Capítulo 31

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{POV.ANY}

Eu estava revoltada depois de tudo que ouvi enquanto esperava no corredor do quarto de Josh, eu ouvi toda a conversa atrás da porta e daí? Foda-se, eu não podia deixar aquele almofadinha de merda chegar e ir me tratando mau como se eu fosse qualquer uma. O fato dele mau me conhecer e já ir me chamando de interesseira e oportunista, estava me deixando nos nervos. Minha vontade era de encher esse loiro gostoso de porrada, mas e daí se ele é gostoso? Toda essa arrogância dele ofusca qualquer beleza.
Eu ouvi toda a conversa e pelo o que ouvi Josh e Taddy tem uma rivalidade desde a época em que essa tal Elisa era viva, depois da morte deve ter piorado. Mas só não entendi o porquê Taddy é tão revoltado por causa da mãe, será que Josh era um mau marido? Traía ela?
Eu estava em pé com as costas nas paredes ouvindo tudo, eu nem precisava colar o ouvido a parede já que eles praticamente gritavam tudo. Então Taddy saí do quarto e bate a porta com força, e eu entro na frente do mesmo de braços cruzados o fazendo me notar.

- Escutar atrás das portas é feio, sabia? (Ele diz irônico).
- Destratar as pessoas também é, sabia? (Rebato no mesmo tom).

Se ele quer guerra, ele terá. Porque não terei piedade de um mimado só porque ele tem problemas com o passado.

- Não estou destratando ninguém, estou falando a verdade. Você é apenas uma prostituta... (Eu lhe interrompo).
- Não sou prostituta e muito menos oportunista ou interesseira. E mesmo se eu transasse por dinheiro isso não é da sua conta. (Eu digo firme).
- É da minha conta sim, quando se trata do dinheiro de meu pai. (Taddy rebate e dar um passo de aproximando de mim).
- Pelo que ouvi tu nunca ligou muito para o teu pai, então não venha pagar de filhinho preocupado agora só por medo de perder tua herançazinha de merda. (Rebato firme dando um passo me aproximando dele).

Se ele acha que consegue me intimidar ele está muito enganado.

- Josh já é adulto e sabe muito bem o que fazer com o dinheiro dele. (Completo).
- Estou pouco me fodendo para o dinheiro de meu pai, essa empresa dele sempre foi o que arruinou tudo. Minha mãe morreu por causa dessa merda e não deixarei que uma mulher como você destrua a imagem dela. (Taddy diz com raiva e eu solto uma risada debochada).
- Tá me vendo com alguma foto dela na minha mão e tesoura? Pra mim destruir a imagem de alguém? (Sorrio com deboche e veja as narinas de Taddy se deslatarem como um touro furioso). - Acho que ela poderia ter te dado um pouco de educação pelo menos. (Comento arqueando uma sombracelha em provocação).
- Lave sua boca pra falar de minha mãe! (Ele rebate e se aproxima tanto que posso sentir nossas respirações se entrelaçerem).

De perto ele é bem mais bonito, se não fosse tão escroto até que seria atraente.

- Toquei na ferida, né? Vai fazer o que, hein? (Rebato de novo em provocação e ele bufa).
- Vagabunda. (Taddy diz e começa a andar indo embora pelo corredor).
- Foi um desprazer te conhecer também! (Digo alto para ele que apenas me joga o dedo do meio em um sinal obsceno e some andando pelos corredores).

Any 1 × 0 Taddy.
Se esse almofadinha está achando que vai me tratar mau e sair ileso, ele está muito enganado.
Respiro fundo e seguro a maçaneta da porta para entrar no quarto de Josh, entro e encontro o mesmo sentado a cama com os braços apoiados no joelho olhando pensativo para um ponto perdido no chão.

- Impressão minha ou tu estava discutindo com Taddy lá fora? (Ele diz enquanto eu ficava diante dele de braços cruzados).
- Ele não pode me tratar mau e sair ileso. (Rebato séria). - Igual tu, não irei aceitar tuas grosserias só por causa desse garoto. (Completo).
- Keren, eu precisava conversar com... (Josh tentou se justificar mas eu lhe interrompi).
- Não quero desculpas, quero explicações. Teu filho me chamou de todos xingamentos passíveis como se eu tivesse culpa de estar aqui. (Digo com raiva).
- Ouviu atrás da porta? (Josh me olha).
- Acha que eu ia deixar que falassem de mim e não ia ouvir nada? (Digo irônica e suspiro enquanto me encostava na estante com TV). - Josh eu não quero trazer problemas para ninguém mas também não quero ser humilhada por ninguém, então se eu tiver atrapalhando algo... (Josh me interrompe).
- Tu não está atrapalhando nada, Any. A história que é muito complicada. (Josh suspira passando as mãos pelo rosto). - Taddy e eu sempre tivemos uma relação de desde que o adotamos, Elise parece que queria o menino só para ele. Me isolava deles e... (Agora eu que lhe interfiro).
- Espera aí, ele é adotado? (Pergunto confusa e curiosa).
- Sim, nós o adotamos ele tinha apenas 5 anos de idade, Elisa e eu já estávamos casados há 5 anos, casamos muito novos com apenas 18 anos, por termos achados que éramos almas gêmeas apaixonadas. Mas Elisa sempre foi complicada, diferente, meio fora da casinha. Antes eu achava isso legal, mas depois tudo ficou mais complicado. (Josh contava meio cabisbaixo e eu engoli seco).
- Não queria tocar em assunto tão delicado, eu só queria saber porquê teu filho me odeia tanto sem mau me conhecer. (Explico).
- Não, tudo bem. Tu tem o direito de saber já que é minha acompanhante pessoal e uma hora essa história ia vir a tona. (Josh diz). - Elisa sempre foi meio diferente, como eu disse, meus pais até acharam uma loucura eu casar com uma garota como ela. Mas tudo piorou 2 anos depois que nos casamos e ela botou na cabeça que queria um filho, eu dizia que não podia porque tinha cuidar da empresa e éramos jovens demais para isso. Elisa surtou, começou a furar meus preservativos, parou de tomar os anticoncepcionais e toda vez que transavamos ela não queria mais parar, queria me fazer gozar o máximo que conseguia. (Eu engolo seco chocada e Josh continua).
"- Mas aí ela começou a perceber que nada a fazia engravidar e botou a culpa em mim, dizia que eu era estéril. Então quando fomos ao médico descobrimos que quem era estéril era ela. Elisa teve surtos profundos, quebrou nossa casa inteira, se jogava em cima dos cacos de vidro e pegava as facas para se cortar, dizia que seu útero era seco e podre. Então eu dei a ideia de adotarmos uma criança, de início ela recusou mas depois aceitou, então adotamos Taddy. Mas as complicações de Elisa só pioraram depois que Taddy veio, ela não deixava ninguém chegar perto do menino, nem mesmo eu".

- Meu Deus. (Eu sussurrei assustada com a mão na boca ouvindo o Josh contava parecendo viajar no tempo enquanto olhava para o tapete no chão).
- Elisa era muito complicada. (Ele sussurra).
- Como assim "complicada"? (Pergunto confusa e seu olhar se volta para mim enquanto ele suspira).
- Elisa, minha falecida esposa e mãe de Taddy, sofria de distúrbios mentais.

My Lord - beuanyOnde histórias criam vida. Descubra agora