14. How Do You Talk To An Angel? {Isabella}

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{Isabella Swan}

Eu estava tão nervosa que não conseguia nem abrir a boca. Mal tinha falado com ele desde que saímos de sua casa. Era simplesmente tão intenso estar com Carlisle em seu carro, com ele cheirando melhor do que qualquer homem deveria ter o direito de cheirar, e perto o suficiente para acidentalmente roçar seu braço.

Tive que tomar muito cuidado para não roçar seu braço acidentalmente.

Minha mente estava no hospital, nele tocando minha mão e meu braço, me guiando pelas portas com a mão apoiada na parte de baixo das minhas costas. Uma hora ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, sua mão descansando por um momento em meu rosto, e quando ele olhou para mim, minha imaginação conjurou carinho em seu olhar.

Eu senti que estava sendo rude, sentada ali sem dizer nada. Carlisle estava me fazendo um grande favor. Temia a possibilidade de perder o movimento da minha mão e ele estava me salvando disso e mentindo para Charlie.

Senti um calor por dentro por tê-lo cuidando de mim. Eu nunca tive um homem cuidando de mim que não tivesse me machucado antes. Isso não era responsabilidade de Carlisle, mas ele estava me ajudando do mesmo jeito. Isso fez com que eu me sentisse importante. Preciosa.

Não que ele se importasse comigo. Ele era um médico, e os médicos têm um senso de responsabilidade com essas coisas. Mesmo assim, era terrivelmente agradável imaginar que a ternura em seu toque era o resultado de algo a mais que uma conduta excelente.

Estava fascinada por suas mãos. Enquanto ele limpava e costurava meu corte cuidadosamente, eu as encarava, ágeis e frias e com dedos longos e delicados. Eu tentei não imaginar esses belos dedos me tocando em outro lugar... pelo menos por enquanto. Isso era um pensamento que eu guardaria para um momento mais particular.

Ele me observava bastante, especialmente enquanto dirigia, o que me deixava nervosa. Eu tinha medo que descobrisse o que aconteceu com Charlie. Não queria que ele pensasse muito nisso e, se eu tivesse sido capaz de raciocinar com clareza, teria tentado distraí-lo com uma conversa.

Mas eu não fazia ideia do que dizer.

Carlisle estacionou o carro e veio do outro lado me ajudar. Provavelmente foi bom que ele tenha feito isso porque meu quadril falhou enquanto eu estava me levantando, e eu tropecei contra ele. Seus braços dispararam em volta de mim, me impedindo de cair, e mais uma vez eu me vi embalada em seu abraço por causa da minha própria descoordenação.

Eu me agarrei nele talvez um pouco mais que o necessário, até ele se afastar um pouco.

— Você está bem, Isabella? — ele perguntou gentilmente.

Acenei, corando.

— Sim, essa sou eu apenas sendo desajeitada como sempre.

Ele sorriu calorosamente e colocou minha mão na curva de seu braço, me acompanhando até a casa. Eu conseguia ouvir o piano tocando enquanto nos aproximávamos da porta e, quando Carlisle abriu, eu vi que era Edward tocando, com Esme sentada no banco ao seu lado. Ele lançou um sorriso adorável para sua mãe, e ela bagunçou seu cabelo carinhosamente antes de levantar para dar um beijo na bochecha de Carlisle.

Uma dor aguda me atravessou, e eu quase me dobrei ao meio por causa disso. Mas me segurei bem, exibindo apenas uma pequena estremecida que ninguém pareceu notar.

Esme virou-se para mim e sorriu.

— Bella, é um prazer finalmente te conhecer. Ouvi tanto sobre você — ela pegou minha mão e apertou. — Eu sou a Esme.

— É um prazer conhecer você também — murmurei.

As mãos de Carlisle tocaram meus ombros e eu dei um pulinho em surpresa. Ele sorriu suavemente e me ajudou a tirar o casaco e pendurar no armário.

Take This Heart || Bella e CarlisleOnde histórias criam vida. Descubra agora