05/10/2021

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O que é essa dor, que comprime meu peito, suprime meu ar
Eu não sei se aguento
Machuca tanto que parece navalha
Meu coração sangra
Minha alma grita
Quero viver, sim, eu quero
Mas não tenho de onde tirar forças
Não tenho onde me refugiar
A saída é a escuridão
O espaço em que vivo
Se tornou um abismo profundo

Na ânsia da dor
Na angústia e no rancor
Acarreto atitudes
Que não me orgulho
Me perduro o amor
Que me afaga me fascina
Me motiva, fomenta meu propósito de vida

Filhas,
Minhas filhas que me rodeiam
Me dá forças e razão
Me esgota e me regozija
De forma inexplicável
De um jeito intrínseco

Socorro

Carta de despedidaOnde histórias criam vida. Descubra agora