{POV.ANY}
- Filho? Espera aí, Josh tu é casado? (Digo assustada olhando para Josh).
- Não, sou viúvo. (Josh explica rápido).
- Um viúvo que não honra a memória da falecida mulher. (Taddy rebate e Josh bufa com raiva).
- Olha aqui seu moleque... (Ele diz com raiva se levantando da cama e avançando até Taddy).
- Parem vocês dois. (Ordeno ficando entre eles interrompendo a briga e tudo fica em silêncio).- Olha garoto, não sei qual seu problema comigo mas teu pai não pode se alterar. Ele passou mau ontem, precisa descansar. (Eu explico a Taddy).
- O que houve? (Taddy pergunta ao pai parecendo meio preocupado mas ainda sério).
- Nada demais, apenas um desgaste físico. Já estou ótimo. (Josh responde rápido e eles parecem dois cães prestes a se atracarem).
- Realmente parecia ótimo quando mais cedo podia ouvia os gemidos da sala. (Taddy diz com irônia).
- Seu pai trabalha demais, garoto. (Eu digo rápida mudando de assunto).Não quero expor minha intimidade com Josh ao filho dele, mesmo que tenha ouvido algo, apenas eu e Josh sabemos o que acontecia aqui.
- A empresa sempre acima de tudo né, papai. Isso sempre foi a ruína de... (Taddy falava irônico mas Josh lhe interrompe na hora).
- Cale-se, Taddy. (Charles ruge). - Any, me deixe sozinho com Taddy. (Ele ordena a mim sem nem me olhar, com os olhos furiosos sobre o filho).
- Que? Mas eu ainda nem tomei... (Digo confuso mas ele mau me deixa falar).
- Vai logo, porra! (Josh diz grosseiro).
- Vai lá fazer o que seu daddy ordena, sua putinha de aluguel. (Taddy sorrir com desdém enquanto cruzas os braços e eu sinto meu corpo ferver de ódio).
- Seu almofadinha de merda. (Digo a ele com ódio e me viro para Josh). - Vocês dois se merecem mesmo, dois idiotas sem educação.Digo com raiva e saio do quarto a passos pesados batendo a porta com toda a força que eu tinha no meu ser.
{POV. JOSH}
- Geniosa a sua putinha né? Mas até que o senhor tem bom gosto para... (Taddy falava irônico mas eu logo lhe interrompo).
- Cale-se, não tem autorização para falar assim de Any! (Digo com ódio).Que diabos esse garoto está fazendo aqui?
Taddy e eu sempre tivemos uma relação conturbada mesmo quando Elisa, minha falecida esposa e mãe dele, era viva. Depois que ela se foi, tudo só pirou. Taddy jamais me procurou desde que completou sua maior idade e agora aparece do nada.- Há muito tempo que o senhor não manda em mim, eu posso falar o quanto eu quiser dessa garota. Ela não passa de uma interesseira que transa por dinheiro, ela deve fazer um trabalho bom já que o senhor está todo... (Taddy falava e aquilo já estava me irritando mais ainda).
- Da pra dizer que merda está fazendo aqui? Há 2 anos que não me procura e agora aparece do nada. O que quer? Dinheiro? (Digo irritado).
- Vim visitar meu paizinho não posso? (Taddy diz irônico enquanto anda pelo meu quarto). - Vim ver com meus próprios olhos que já está estampando em todas as redes sociais e jornais. "A nova companheira do milionário Josh Beauchamp ", eu chamaria de loucura.
- O que eu faço ou deixa de fazer não é da sua conta, sou seu pai, eu que deveria saber da tua vida. (Rebato).
- Não, nunca soube e nunca quis saber. Quem sempre cuidou de mim foi minha mãe SOZINHA, quando o senhor andava pra lá e pra cá fazendo milhões de dinheiro pelo mundo com a empresa, enquanto ela sofria dentro de casa comigo. (Taddy diz com magia e raiva).
- Elisa era complicada, tu sabe disso. (Rebato).
- Ela estava morrendo e o senhor não percebeu! (Taddy gritou com ódio).E eu apenas virei o rosto sem palavras e engoli seco passando a mão pelo pescoço respirando fundo. Aquela cicatriz que existia entre nós, a cicatriz que ainda sangrava pela perda horrenda de Elisa.
- Mas eu precisava vir e tomar conta dessa situação. (Taddy diz quebrado o silêncio pesado e eu lhe olhei). - Entender porquê diabos está a sustentar essa garota, alguém que só quer seu dinheiro. Uma oportunista. Sempre pode ter todas as mulheres da alta sociedade que quisesse, mas resolveu se juntar a uma rampera. (Taddy diz confuso).
- Olha como fala de Any, ela não é rampera e muito menos oportunista. Não me juntei a ninguém, Keren é minha funcionária. (Explico).
- Uma funcionária que transa com o senhor em troca de presentes caros, eu vi as fotos no evento de caridade, vi o colar que deu para ela. Estava na cara de todos que o senhor se tornou suggar daddy dela. (Taddy disse indignado).
- O que eu faço ou deixo fazer com meu dinheiro é responsabilidade minha, Any está me ajudando. Ela recepciona as pessoas quando vem aqui em casa, sabe se comportar e todos do meu meio adoraram ela. Eu precisava de uma acompanhante assim, que faz as coisas que... que Elisa não fazia. (Explico).
- O senhor sabe muito bem o porquê ela não fazia! (Taddy gritou outra vez).
- Sua mãe não era fácil, Taddy! Entenda isso, ela que não queria se tratar. (Rebato com força).
- A culpa é sua, sempre foi. (Taddy murmura como se tivesse um nó em sua garganta).Eu também sentia a minha garganta apertar, tocar no nome de Elisa e em nosso passado, me faz lembrar do meu presente e eu sei que as coisas não acabaram bem.
- Eu sei que a culpa é minha, não precisa me fazer sangrar mais do que eu já sangro. (Digo quase num sussurro sentindo meu coração acelerar de dor e raiva).
Raiva de mim mesmo por ter sido um completo idiota, jamais me perdoarei pela morte de Elisa.
- Não vou deixar que o senhor e essa prostitutazinha sujem a imagem de minha mãe, ela pode não ter sido como o senhor queria mas não deixarei que essa garota de quinta categoria a substitua. Essa humilhação minha mãe não passará. (Taddy diz firme apontando o dedo na minha cara).
E em seguida caminha a passos rápidos saindo do quarto batendo a porta com força, e eu desabo me sentando na cama com meu rosto entre as mãos. Meu coração acelera e eu tento respirar fundo, tenho que ser forte. Mas as vezes o passado me mostra que tudo que eu esteja passando, é um castigo pelo que eu fiz. Ou melhor, pelo que eu não fiz. Não percebi o quão doente Elisa era.