# 𝐬𝐞𝐯𝐞𝐧

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Duas semanas tinham se passado... até mais rápido do que você imaginava, afinal, nem tudo no ensino superior se resumia a festas e noites fugindo do dormitório.

Como a boa filha do reitor, você tinha uma imagem a zelar e ela já tinha começado a se moldar assim que venceu as votações para a vaga de representante. Sarah, que concorria com você, não gostou nada disso. A loira, ainda por cima, tinha tomado as dores de Maddison, sua irmã mais velha, pela festa na Slaughter. Mas, claro, isso não te incomodava nem um pouco, era até melhor.

Os dias foram mais ocupados, academicamente, depois de sair da sala de limpeza com Satoru. Ainda via o platinado pelo campus e pelas fotos no Instagram da Slaughter, ele não perdia nenhuma chance de conseguir se exibir nos vídeos, fotos e até em banners que a fraternidade fazia. Mas, nos últimos dias, tinha o evitado todas as vezes que se viram.

O mesmo aconteceu com Geto. O moreno, sempre que te via, mantinha aqueles olhos baixos, por consequência do baseado constante na boca, e um sorriso convidativo. Você, ao contrário das primeiras vezes que se viram, não esboçava nenhum riso ou gentileza, era realmente sua melhor postura.

Começou a se organizar melhor, não chegava mais atrasada nem saía escondida de noite... sempre. Exceto pela madrugada da última sexta-feira, a qual você tinha optado por ficar estudando ao invés de se enfiar em mais uma das festas da Slaughter, afinal, estava evitando os níveis especiais da casa.

Mas como nem tudo eram flores e você não era de ferro, não demorou muito a responder a mensagem de Naoya, que não demorou vinte minutos para chegar ao seu quarto.

Aproveitou que Maki e Nobara estavam na fraternidade e o ajudou a burlar todo o sistema de câmeras do prédio dos dormitórios. Transaram na sua banheira e em cima do móvel central do closet, mas você logo o botou pra fora de novo e, claro, ele não reclamou. Não era como se Naoya Zenin fosse se apaixonar ou querer algo além de sexo com qualquer garota.

— Que horas vai pra casa?

— No final da tarde, tô cansada pra caralho. – você se jogou na cama assim que entrou no quarto com Nobara.

— Você diz isso agora que o feriado chegou? – a ruiva riu, sentando-se na cama também. — Quer dizer que não vai na festa do Satoru hoje?

— Festa? – virou o rosto para enxergá-la melhor, ela riu com seu interesse.

— Uma das insanas. – ela virou a tela do celular, te mostrando o banner de divulgação com Satoru, Suguru, Naoya e Sukuna na capa, carregando garrafas de bebidas e zip locks. — Já que aqui na fraternidade tem alguns limites, lá sim é pra sair alucinado.

— Eles fazem festa mais insana que essas da Slaughter? – você achava impossível que os meninos conseguissem piorar ainda mais o nível das coisas.

— Ah, fazem! Com certeza sim. – a ruiva riu, começando a arrumar a mala.

— Meu pai não vai me deixar nem fodendo. – você bufou só de pensar na boa filha que teria que ser pelo feriado inteiro.

— Todo respeito ao meu reitor, mas você mesma disse que o velho mal para em casa. – Nobara terminou de colocar o que precisava na bolsa, eram apenas alguns dias fora do campus. — Ele vai achar alguma mulher por aí.

— Não esse feriado. – você se levantou revirando a penteadeira atrás do seu vape e o enchendo com uma essência de manga. — Ele disse que teria umas coisas pra fazer sábado de manhã, mas não ia sair antes disso...

— Nem te reconheço. – Nobara estendeu a mão e você entregou o vape. — Ficou duas semanas estudando e esqueceu como se dá um perdido?

— Em casa é foda.

𝐍𝐄𝐄𝐃 𝐓𝐎 𝐊𝐍𝐎𝐖, satosugu + readerOnde histórias criam vida. Descubra agora