𝐒𝐞𝐯𝐞𝐧.

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Dissolvendo-se no ultramar, dizem que esta linha do tempo não é mais real.

𓋲

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O céu parecia tão limpo naquele momento.

Tingido em um azul cristalino, nenhuma nuvem era visível e Rintarou pôde facilmente sentir as ondas contra seu coração, mesmo que a praia ainda estivesse distante.

- Está me dizendo que você, realmente, falou isso ao policial? Como você é brega! - A garota zombou.

- Dê um tempo... - O de fios negros suspirou pesado, afundando-se mais no banco do velho beetle de Natori.

- Mas estou feliz... Por ter dito isso... - Sua última frase saiu como um sussurro, um sussurro que ajoelhava-se implorando para que Suna não tenha o ouvido. - Diga me, professor! - Encerrou um assunto antes de uma resposta. - Estamos próximos?

- Ainda não, mas vamos parar em um posto próximo. Querem algo?

- Chocolate! - A menina foi a primeira a se pronunciar.

- A essa hora da manhã? - Rintarou parecia bravo. - Sem doces. Professor, apenas suco.

A mente da menina vagou a procura de algum certo momento em que Suna foi saudável.

Não havia.

O mais velho estacionou o carro em uma área isolada, protegida pela boa sombra de uma macieira.

- Suna, - Com os braços cruzados e um olhar distante, a garota chamou por ele. - o que é especial para você?

O garoto rapidamente a encarou. Seus olhos estavam a procura das orbes femininas que, em momento algum, abandonaram o ponto fixo e distante.

Não tinha cabimento. Ela apenas havia perguntado.

- Nunca pensei sobre isso...

- Será se existe uma linha do tempo em que tudo possa acontecer? - Os olhos do garoto vagaram pela figura ao seu lado, a procura de qualquer pedido de socorro.

Mas ela estava alí. Normal. Perfeitamente, bem.

Suna odiava.

Odiava com todas as suas forças aquela personalidade vazia que insistia em apoderar-se do corpo daquela menina.

Suna odiava aquelas meias frases, meias respostas e meias dúvidas.

Natori logo estava no carro novamente.

- Aqui está. - O mais velho estendeu as latinhas aos jovens, que aceitaram de bom grado.

A viagem continuou.

Os olhos de Rintarou procuraram abrigo nos da menina, mas encontraram apenas uma parede fria, onde se debruçaram e choraram.

Sim.

𝐒𝐈𝐒𝐒𝐘 𝐒𝐊𝐘 - Suna RintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora