Capítulo 10: My Awakening

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Minha pele queimava de uma forma estranha.

Lentamente abro meus olhos por causa do incomodo da claridade. Para a minha surpresa, não estava no campo de batalha, não estava no castelo, não estava na tenda... Sinceramente, eu não fazia a mínima ideia de que lugar era aquele.

Uma imensidão branca e vazia, como o céu em um dia de nuvens.

-Olá, Moon, como se sente? – Ouço uma voz familiar.

Me levanto rapidamente e dou de cara com quem mais sentia saudades. Aslam.

Me curvo diante a presença dele. O leão diz:

-Levante-se, criança.

Senti vontade de correr para abraça-lo, mas meus pés estavam grudados no chão e não me obedeciam.

-Me perdoe. – Digo caindo em mim. – Fui derrotada.

-Não diga bobagens, menina. Não foi derrotada.

-Como?

-Irei te explicar, minha querida, apenas tente relaxar.

-Mas Aslam... Se venci... Por que me sinto tão culpada...?

-Moon. – Ele diz sério. – O que eu repeti para você várias vezes antes de ir?

-Bem... – Forço a minha memória e sinto amargura ao lembrar. – Que sempre estaria comigo.

-E eu estive, minha criança. Todos os dias.

-Eu acho que sei até onde quer chegar. – Caminhamos um ao lado do outro.

-É, sabe. – Ele respira fundo - Moon, quando te disse isso, falei na esperança que entendesse que nunca iria estar realmente longe de você, mas você não confiou em mim. Se questionou o tempo todo e se esqueceu do que lhe prometi.

-Eu sinto muito. Agi mal, não foi? Estraguei tudo para os outros.

-Não, minha querida. Não estou falando dos outros, você fez um belo trabalho como líder e não há dúvida que seria uma rainha maravilhosa. Estou falando que agiu mal com si mesma, se torturou.

-Eu... Eu não entendo, Aslam.

-Eu disse para ir em paz e eu te protegeria. Eu fui com você Moon, mas nenhum de vocês me viu.

-Como isso pode ser possível?

-Só podiam me sentir e me veriam se depositassem total confiança em mim. – Perco a fala. – Exatamente, você não pensou ter me visto na batalha, eu realmente estava lá, para proteger vocês.

-Quem mais o viu? – Pergunto com a boca seca.

-Lúcia. Ela me chamou, quando lhe viu caída, Edmundo também me chamou, mas não chegou a me ver.

-E Pedro e Susana?

-Pedro teve um devaneio e me ouviu, no dia em que te pediu perdão. Susana falou comigo, mas não conseguiu ouvir minha resposta. Edmundo por outro lado...

-Edmundo falou com o senhor?

-Sim, para me pedir a benção, não queria ter nada com você que não seja de meu consentimento.

Fico vermelha e depois volto para a seriedade.

-É por isso que depois de passar um tempo no palácio eu tive pesadelos?

-Sim, querida. Seu medo lhe fez surda e insensível de meu amor.

Meus olhos ardem cheios de lágrimas e eu não consigo suportá-las.

De Volta aos Velhos Tempos: O Trono que foi Tomado (Edmund Pevensie)Onde histórias criam vida. Descubra agora