Dores não foram feitas para serem compartilhadas. Sentimentos são confusos.
[Nome] jamais poderia entender os sentimentos de Suna, assim vice-versa. Em um dia ensolarado ou chuvoso, quente ou frio, o único sentimento que eles eram capazes de compar...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𓋲
Um miserável.
De fato, Suna se sentia desprezível. Um completo desvalido que não merecia nada.
Com olhos fundos e cansados, sob as cobertas, Rintarou encarava o teto.
Seus dias haviam voltado a ser monótonos e sem cor novamente. Até mesmo a ausência de Atsumu fazia seu coração pulsar dolorosamente.
O relógio balançava em 6:00 da manhã. Durante aquela longa noite, Suna conversou com grilos amigáveis dispostos a ouvir seus lamentos. Era segunda-feira, logo logo ele teria que arrumar-se para um dia miserável na escola.
O que diabos ele faria de produtivo naquele lugar? Ele dormia durante todas as aulas, independente se quisesse ou não.
Um som alto e irritante.
Era seu telefone. O visor brilhava exibindo a palavra "Pai".
— Alô? - Sua voz era fraca, realmente parecia que ele havia acabado de acordar.
— Atsumu me ligou.
"Aquele bocudo..." pensou.
— Ele me disse que você estava deprimido, quer conversar?
— Não é preciso... - Ele se mexeu um pouco na cama. — Seu trabalho anda bem?
— Sempre mudando de assunto, uh? O foco aqui é você. Vamos, me diga!
Silêncio. Mas logo ele respondeu. — Eu apenas desejei algo da qual eu não poderia cuidar.
— Sabe qual é meu sonho de infância? - O questionamento surpreendeu o mais novo.
— Qual?
— Um cachorro. Desde meus belos 6 anos, eu sempre quis um cachorro. Humilhei-me como um pobre coitado aos meus pais, mas ainda assim eu não ganhava meu cachorro. Você sabe por quê?
— Por que era algo da qual você não poderia cuidar?
— Exato. Depois de anos, eu conheci sua mãe e sabe o que aconteceu?
— Você ganhou seu cachorro?
— Não, você nasceu. Um garoto dorminhoco e babão.
— Não precisava citar a parte do babão.
— O fato é. Eu tinha responsabilidade para ter um filho, mas porque eu não tinha o suficiente para ter um cachorro?
Silêncio.
— Há coisas sobre nós mesmos que não sabemos e uma delas é o que merecemos e o que não. Você pode lidar com isso, Rintarou.
