Capitulo 7

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Chego em casa já é madrugada. Minha sala está uma bagunça, as vezes acho que Luisa faz de propósito.

Tiro meu paletó, e meus sapatos. Começo a catar tudo o que ela deixou espalhado. Pacotes de biscoito e salgadinho.
Grãos de pipoca. Farelo de... Eu sei lá o que é isso.

Um par de meias, um moletom. E dois copos sujos com achocolatado.
Uau! Minha bagunceira comeu muito hoje.

Ultimamente ela tem comido mais que o normal. Estamos juntos há três meses, quase quatro, ela saiu para procurar uma sala onde vai montar seu studio de dança.Mas ainda não encontrou nada que a tenha agradado.
Levo os copos para a cozinha, e a situação é ainda pior.

—Mas... O que aconteceu aqui?—Tem um pote de manteiga de amendoim e outro de geléia totalmente vazios  e um pacote de pão pela metade.
Panelas sujas com algo que ela fritou.

Deixo tudo assim mesmo e vou até o quarto.

Não a encontro na cama. A luz do banheiro está acesa e a ouço gemer.

—Amor? Está tudo bem?—Bato na porta. Ela não me responde. Ouço o barulho de algo quebrando lá dentro e não penso duas vezes antes de arrombar a porta.

Luisa está se segurando na pia, e o pote de sabonete líquido caído no chão.

—Amor, o que você tem?

—Não me sinto bem...—Eu a seguro em meus meus braços.—Acho que foi algo que eu comi.

—É. Só temos que descobrir o que.—A deito delicadamente na cama. E tenho uma suspeita do que seja. E como minha bagunceira é tão desligada, nem percebeu.—Amor, eu vou a farmácia. Volto logo. Tem uma aqui ao lado do prédio.

Ela nem me responde.
Na farmácia compro alguns remédios para enjôos e um teste de gravidez.
Meu coração bate acelerado em meu peito, com a possibilidade de estar crescendo uma misturinha nossa no ventre da mulher que amo.

Volto para casa e Luisa está dormindo.
Não a acordo.
Limpo os cacos de vidro do chão e depois tomo um banho.

Me deito ao seu lado e a trago para meu peito.
Nunca a palavra lar fez tanto sentido.

—Andrew? Andrew?—Acordo com Luisa me chamando.

—O que? Hã?

—Por que tem um teste de gravidez nas suas coisas?—Ela está brava.—Você me traiu? Quem é a vadia? Vamos diga logo!

—Amor, eu não traí você. Eu nunca faria isso. Esse teste é para você.

—Para mim? Oh, meu Deus! Como sou idiota! É claro, a fome repentina e depois os enjôos, e ainda o sono sem explicação. Andy, será possível?—Luisa leva a mais ao ventre e tem os olhos marejados. —Uma menininha. Ela já está aqui.—Então de repente ela pega o teste e se tranca no banheiro.

—Amor, não é justo. Quero saber o resultado.—Ela abre a porta.

—Positivo! O resultado é positivo!—Ela está com a expressão mais assustada só que no dia em que fomos quase mortos.—Meu Deus! Eu serei mãe. Eu mal aprendi a ser filha! Como serei mãe?—Seguro ela em um abraço.

—Meu amor! Você vai ser a melhor mãe. Amorosa e forte.

—Andrew. Eu mal consigo manter a casa organizada. Como vou dar conta de cuidar de um bebê?

—Você vai dar conta. Eu estarei aqui! Seremos pais. E vamos aprender juntos a cuidar do nosso filho.

—Ou filha.

—Sim, e eu vou amar que ela seja como você.—Luisa da uma de suas gargalhadas e não sabe o quanto amo o som que isso faz.

—Imagina só, você andando pela casa catando a nossa bagunça.—Me abraça e me beija. A aperto em meus braços já sentindo meu pau rijo dentro da minha calça. Mas ela sai correndo para o banheiro.

serie Familia Baker Amando Voce livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora