Capítulo 7: My Nightmares

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Levanto ofegante e tento me acalmar. Já era a terceira vez que tinha o mesmo pesadelo na mesma semana. Não era o mesmo que tive no palácio, pois aquele, eu lembrava com muito mais clareza.

Os gritos ecoavam na minha cabeça e meu corpo estava trêmulo. Passo minha mão pelo meu rosto e só então percebo que estou suando. O que seria esse sonho?

As memórias, agora distantes estavam bagunçadas e eu estava lutando para lembra o que havia sonhado.

Vejo que já é manhã, então resolvo sair da minha tenda.

-Está bem? Sua aparência está péssima. - Pedro pergunta.

-Estou. - Digo fraca. - Cadê o meu café?

-Teve outro pesadelo? - Edmundo pergunta.

-Quem te contou dos meus pesadelos? - Pergunto, mas pelo seu olhar já sei quem foi. - Lúcia! - A repreendo.

-Eu estava preocupada! - Ela diz.

-Discussões cedo não, por Aslam! - Susana reclama. - Aqui está o seu café. - Ela me entrega uma xícara de café.

Nos sentamos em volta de uma mesa redonda feita de madeira e começamos a comer. Não tínhamos tantas escolhas, mas o pouco que tinha estava maravilhoso...

Me acalmo com a comida. As conversas e as risadas deixaram o ar mais leve, me sentia melhor.

-Hoje teremos treinamento e passaremos o plano para os escolhidos. - Digo com as forças revigoradas. O que o café não faz?

-Ótimo. - Susana diz. - Moon, chame a Azura.

-Por que eu? Acho que ela prefere que o Pedro vá. - Digo para implicar com o Pedro.

-Nem morto!

-Pare com isso! - Falo. - Ela não é tão ruim quanto você diz.

-Se acha isso, vá em frente, converse com ela. - Pedro responde.

Faço uma careta me levantando e vou até Azura. Ela estava tomando chá em uma mesa um pouco afastada e conversando com outras garotas.

-Me emprestam a Azura um pouquinho? - Digo com um sorriso.

-Claro, alteza. - As meninas falam em coro.

Azura se levanta confusa, fazendo uma reverência. Levo ela até um canto mais reservado para poder ter uma conversa em particular.

-Não fui eu. - Azura diz nervosa.

-O que? - A encaro confusa.

-A-ah, não é por isso que você me chamou... - Ela ri nervosa. - Nada não, alteza.

-É... Tudo bem... - Isso soa mais como uma pergunta – Sabe sobre o plano, não é?

-Todos sabem.

-Enfim, você está qualificada para ir conosco.

Estava esperando uma reação animada, aquilo era uma honra, mas o que ganho é uma careta.

-Não. - Ela diz com os olhos arregalados. - Nem pensar, de jeito nenhum.

-Ora, posso saber o motivo? - Pergunto confusa.

-Eu não sou uma guerreira. Não fui criada para isso. - Ela diz revoltada.

-Mas, você é ótima. De verdade, nunca vi alguém com tanta facilidade no arco e flecha! Nárnia precisa de você.

-Eu não sou. - Ela diz, mas sua expressão muda. - Espere... Pedro vai estar lá?

Acho que agora entendo Pedro. Respiro fundo.

De Volta aos Velhos Tempos: O Trono que foi Tomado (Edmund Pevensie)Onde histórias criam vida. Descubra agora