Capítulo 4: My return.

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Todos já foram embora e o dia está quase amanhecendo, eu estou sentada no topo de uma escada que permaneceu depois do ataque dos telmarinos a muito tempo atrás. As ruínas de Cair Paravel tem uma certa melancolia apaixonante.

Observo o mar e suas ondas, gostaria de saber onde está Aslam, Ele faz falta.

Pego o pingente do meu colar e o encaro, quanto mais o observo, mais lindo fica. Sorrio para o pequeno leão prateado e suas pedrinhas azuis brilhantes.

Pedro estranhamente se deu muito bem com o Sr. Gruel, o que confirma minha teoria de que ele mente quando diz que apenas não tem certeza que eu sou confiável, ele simplesmente não vai com minha cara mesmo.

Por mais que seja perigoso, o exército vai continuar se encontrando pela noite. O que me deixa preocupada é que não conseguimos mais informações do enigma, parece que nenhuma dríade sabe o que ele quer dizer.

Uma leve brisa assopra e eu fecho meus olhos aproveitando aquela sensação.

-Olá.

Abro meus olhos em um sobressalto e me deparo com Edmundo se sentando ao meu lado.

-Desculpe se assustei a senhorita.

-Tudo bem. - Volto minha atenção para o mar novamente.

-Como... - Ele começa hesitante. - Como está Aslam?

-Como assim? - Olho para ele.

-Esquece, essa foi uma pergunta boba.

-Ah... Bom, acho que as perguntas bobas são as que mais nos angustiam.

-O que você quer dizer com isso?

-Às vezes, as perguntas mais bobas, as perguntas que nós já sabemos as respostas, são as mais complicadas. Quanto mais você tem certeza de algo, mais você vai se questionar. - Cito algo parecido com uma frase que já ouvi

-Nossa... Isso é verdade. - Ele gargalha.

Ficamos em silêncio por um tempo e ele fala.

-Sabe, acho que nunca te vi falar tanto como falou esta noite.

-É... Eu não falo muito.

-Deveria falar mais, gosto de te ouvir.

-Sério? - Me surpreendo e fico feliz.

-Sim, por que toda essa surpresa?

-Bom... - Penso se deveria falar aquilo. Por que não? - Quando eu era mais nova, viviam me regulando pois eu falava demais, principalmente o rei Steven. - Admito.

-Pessoas como ele não gostam quando pessoas como você falam, elas se sentem inferiores. - Ele brinca, o que deixa o clima menos pesado.

-O que quer dizer com Pessoas como você e pessoas como ele?

-Bom... Você é bem inteligente, já ele... - Edmundo faz uma careta. - Ele fez um acordo com a feiticeira, não tem como defender.

-Você também fez um acordo com a feiticeira! - Digo.

-É, e essa com toda a certeza foi a maior burrice que já fiz.

Começamos a rir.

-Seu colar é muito bonito. -Ele comenta.

-Sim, eu o adoro. Ele é uma lembrança da minha mãe, foi passado de geração em geração.

-Posso vê-lo mais de perto?

-Claro. - Falo retirando o colar do meu pescoço e o entregando.

-Ele tem algum significado?

-Não sei... Infelizmente nunca descobri por que ele é passado de geração em geração.

De Volta aos Velhos Tempos: O Trono que foi Tomado (Edmund Pevensie)Onde histórias criam vida. Descubra agora