Capítulo 1

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Olá, pessoal! Bem, sei que vocês estão acostumados que eu venha com histórias Clexas, mas dessa vez eu resolvi mudar um pouco e apresentar Wantasha para vocês.  Elas são do Universo Marvel, podendo ser mais conhecidas como Viúva Negra e Feiticeira Escarlate.

Antes de lerem, apenas esse aviso: o livro original foi lançado em 2003, por isso algumas coisas podem vir a ser diferentes da nossa realidade de agora.

Sem mais delongas, boa leitura.

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A primeira vez que a vi foi no espelho da porta do meu armário. Eu havia acabado de empurrar meu equipamento de natação com o pé na prateleira inferior e estava pegando, na parte superior, meu livro de cálculo quando ela abriu seu armário no lado oposto do corredor. Ela tinha um rabo de cavalo com mechas loiras saindo da parte de trás do boné de beisebol.

Ótimo. Agora, eu era obrigada a atormentá-la por desrespeitar o novo código de vestimenta da escola. Mas esqueça isso, pensei. Meu voto — o único discordante em todo o Conselho Estudantil — ainda contava. Pelo menos para mim. No que me dizia respeito, as pessoas podiam vir à escola peladas se quisessem. A questão não eram as roupas.

Batemos as portas do armário em uníssono e nos viramos. Os olhos dela encontraram os meus.

— Oi — disse ela, sorrindo.

Senti um frio na barriga.

— Oi — respondi de um jeito automático. Ela era nova. Tinha que ser. Ou eu a teria notado antes.

Ela se afastou, mas não antes que eu desse uma boa olhada em sua camiseta. Dizia: SOU. E VC?

Sou o quê?

Ela olhou para trás, por cima do ombro, do jeito como se faz quando sabe que alguém está observando. Foi quando notei... havia um triângulo com as cores em arco-íris de baixo da mensagem. Meus olhos baixaram, mas a mantive no meu campo de visão, até que ela sumisse na esquina do corredor.

Transferi minha atenção para o cronograma. Literatura Britânica, Cálculo, História dos Estados Unidos e, depois do almoço, Artes e Economia. Por acaso fiquei maluca? Por que enfrentar o último semestre do ensino médio com essa carga toda? Não deveríamos festejar com os amigos, transar e vagabundear por aí até a formatura? Em algum momento, é claro, tínhamos que decidir que direção nossas vidas tomariam. Uma risada irônica deve ter escapado dos meus lábios. Como se eu pudesse decidir qualquer coisa sobre a minha vida.

Percorri o corredor deserto, agarrando os livros junto ao peito. Isso é loucura, pensei. Nem sequer preciso dos créditos. Eu poderia ter escolhido apenas o turno da manhã: primeira aula às sete, aula final à uma, mas, no último instante, acrescentei Economia, então vou terminar o dia junto com todos os outros. Respirei fundo... e tossi. Quem é que precisa encher a cara antes da escola se as alucinações causadas pelos produtos de limpeza, aqui, são de graça?

A manhã passou como um borrão. Quando cambaleei rumo ao refeitório, com a cabeça girando pela quantidade de lição de casa que já havia acumulado, minha ansiedade estava nas alturas. Eu ficaria acordada até a meia-noite, fácil.

— Gata! — Bruce me chamou do outro lado da cafeteria. Ele correu para as portas duplas para me encontrar. Me beijar. — Estamos logo ali. — Ele apontou o polegar na direção das máquinas de venda automática e esgueirou um braço ao redor da minha cintura, conduzindo-me a reboque.

— Oi, Natasha. Ei, Bruce. — Algumas pessoas nos cumprimentaram conforme contornávamos as mesas.

Assumi minha expressão típica de "oh, como estou feliz". Um sorriso engessado. O que havia de errado comigo? Eu adorava a escola. Não via a hora de voltar depois do recesso de inverno.

Don't tell our secret (Wantasha)Onde histórias criam vida. Descubra agora