Capitulo 2

859 104 143
                                    

Aos 22 anos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Aos 22 anos...

—  Tá de brincadeira? Você é a porra de um iceberg! — Nikolas rosnou bem na minha cara, fazendo-me piscar três vezes. Bom, não era como se ninguém tivesse me xingado antes, já tinham me chamado até de Frozen, coração de gelo, que coisa imbecil... iceberg, qual é? Isso nem mesmo era genuíno. Quer dizer, vamos lá... iceberg é tão... — Maldita hora que cruzei com você, não acredito nisso. — Suspirou frustrado, à medida que puxava os cabelos suavemente para trás.

—  Sinto muito, Nikolas — murmurei com tranquilidade, embora eu realmente sentisse. Niko era um cara magrelo, porém, muito atraente, além, é claro, daquele ditado sobre homens com esse fenótipo. Se é que me entendem. O que podia dizer era que, se todos os caras magrelos fossem tão bem-dotados, assim o ideal para nós, mulheres, seria esse tipo, com certeza. E eu nem falava só de ter um pau grande, mas de saber usar e isso ele sabia fazer definitivamente bem. — Eu te avisei para não ter expectativas sobre isso, me desculpe. Nunca quis magoar você...

—  Foda-se, Aby! — gritou outra vez voltando a se descontrolar.

A forma como olhava em minha direção com aqueles olhos pedintes, suplicantes... por que eu não sentia remorso ou pena, ou sei lá... amor? Eu poderia ter me apaixonado por ele. Niko era um cara incrível, engraçado e inteligente, gostava da combinação meio nerd que só o abandonava quando nos encontrávamos entre quatro paredes. Sim, sentirei falta do quanto ele era gostoso e safado sem esses óculos de grau. Olhei de volta para o seu rosto, nesse momento dizendo apenas através do meu silêncio o quanto eu sentia.

— Meu Deus, eu te odeio pra caralho — cuspiu as palavras com raiva, segurando as têmporas. Fiquei por cerca de cinco segundos pensando em algo que eu deveria dizer, mas quer saber? Foda-se. Sou péssima nisso de qualquer jeito.

Apenas disse as palavras que surgiram.

— Talvez seja melhor mesmo você me odiar... sinto muito!

—  Nunca mais quero ver você na porra da minha frente. — Essas foram suas últimas palavras antes de dar as costas e me deixar na calçada do restaurante, onde acabamos de jantar.

Nikolas me convidou para um encontro e, simplesmente, me pediu em namoro. Namorar. No início, tentei levar de forma leve, mas conforme sua insistência foi me pressionando, comecei a ficar sem espaço para respirar até explodir. Eu não fui uma babaca com ele nem nada, apenas disse que não estávamos na mesma página e eu não buscava romance – o que era totalmente verdade –, eu só queria curtir, porra.

O que há com os caras de hoje em dia?

Se não estava enganada, ele devia ser o quinto desde os meus dezesseis anos.

O quinto cara a se declarar pra mim. O quinto coração que eu estilhaçara.

Em minha defesa, nada disso era por pura maldade. Não era uma colecionadora de corações ou uma dessas pessoas que já quebrou a cara e tinha medo do amor. Não. Eu só... não conseguia sentir isso por ninguém e, mesmo que parecesse mentira, eu já tentei.

VOU TE DESTRUIR - DISPONÍVEL NA AMAZON 🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora