𝘁𝗲𝗻𝘀𝗶𝗼𝗻² | 𝗻𝗼𝗮𝗿𝘁

8 • Friends

Narrador

Os amigos deixaram Sina e Noah sozinhos no quarto do hospital, Sina já estava lá por 4 dias e ainda não havia falado com Noah depois de tudo.

— Você ia me falar sobre aquilo...tipo um dia?

— Quando me sentisse pronta. — ela abraçou as pernas. — É dificil pra mim.

— Tudo bem, mas porque você fez?

— Minha cabeça sempre foi fudida, isso só terminou de ferrar com tudo. — confessou. — Não foi culpa sua, de verdade, mas eu estava sozinha e fiquei assustada, sabia que se eu ligasse pra você, você não me deixaria fazer. — Sina começou a chorar.

— Você errou em não me contar, mas tudo bem, eu entendo seu lado. — disse tentando a confortar.

Seria muita mancada da parte dele ficar maltratando a garota com uma sonda nasogástrica, sentada numa cama de hospital, ele poderia fazer tudo, menos isso.

— Ou está dizendo isso por eu estar num hospital. — ela riu sem humor.

— Estou falando sério, se você me ligasse dizendo tudo, eu iria enrolar mas ia chegar na mesma solução.

Flashback On

— D-droga. — Corbyn disse quando o resultado foi mostrado no teste de gravidez.

Sina permaneceu sentada no chão do banheiro sentindo o mundo desmoronar sobre a sua cabeça por uma fração de segundo.

— TIRA ISSO DE MIM! — ela chorou.

— Você pode tirar, mas pensa melhor um pouco. — Corbyn beijou os cabelos loiros da amiga e deixou-a sozinha enquanto ela chorava no chão do banheiro.

Ela se bateu em todos os lugares do seu corpo, se odiando em cada pedaço, por ter entregue cada pedacinho seu para alguém que não merecia tanto assim.

Ela pegou seu celular no seu bolso e digitou Noah na barra de pesquisa dos contatos e nenhum contato estava registrado.

— Que merda! — ela disse se lembrando do que teria que digitar para aparecer o numero garoto.

Os dedos trêmulos tocaram na letra "A".

Sina respirou fundo.

"M"

O contato apareceu em primeiro mesmo sem todas as letras.

"Amor <3"

Ela pensou em ligar, mandar uma mensagem, um pombo correio, mas não conseguiu.

Ela sabia que se ligasse, ele não a deixaria fazer o que pretendia.

Não se considerava capaz de ser mãe, de educar alguém, criar alguém para o mundo, isso não daria certo.

Sina apagou a tela do aparelho e respirou fundo, se levantando do chão.

— O mundo olha pra minha cara e ri, não é possível. — ela jogou o celular na parede fazendo a película rachar.