Caspian X e sua esposa, Liliandil, concedeu aos narnianos uma longa linhagem de reis e rainhas bondosos e fiéis ao seu povo, porém, o tempo também concedeu crescimento a mais um povo.
Emancipando-se dos narnianos e da sua cultura, os novo telmarinos, por muito, viveram como bons e confiáveis aliados, até uma geração má.
Bartolomeu esperava alegremente sua amada filha, uma benção do próprio Aslam, já que, sua mulher, Delilah, era estéril, até aquele pequeno e doce milagre acontecer.
Enquanto Nárnia festejava a vida, do outro lado do mapa, um Rei armava a morte.
Movido pelo ódio e egoísmo, Steven, desejava Nárnia. Ele mandou que assassinassem os reis narnianos, para que assim, alcançasse o trono, porém, o plano teve uma pequenina falha.
Com a intromissão da pequena Moon, o Rei, jurou aos narnianos que cuidaria de Nárnia até que ela completasse dezoito anos e estivesse pronta para governar. O verdadeiro motivo do assassinato foi encoberto e o rei Steven se apoderou de Nárnia como o príncipe regente e grande herói, mas apenas, até ela chegar ao dezoito.
ANTES:
Joan diz que eu não devo desobedecer ao Rei Steven, mas o que posso fazer se ele me proíbe de ver meu povo? Eles são tudo o que eu tenho além das histórias antigas que me contaram, além do mais, qual é o problema de sair um pouco? Às vezes acho que ele nunca foi criança, parece que não entende o quanto é entediante ficar dentro desse palácio sem nada para fazer. Ah, mas eu não vou ficar aqui mesmo!
Caminho no meio da estrada pelo chão de pedras que um dia foram brancas e observo com atenção os detalhes do centro, é dia de feira então a rua está bem apertada e barulhenta, sinto o cheiro de verduras e frutas frescas. Aceno e sorrio para uma dríade que me reconhece. Não demora muito para todos me perceberem, mas ninguém fala nada.
-Bom dia alteza. - Um minotauro me cumprimenta.
-Bom dia. - Sorrio e sigo meu caminho saltitando.
Na esquina seguinte eu avisto a velha biblioteca do senhor Gruel, preciso urgentemente devolver o livro que estava lendo.
-Bom dia! – Esboço um sorriso simpático e fico na ponta dos pés para colocar meu livro sob a mesa.
-Como vai a futura grande rainha de Nárnia? – Pergunta Gruel.
-Cada dia com mais vontade de voltar ao passado – Suspiro sonhadora.
-Ah minha querida, o que Nárnia precisa é de uma rainha que esteja disposta a restaurar os velhos tempos.
Os olhos de Gruel brilham e eu sinto um arrepio na alma, sentia tristeza por não ter vivido a antiga Nárnia e felicidade por ser capaz de trazê-la de volta, as frases dele costumam ter esse efeito, ele é o fauno mais sábio que conheço.
-Agora me diga, querida, que livro gostaria de ler desta vez? – O sr. Gruel vai até minha sessão favorita e analisa os novos livros.
Olho para todas aquelas lombadas novas na estante, mas existe algo tão mágico nas lombadas antigas e gastas...
-Não sei se quero ler um livro novo... Eu fico tão encantada com as histórias antigas!
-Tenho medo da senhorita acabar lendo apenas um tipo de livro, você é jovem e existe muito a ser descoberto... – Gruel me olha preocupado. – Sabe, acho que as novas histórias podem ser tão encantadoras quanto as antigas.
Eu não concordo com nenhuma palavra dele, mas não vou falar isso na sua cara, seria uma extrema falta de educação uma garotinha contradizer um fauno tão antigo e sábio.
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De Volta aos Velhos Tempos: O Trono que foi Tomado (Edmund Pevensie)
FanfictionNão é fácil viver com pessoas que não te compreendem e não fazem questão de te ouvir, às vezes, o que mais queremos é fugir. A princesa Moon soube exatamente o que é isso com apenas 8 anos. Quando a última alma que a escutava naquele palácio se fo...