Capítulo 9: My Battle

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-Ai! – Edmundo reclama.

-Desculpe. – Digo limpando o tecido que a pouco estava limpo, mas que ficou ensanguentado quando entrou em contato com a pele dele.

Edmundo insistiu em não usar o elixir de cura da Lúcia, Susana e Pedro não tem menor jeito com ferimentos, então sobra tudo para mim, mesmo eu sendo horrível nisso.

-Tudo bem... - Ele sorri um pouco triste.

Queria saber como Edmundo conseguiu se machucar tanto. Era quase impossível limpar aquele rosto sem ele sentir dor.

Penso nos hematomas que vão ficar e sinto uma certa agonia.

-O que aconteceu, Ed? – Susana pergunta se sentando ao lado de seu irmão mais novo.

Edmundo respira fundo.

-Me pegaram, não está vendo?

-Eu jurava que o rei iria baixar a guarda... - Penso alto.

-E ele realmente baixou, mas um dos guardas me percebeu.

-Conseguiu ver alguma coisa, pelo menos?

-Não muita... - Ele pensa. - Quando entrei na sala, descobri que tinha dois compartimentos, o primeiro, era um escritório e o segundo estava trancado... Quando consegui abrir fui tirado de lá imediatamente... O pouco que consegui ver meu revelou um altar esquisito, mas nada que possa nos ajudar. Deveria ter sido mais discreto.

-É, deveria. - Lúcia diz.

-Lu... - A repreendo. - Você deu o seu melhor. - Digo a Edmundo. - Estou orgulhosa de você.

-Meu melhor não foi o suficiente, mas obrigado, de qualquer maneira. - Ele fala, me cortando o coração.

-Seu melhor foi mais do que o suficiente. - Me sento ao seu lado e sua reação me deixou surpresa, deitou sua cabeça em meu ombro.

Azura entra na tenda.

-Majestades, alteza. - Ela faz uma breve mesura. - Todos estão se perguntando o que vão fazer.

Pedro respira fundo.

-Acho que devemos colocar o plano b em prática, por favor, cha... - Ele para olhando para Azura. - Esse casaco é meu?

-Ah, eu... - Ela tenta inventar uma desculpa.

-Claro que é meu! Só as pessoas do meu mundo têm roupas assim, eu perdi o casaco a pouco tempo e por coincidência - Pedro faz aspas com os dedos. - É um idêntico ao que você está usando!

-Eu não sabia que era seu. - Ela mente. Sei que está mentindo. - Peguei pois estava com frio. Mas tome essa porcaria de volta. - Ela tira o casaco.

-Fique com ele. - Pedro diz. - Não quero mais.

-Agora quem não quer mais sou eu. - Ela responde.

-Não. Você vai ter que ficar com ele.

Mesmo que os dois pareçam duas crianças discutindo, fico feliz que Azura finalmente parou de babar por Pedro e está demonstrando mais autoconfiança e amor próprio (Já esperava isso, as pessoas daqui a tratam como uma deusa). Ela é um pouco arrogante demais, mas pelo menos já é alguma coisa.

-Eu não quero!

-Ótimo. - Diz Pedro.

-Ótimo! - Ela joga o casaco no chão.

No mesmo momento Susana respira fundo, recolhe o casaco e entrega de volta para ela.

-Agora não é hora para isso. Fica com o casaco logo.

De Volta aos Velhos Tempos: O Trono que foi Tomado (Edmund Pevensie)Onde histórias criam vida. Descubra agora