𝐄𝐥𝐞𝐯𝐞𝐧.

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Que diria: "Olhe, estou indo para você agora!"

❝Que diria: "Olhe, estou indo para você agora!"❞

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𓋲

Natori estava angustiado.

A ideia de deixar que a garota fosse buscar Suna parecia erronia. Principalmente pelo fato de que estava indo a pé.

— Tem certeza que não quer ir de carro? – O mais velho a seguia pela casa. — Eu posso leva-la.

— Natori... – Ela parou subitamente. — Eu quero estar sozinha com ele, por agora. – Saiu como um sussurro vindo do coração. — Há muitas coisas que eu preciso esclarecer. – Seus olhos brilhantes foram até Natori. — Por favor...

Um suspiro.

Como ele poderia negar?

O silencio do homem foi o suficiente. Ela continuou seu caminho pela residência a procura de um guarda-chuva. Logo ela já estava adentro da pequena biblioteca e longe de olhares curiosos.

Um soluço saiu de sua garganta. Seus lábios tremiam enquanto ela observava a pequena sala. Natori era desorganizado. Não havia como negar.

Pilhas de livros fora da prateleira, enquanto os que restavam eram colocados desorganizadamente um ao lado do outro. Mais lagrimas deslizaram por seu rosto. Porque diabos era tão difícil manter as coisas no lugar? Tudo parecia tão diferente, porque o diferente é tão difícil de lidar? Porque é preciso se acostumar a uma nova organização?

Sua cabeça deslizou lentamente a uma pilha abandonada ao canto.

Entre aqueles livros, havia a ponta de um papel pendendo para fora. A garota apertou os olhos, engolindo a angustia presa na garganta e caminhando até lá. Talvez seu corpo estava cansado demais, mas puxar um simples pedaço de papel parecia tão difícil naquele momento.

Seu punho passou a esmurrar a montanha de livros, ainda puxando aquele misero pedaço de papel. Agora ela chorava alto. Ao sentir a movimentação estranha naquela torre, ela se afastou, consequentemente, caindo contra uma prateleira. Ofegando, ela observou os inúmeros livros caindo.

Era uma fotografia.

Uma da qual ela nem sequer lembrava.

O local era a recepção da pequena clínica de seus pais. A imagem daquele lugar, lentamente, iluminou-se em sua mente. Lembranças tão boas foram construídas lá. Porque tudo que há de bom precisa acabar um dia? Antes que percebesse, aquele local havia sido levado ao esquecimento pela onda do tempo.

Mesmo procurando por aquele local com um coração partido, o tempo já havia o derretido. Não havia mais boas lembranças lá.

Na foto era visto a figura de uma medica de cabelos medianos e um sorriso pequeno e orgulhoso. Ao seu lado, havia outro médico. Não era um sorriso tão bonito. Ele não sabia sorrir, afinal. Mas havia algo de especial naqueles olhos brilhantes que observavam a fotografia com emoção.

𝐒𝐈𝐒𝐒𝐘 𝐒𝐊𝐘 - Suna RintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora