✫ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ sᴇᴛᴇ✫

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Pov Sttela

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Pov Sttela

Esparadrapos coloridos cobrem todos os buracos que se abriram no panda, depois de tanto que o apertei durante os meus tratamentos mais dolorosos. 

Alguém bate na porta e ela se abre um segundo depois, revelando Barbie com vários potinhos de flã para misturar com a minha medicação.

 - Voltei! Entrega pra você! Em relação à Barbie, quase nada mudou nos últimos seis meses, ou melhor, nos últimos dez anos: ela continua sendo a melhor. 

O mesmo cabelo curto e encaracolado. O mesmo uniforme colorido. O mesmo sorriso que ilumina e contagia o quarto inteiro.

Mas então vejo uma Julie extremamente grávida atrás dela, carregando uma bolsa de soro. Isso sim é uma grande mudança nos últimos seis meses. 

Disfarço minha surpresa e sorrio para Barbie enquanto ela coloca o flã na beira da cama para eu poder guardar no carrinho de remédios. 

Depois, ela confere na lista se não está faltando mais nada no meu arsenal de medicamentos.

 - O que eu faria sem você? - pergunto. Ela dá uma piscadinha. - Morreria, é claro. Julie pendura a bolsa de soro com antibióticos do meu lado, sua barriga encostando no meu braço. 

Por que ela não contou sobre a gravidez? Fico tensa, sorrindo de nervoso ao ver sua barriga e, discretamente, tento me afastar. 

- Bastante coisa mudou nesses últimos seis meses! Ela acaricia a barriga, seus olhos azuis brilhando conforme abre um grande sorriso para mim. 

- Quer sentir ela chutando? 

- Não - respondo rápido demais. Me sinto mal quando Julie parece espantada com a minha sinceridade, suas sobrancelhas loiras arqueando em surpresa, mas não quero passar meu carma para esse bebê perfeito e saudável.

 Para a minha sorte, seu olhar se desvia para a área de trabalho do meu computador. 

- São suas fotos do baile de inverno? Vi algumas no Instagram - comenta, empolgada. 

- Como foi? - Foi demais - respondo com muito entusiasmo conforme o momento estranho se dilui. 

Abro uma pasta cheia de fotos na minha área de trabalho. - Dancei loucamente durante três músicas inteiras. Andei de limusine. A comida não era ruim. Além disso, aguentei até às dez e meia antes de ficar cansada, o que foi bem mais do que eu estava esperando. 

Quem precisa de toque de recolher quando seu próprio corpo faz isso, não é? Mostro a ela e a Barbie algumas fotos que tiramos na casa da Mya antes do baile enquanto ela me conecta à minha bolsa de soro e mede minha pressão arterial e nível de oxigênio. 

Lembro que eu costumava ter medo de agulhas, mas a cada coleta de sangue e soro, o medo foi sumindo.

 Agora eu nem sequer pisco. Me sinto mais forte toda vez que sou furada ou espetada. Como se eu fosse capaz de aguentar qualquer coisa. 

- Tudo certo - Barb diz depois que as duas checam todos os meus sinais vitais e terminam de admirar e elogiar meu vestido prateado brilhante e meu corsage de rosas brancas. Camila, Mya e eu decidimos trocar nossos corsages quando fomos sem pares ao baile.

 Eu não queria ir com ninguém 

- não que alguém quisesse me levar. Era bem provável que eu precisasse desistir no dia da festa ou que eu não me sentisse bem no meio do baile, o que não seria nem um pouco justo com quem quer que estivesse comigo. 

Elas não queriam que eu me sentisse excluída, então, em vez de arranjarem alguém, decidiram que nós três iríamos juntas. 

Por conta de todos os novos acontecimentos com Mason, não é muito provável que isso aconteça de novo no baile de formatura.

 Barb aponta com a cabeça para o carrinho cheio de remédios, uma mão apoiada nos quadris. 

- Vou continuar de olho, mas você dá conta sozinha. - Ela mostra um frasco de comprimidos. - Não se esqueça de que você tem que tomar este com a comida - ela adverte, colocando-o de volta no...

lugar com todo o cuidado e pegando outro. - E toma cuidado pra não... - Já sei, Barbie - digo.

a 5 passos de você - Payton MoormeierOnde histórias criam vida. Descubra agora