𝐅𝐨𝐮𝐫.

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E são esquecidas em 2 minutos assim que a camêra aponta na direção do céu azul.

𓋲

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E novamente, Rintarou não trocou qualquer tipo de comentário com a garota durante ou depois do almoço.

"Trocar palavras românticas com um estranho, que loucura!" Pensou.

Suspirou pesado, passeando o olhar pelo jardim. - A grama está molhada, ela vai precisar de um bom banho se continuar deitada ali. - Murmurou, imaginado o trabalho que daria para lavar aquele suéter.

Com um leve aquecimento em suas bochechas, Suna soprou toda a sua covardia e levou seus dedos em direção a maçaneta. Ao atravessar a porta, uma forte ventania se chocou contra seu corpo esguio, sentiu que estava prestes a voar.

Ainda com cada fio aparente de seu corpo ouriçado, Rintarou continuo seu caminho em passos despojados até a saída.

- Não vai se despedir? - Engolindo em seco, Suna torceu para a menina acreditasse que o rubor em suas bochechas era devido ao frio.

- Até amanhã! - Virou-se para a saída novamente, sentindo seus pulmões gritarem.

Click!

Rintarou automaticamente cobriu a própria bunda levando seu olhar assustado para a garota que apenas estava tirando fotos do céu.

"Que idiotice a minha!" Sorriu pequeno para si mesmo. Quando seus pés tocaram a calçada, ele sentiu que finalmente poderia respirar facilmente.

"Bela bunda!"

Seus dedos correram para aquela área novamente ao ouvir a frase brincalhona da garota, o de fios escuros se apressou a voltar para casa, sentindo-se satisfeito ao atravessar a grande porta amadeirada.

Livre.

Era o sentimento que ele precisava, mas o único que não tinha.

Mesmo tendo presenciando belos dizeres deslizando como água por seus lábios, Suna ainda não conseguia acreditar que havia coisas assim escondida entre as entranhas de seu coração.

Prometeu amar suas feridas pessoais, mas nem sequer tinha um ponto de partida. Ele orava a todos os deuses dispostos a ajudá-lo naquele momento.

"Eu disse amar como um amigo, que ela entenda, por favor!"

- Rintarou, está em casa? - Os pensamentos de Suna foram automaticamente interrompidos pela última pessoa a qual ele queria ver hoje. Atsumu.

- O que faz aqui?

- Tsc, não posso visitar um amigo? - Usou o tom mais desafiador possível.

- Perdão, usei as palavras erradas! COMO entrou aqui?

- Idiota, você esqueceu de trancar a porta. - Foi como se um raio atravessasse os neurônios do mais baixo. - Deveria ser mais cuidadoso, e se alguém perigoso entrasse?

- Já entrou... - Sussurrou.

- O que?

- Enfim! - Pigarreou. - Você tem uma casa, vá! - Com um gemido cansado, o Miya louro coçou a nuca, caminhando em direção a porta.

- Ah, sobre a bola de vôlei que você me emprestou... - Desviou seu caminho lentamente.

- Você a furou, não é? - O mais alto tentou rir para cortar o clima. - Você tem pregos nos dedos ou algo do tipo?

- Relaxe! Eu comprei uma nova, está em seu quarto. - Enfiou as mãos mais adentro de seu moletom esportivo.

Uma ideia surgiu na mente de Suna, como se uma pequena lâmpada invisível acendesse sobre sua cabeça.

- Atsumu... Conhece um bom lugar para jogar vôlei? - O louro levou seu olhar ao teto, pensando.

- Hum... Tem um pequeno campo no fim da rua, mas não é muito frequentado.

- Ótimo! - Atsumu engoliu em seco com a animação repentina. Ele não sabia ao certo quando foi a última vez que viu Suna tão animado. Não! Na realidade, ele nunca viu Suna animado com algo. - Agora vá embora!

- Eh?! Eu ainda não terminei de falar. - Não houve tempo para falas ou oposições, Rintarou já havia empurrado a porta contra seu rosto. - Merda!

Aos tropeços, o garoto correu até seu quarto à procura da tal bola mencionada pelo Miya.

"Péssima escolha de cores, Atsumu!" Pensou analisando a bola com cores ridiculamente extravagantes.

Mas era o suficiente.

Receoso, apreensivo, hesitante, ansioso e qualquer outro sinônimo para essa palavra. Era assim que ele se sentia.

Aos poucos, o corpo feminino entrou em seu campo de visão. Ainda deitado sobre a grama molhada apontando a câmera para o céu.

- Ei! - Seu olhar passeou calmamente pelo ar até encontrar suas orbes semicerradas do garoto. - Estou indo ao campo no fim da rua, quer vir comigo?

- Por que? Resolveu amar minhas feridas pessoais agora? - Um sorriso malicioso puxou por entre os lábios da garota.

- Você é bem rancorosa, uh?

Logo uma risada reconfortante invadiu o local. - É uma piada! O que faremos lá?

- Jogar vôlei! - O pequeno sorriso entusiasmado de Suna logo caiu ao notar a expressão clara de insatisfação.

- Prefiro beisebol.

- Não sei jogar beisebol.

- E eu não sei jogar vôlei.

E assim, eles decidiram jogar futebol.

-Tem certeza que podemos jogar aqui? - A menina procurou abrigo nas costas de Suna. - Aquele senhor não parece muito amigável.

- Você julga muito as pessoas! - Não escondendo sua indignação, pegou a bola por entre os dedos de Rintarou e a chutou para o meio do campo.

E assim se iniciou uma corrida insana sem fim lucrativo algum, apenas quem alcançaria a bola primeiro. Cansada, a menina desacelerou seus passos, suspirando pesado.

- Aquelas crianças foram realmente gentis em emprestar a bola. - Suna elevou o objeto, sorrindo de forma desajeitada para a garota.

- Você é bom, não é? - Olhos felinos se moveram rapidamente. O que ela está dizendo?

- Bom em que?

- Em fingir dar conselhos. - O de fios negros engoliu em seco. - Não se sinta preso a mim, eu realmente posso lidar com isso sozinha.

- Eu quero! - Seu riso desengonçado se tornou menor, suas sobrancelhas franziram e seus lábios se comprimiram.

- Tudo bem se quiser desistir.

- Tsc! Você tem uma obsessão ridícula por desistir, uh? Eu não gosto de contar sobre os meus problemas, - Angustiado, Rintarou apertou o objeto borrachudo entre seus dedos. - mas eu comecei do zero quando eu perdi tudo o que eu tinha, aguentei dias difíceis para me tornar mais forte do que qualquer um. Sabe porque eu fiz isso?

Com um sorriso, medianamente, orgulhoso a garota questionou. - Por que?

- Porque o mundo estava me dando uma chance de ser visto.

𝐒𝐈𝐒𝐒𝐘 𝐒𝐊𝐘 - Suna RintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora