu sabia que iriam ficar assim por algum tempo, afinal, eu quase morri. Nós quase morremos.

No início, tive medo, mas depois eu tinha vergonha, vergonha de saber que podia deixá-los assim. Agora, só via aquilo como um passado cruel.

Antes que eu pudesse olhar para Megumi, vi a porta ao meu lado se abrir, e senti os braços de Nobara se descolarem de mim, e logo estava no chão. Me levantei devagar, meu corpo ainda doía muito, principalmente minhas costas, me sentia um velho. Tive que levantar um pouco minha visão, porque só conseguia ver um peitoral enorme, e então, vi aquele rosto. Parecia que tinha acabado de entrar em um programa de UFC na praia. Um homem grande estava na minha frente, tinha um peitoral maior que meu quarto e o rosto travado, com uma cicatriz enorme nela. O cabelo parecia dread e estava amarrado em um coque pequeno, o que me lembrava muito aqueles hipster, só que de sunginha. Afinal, por que uma sunga? 

- Itadori?

- Eu?

- Qual seu tipo de mulher?

Continua

Straight in the Throat|Jujutsu KaisenOnde histórias criam vida. Descubra agora