Eu não sabia o que fazer eu corri e despistei os guardas que me seguiram até grande parte do caminho já estava de noite e estava escuro o que dificultava a visão, eu me escondi atrás de uma árvore e foi o suficiente para eles me deixarem em paz .
Depois de sair da mira deles eu perambulei sem destino eu não conseguia acreditar em tudo que aconteceu como poderiam ter feito isso comigo , todos se colocaram contra mim , meu coração estava em pedaços .
Nos caminhos aleatórios eu encontrei um vendedor ambulante comprei uma capa marrom com touca assim seria melhor para me disfarçar .
Por alguma razão a marca deixada no meu braço começou a doer era como se aquilo formigasse eu continuei a caminhar mas fiquei sem forças e meus sentidos ficaram confusos então minha vista escureceu e eu desmaiei no meio da estrada .
— Ei , voce esta bem — eu pude ouvir o eco que parecia distante .
Lembro de flashs de alguém me pegando no colo , um cheiro bom veio até mim , que familiar ...
— Abram caminho — eu ouvi o mesmo eco distante daquela voz .
Então quando acordei eu estava deitada sobre uma cama , um quarto pequeno a luz de velas , era um quarto simples e organizado , ao meu lado havia alguém, era uma mulher , eu ainda sem entender levantei meu corpo .
— Oh céus você acordou — ela disse se levantando.
— onde eu estou? — pergunto .
— Você desmaiou aqui perto , nos deu um grande susto se quer saber , trouxemos você para dentro, fique deitada você estava ardendo em febre .
— Eu estou bem, preciso ir embora não quero incomodar você.
— Não seja assim , fique aqui, estamos cuidando de você.
Eu me levantei da cama e fui em direção a porta e a abri eu não tinha intenção de ficar na casa de ninguém mas quando eu estava prestes a sair fui surpreendida pela figura a minha frente .
— E aonde você pensa que vai — ele disse .
— Diluc ... — fiquei emocionada ao vê-lo — Não quero trazer problemas .
Eu senti minhas pernas falharem e quase cai mais Diluc me segurou .
— Você é sempre assim — ele disse com reprovação, em seguida ele me pegou no colo, isso me fez corar, ele me colocou na cama — Você não deve sair daqui até que esteja melhor — ele disse me encarando , eu desviei o olhar , eu estava realmente envergonhada.
— Tá... mas será que pode me dizer onde eu estou.
— achei que soubesse, está na adega do alvorecer , essa que estava aqui com você é Andelinde — ela acenou ao ouvir seu nome .
— Entendi.
— Adelinde .— disse ele .
— Mestre Diluc ?.
— poderia nos deixar sozinhos agora .
— Como queira , estou me retirando — ela fechou a porta ao sair .
Diluc se sentou na beira da cama quando me disse :
— O que aconteceu Jean ?
Aquela pergunta me embrulhou o estômago de lembrar de tudo aquilo tantos problemas de uma vez sobre meus ombros .
— Sou considerada uma assassina agora , não deveria me abrigar na sua mansão.
— Não é isso que quero saber , eu quero saber a verdade , eu conheço você desde nossa infância sei que você não faria algo assim nunca .
— um frasco de veneno foi encontrado na minha sala , o mesmo que matou Dan .
— Isso não significa nada .
Isso foi inesperado Diluc foi a única pessoa que não duvidou de mim , mesmo sabendo da história ele foi o único que acreditou que eu jamais seria capaz de algo assim , isso me deixou um pouco feliz , mesmo que fosse apenas uma pessoa era mais que suficiente , havia alguém que acreditava em mim ,Diluc era uma pessoa realmente incrível.
— Obrigada Diluc , obrigada por acreditar em mim .
— Não deveria me agradecer , por isso carregamos o título de amigos , para situações como essas .—Isso me chateou um pouco. — Como era de se esperar dos cavaleiros de favonius, sempre fazendo as coisas da forma que lhes convém, acredito que agora Kaeya esteja em seu lugar agora .
— Talvez sim Diluc .
— Não pense de mais neles , apenas descanse o quanto quiser , não se preocupe meus funcionários irão cuidar de você.
— Está bem , vou me aproveitar disso .
— agora me explique porque anda desmaiando por aí, você está doente ?
— Sobre isso ... Bem , não sei ao certo mas acredito que tenha algo a ver com essa marca .
Mostrei a marca em meu braço para ele .
— O que é essa marca .
— É coisa do Astaroth, ele colocou essa marca em mim , depois disso eu acordei com Erick me chamando , por sorte ele estava lá para me ajudar, quando cheguei até minha sala estavam todos me esperando eles iam me levar presa mas algo dentro de mim , algo que nunca senti se materializou em forma de poder anemo e afastou todos de mim , eu me aproveitei desse momento para fugir e bem , agora estou aqui .
Sem dizer nenhuma palavra Diluc apenas se aproximou e me abraçou .
— Diluc... — aquele abraço me fez ter vontade de chorar mas me segurei porque eu não podia chorar por algo assim .
Ele me soltou e se levantou.
— Você está proibida de sair da cama , as meninas vão trazer comida , descanse e se precisar de algo chame vou estar por aqui .
Diluc era como se fosse um anjo , era tudo o que eu mais precisava num momento como esses .
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