Capítulo 13

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Pov Payton 

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Pov Payton 

Faz duas semanas que estou aqui e só descobri ontem como me deslocar do meu quarto até o refeitório do Edifício 2 sem me perder, e meu senso de direção é ótimo.

 Já passei por tantos hospitais ao longo dos anos que descobrir como circular por eles conta como um hobby para mim. 

A garota para em frente a uma porta dupla com uma placa que diz: "Unidade de Terapia Intensiva Neonatal", e espia antes de abri-la.

 A uti Neonatal. Estranho. ter filhos quando você tem FC

entra na categoria "extremamente difícil". Já ouvi falar de garotas que têm a doença que ficaram muito chateadas com isso, mas ir olhar bebês que você nunca poderá ter é outro nível. 

É simplesmente deprimente. Há muitas coisas que me irritam em ter FC, mas essa não é uma delas. 

Praticamente todos os caras que têm fibrose cística não podem ter filhos, o que significa que, pelo menos, eu não preciso me preocupar em engravidar ninguém e começar minha própria família cagada.

 Aposto que Jason queria estar no meu lugar agora.

 olhando para os dois lados, atravesso o espaço até a porta, espiando pela janela estreita e vendo-a em pé, de frente para o vidro, seus olhos grudados em um bebê pequeno dentro de uma incubadora do outro lado. 

Seus frágeis braços e pernas estão ligados a aparelhos dez vezes maiores que ele. Empurro a porta e entro no corredor mal iluminado, sorrindo ao observar a menina do All Star por um segundo. 

Não consigo deixar de encarar o reflexo dela no vidro, e é como se tudo do outro lado ficasse fora de foco. Ela é ainda mais bonita de perto, com seus cílios longos e sobrancelhas grossas. 

Ela faz até uma máscara ficar bonita. Observo conforme ela afasta o cabelo ondulado e loiro escuro do rosto, encarando o bebê do outro lado do vidro praticamente sem piscar.

 Pigarreio, chamando sua atenção. 

— E eu que pensei que esse aqui seria só mais um hospital chato, cheio de doentes chatos. E então você aparece. Sorte a minha. Seus olhos encontram os meus pelo reflexo do vidro, indicando surpresa a princípio, mas logo depois, virando algo parecido com desprezo. 

Ela desvia o olhar, volta a observar o bebê e continua em silêncio. Bom, esse é sempre um bom sinal. 

Nada como repulsa para começar com o pé direito. — Vi você se mudando para o seu quarto. Vai ficar aqui por muito tempo? 

— Ela não diz nada. Não fosse pela careta, diria até que ela não me ouviu. 

— Ah, entendi. Sou tão lindo que você não consegue nem formar uma frase direito. Isso a incomoda o suficiente para fazê-la responder.

a 5 passos de você - Payton MoormeierOnde histórias criam vida. Descubra agora