Capítulo 30

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Pov Rosé

Estou exausta, saudade dos meus dias de preguiça na casa da Lisa.

Não quero falar em Lisa, não quero pensar nela, estou muito brava com ela, no meio da madrugada quando acordei, notei uma ausência no sofá, procurei ela por toda a casa, percebi que ela tinha ido embora.

Não me mandou mensagem, mas eu confirmei com Jennie, ela tinha ido para casa.

Agora estava tarde da noite, perto de fechar, meus pés só pediam minha cama e um banho relaxante.

— Rosé, pode atender a mesa 7? Chegou um cliente e eu preciso muito ir ao banheiro fazer xixi. – Disse Noah.

— Claro Noah, vai lá.

Deixei Krystian na cozinha e fui atender. Ainda tinha alguns clientes por aqui, esse povo podia ir embora, quero descansar.

Fui com um bloquinho de anotações até a mesa 7.

— Boa noite, o que deseja?

— Sua companhia. – Eu estava com os olhos no papel, ao menos tinha notado quem era.

Levantei minha cabeça quando reconheci a voz e encarei Lisa, meu coração bateu desgovernado dentro de mim.

— Eu não estou no cardápio Lalisa.

Ela brincou com um vidrinho de sal que tinha em cima da mesa, sem me encarar.

Quem Lisa pensa que é? Ela aparece bêbada no meu apartamento, vai embora sem dar nenhuma satisfação, e depois aparece querendo conversar como se nada tivesse acontecido.

Ela esticou a mão esperando que eu entregasse algo.

— O que?

— O cardápio Roseanne...

Fiquei com cara de idiota, tirei do bolso do meu avental e entreguei para ela.

Lisa estava testando minha paciência, não é possível.

Ela passou uns 10 minutos lendo tudo que tinha no cardápio umas 10 vezes.

Virava de um lado para o outro.

— Lalisa Manoban, eu não tenho a noite toda, você já leu isso umas 10 vezes.

— Quero um café.

Ela tá zoando com minha cara, não é possível.

Fiquei estática na frente dela, que não esboçou reação alguma, se acomodou no acento e pegou o celular.

Que vontade de estragar esse rostinho bonito com tanta porrada.

Fui na cozinha pedi que Krystian fizesse o café dela bem forte e com pouca açúcar. Sei que Lisa gosta exatamente o contrário.

Fui servir o café, ela provou e fez uma cara ruim, tive vontade de rir.

— Não gostei do café, me traga outro. Mais fraco e com um pouco mais de açúcar.

A essa altura do campeonato a pouca paciência que existia dentro de mim já tinha ido para o espaço.

— Lisa você não quer café!

Ela tirou os olhos do celular e me encarou.

— Tem razão, eu quero você.

— Lisa eu estou trabalhando. – Grunhi.

— Okay, eu espero. Não estou com pressa.

Deixei a bandeja sobre a mesa dela e tirei meu avental.

The Perfect companyOnde histórias criam vida. Descubra agora