Capítulo 23: Distância

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Nos dias que se passaram eu tentei colocar uma certa distância entre mim e a Sabrina para manter a minha sanidade intacta, mas era um pouco difícil já que os seus pais insistiam em me convidar para passar na casa deles o que era exatamente o que eu estava fazendo no momento: - Serio Ana eu não entendo os meus pais - disse Sabrina se sentando ao meu lado enquanto os seus paus estavam na cozinha.

- Por quê? - pergunto olhando para ela.

- Eles te adoram, mas não vão com a cara do meu namorado - disse ela.

- Sabrina eu sou a sua amiga e ele o seu namorado os seus pais não tem obrigação de gostar do cara que tá com a filinha deles - digo depois de engolir um comentário irónico - além do mais quem não me adora?

- Convencida - disse Sabrina me dando um leve empurram no ombro enquanto sorria antes dos seus pais voltarem para a sala.

- Então Ana o que você planeja fazer quando se formar? - pergunta dona Katia se sentando no outro sofá.

- Eu ainda não sei - respondo - eu já pensei em muitas coisas até fiz alguns estágios, mas nada parecia ser algo que eu faria.

- Não pretende seguir a carreira dos seus pais? - pergunta seu marido.

- Nunca nem cogitei a ideia - digo - se eu fosse seguir a carreira dos meus pais ou eu seria contadora ou dona de casa.

            - E sem querer parecer indelicada ou intrometida, mas como vai os namoradinhos? - pergunta ela.

            - Mãe - reclama Sabrina vermelha como um pimentão.

- O quê? Eu tô curiosa - disse sua mãe.

          - Sem problema Sabrina eu só recebi essa pergunta mais cedo do que eu esperava - digo com um sorriso - e respondendo, não vai indo.

       - Por quê? Você é uma garota tão linda e divertida aposto que tem vários pretendentes - disse Srª Katia incrédula.

          - Ter eu tenho só que nenhum faz o meu tipo - respondo segurando o riso e me perguntando quanto tempo levaria para ela se tocar que sou lésbica.

           - Você não pode ser muito exigente Ana - disse ela - mas também não pode escolher qualquer um.

        - Eu não sou muito exigente - digo - pra falar a verdade eu me apaixono fácil demais, além disso nenhum garoto teria a menor chance.

        - Ana tem certeza que quer continuar? - pergunta Sabrina me puxando para perto e sussurrando em meu ouvido.

           - Tenho - confirmo voltando para a minha posição.

           - Por que eles não teriam chance? - pergunta Srª Katia confusa.

           - Eu sou lésbica - respondo esperando a sua reação.

            - Ah, por que não disse antes? - pergunta ela sem se importar.

- Queria testar a reação de vocês - digo dando de ombros.

- Bem acho que devo mudar um pouco a pergunta - disse Katia.

- Ana já não estar na hora você ir pra casa? - pergunta Sabrina se levantando enquanto segurava o meu braço.

- Tá? - pergunto me fazendo de desentendida.

- Tá sim - confirma ele me puxando para do sofá.

- Ok, tchau Katia, tchau Arthur - digo enquanto ia para a porta.

- Desculpa pela a minha mãe - disse Sabrina na porta.

- Sem problema, uma hora outra esse assunto viria a torna mesmo - digo dando de ombros - pelo menos descobriram de um jeito melhor que você.

- Não me lembra disso - disse ela sorrindo timidamente com o rosto um pouco corado.

- Bem, tenho que ir - digo saindo para fora da casa.

É melhor eu ir embora antes que eu faça algo que me arrependa depois: - Tchau Sabrina - digo indo em direção a minha moto - a gente se ver no colégio.

- Ana - chama ela me fazendo parar.

     - Sim? - pergunto.

- Você tá bem? - pergunta Sabrina parecendo preocupada.

- Tô ótima - respondo tentando forçar um sorriso - por quê?

- Por nada - disse ela - tchau Ana.

Ana: off
Sabrina: on

A cada dia que se passava eu ficava mais preocupada com a Ana, ela parecia ter perdido um pouco do seu brilho e principalmente parecia querer me evitar e aquilo já tava me incomodando, eu sentia saudades do seu sorriso, do seu jeito, daquele olhar que parecia sempre planejar algo, do calor dos seus braços ao me redor e isso me perturba, eu não sei o que tá acontecendo comigo: - Eu perdi a cabeça só pode - digo.

- Não sei não, acho que eu tô vendo ela bem ai no seu pescoço - disse uma voz ao meu lado.

Continua...

A babá - 1° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora