Nosso Faz De Conta

Três

Shinsou e Bakugou haviam deslizado imediatamente para o space quando ouviram a palavra "canjicão".

Eijirou não estava brincando ao contar como o namorado extremamente arteiros e parecia que tinha tomado duzentos copos de café, pois agora ele saia correndo pela casa com os braços abertos. Mas Denki ficou encantado por Shinsou ter pulado em suas costas, falando tão rápido palavras através da chupeta do ursinho pooh que parecia estar cantando um rap muito elaborado.

Foi uma luta para os cuidadores colocarem seus pequenos no banco de trás do carro de Kaminari, Shinsou resolveu que era a hora perfeita para ficar grudado ao pescoço de Denki, praticamente distribuindo amor naquele aperto que quase sufocava o loiro. Kirishima, já acostumado, reprimiu a careta de dor em ter Katsuki puxando seu cabelo, rindo divertido e ameaçando arrancar com tanta força para depois colocar na boca.

Quando, após cinco minutos na dificuldade de colocar o cinto neles, ambos puderam ir rapidamente até o banco da frente. Shinsou balançava as pernas no ar, ele se encontrava numa cadeirinha grande junto a Bakugou que Eijirou comprara pela Internet.

— PAPAI! — Katsuki berrou, balançando os braços e agitando as pernas.  Denki e Kirishima fizeram uma careta dolorida pelo som alto, Shinsou por si só estava observando encantado a rua se movimentando lá fora. — Coloca musiquinha!

— Musiquinha? — Os olhinhos de Shinsou se arregalaram, ele rapidamente retirou a chupeta dos lábios e virou a cabeça na direção de Denki. — Dada! A xuxa!

— Xuxa? — Franziu o cenho, olhando pelo retrovisor seu pequeno assentindo rapidamente.

— Deve ser a do ônibus… — Kirishima Murmurou. — Os cds ficam no meu carro bebês… Não trouxe eles.

— Mas eu quero! — O de olhar escarlate Bradou, batendo os pés no e cruzando os braços com a cara emburrada. Kirishima suspirou.

— Põe por favor. — Shinsou choramingou, juntando as mãos umas às outras.

— Kiri, o carro tem Bluetooth. — Murmurou Denki, fazendo o Ruivo arquear as sobrancelhas e rapidamente buscar pelo próprio celular.

— Graças a Deus. — Suspirou, indo de imediato nas músicas já salvas para momentos como aqueles.

— Kiri, eu não vou saber cantar…

— Só vai na onda. — Instruiu.

— XUXA, XUXA, XUXA! —  Os pequenos gritaram eufóricos, seus olhos ficando igualmente arregalados quando reconheceram o som da musiquinha começar a ecoar pelo carro.

Denki franziu o cenho, já ouvia falado dela, mas já estava boiando num mar de estranheza quando tudo começou. Por sorte, Kirishima buscou rapidamente pelas legendas em inglês que tinha no celular, deixou no apoio do carro, e Kaminari pode olhar de relance para as letras que iam no ritmo da música.

— A roda do ônibus roda roda roda. — Shinsou cantarolou, movendo as mãoszinhas e fazendo Kaminari sorrir quando o olhou pelo retrovisor.

— Roda, roda roda! — Katsuki sorriu, acompanhando-o com uma voz infantil e balançando o corpo para os lados.

— A roda do ônibus roda, roda. — Eijirou bateu palminhas, o Sotaque em inglês saindo engraçado no português soou engraçado demais para os pequenos, que logo riram alto. Ele olhou na direção de Kaminari, arqueando as sobrancelhas e o incentivando silenciosamente a continuar.

— Pe… Pela cidade! — Se forçou a cantar corretamente, as falas saindo embolando e levemente fora do ritmo da música. Shinsou bateu palmas, ficando deveras animado por seu dada ter cantado, mas Katsuki achou aquilo engraçado e feio ao mesmo tempo.