Chapter 1: they hate me

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L U C I E N

[eles me odeiam]

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[eles me odeiam]

LUCIEN GOSTAVA DE PINTAR, de retratar cenas e emoções, de deixar marcado seus pensamentos e sentimentos, mesmo que momentâneos.

Ele se sentia menos ardente cada vez que a tinta atingia a tela em branco, era como se um vazio se dissipasse e só existisse sua mão e um universo de possibilidades.

Isso o deixava arrebatadoramente livre, como ele nunca havia se sentido antes, em nenhum outro momento.

Esse era o seu refúgio, um que ele gostaria de compartilhar com alguém que de fato se importasse, mas depois da guerra e seus acontecimentos, ficava cada vez mais difícil achar alguém que ao menos se interessasse por esse "cargo".

Todos pareciam nutrir um ódio por ele que era de outro mundo, como se fosse sua culpa estar tão preso a algo que não conseguia nem salvar a si mesmo.

E eles nem pararam para ouvir toda história, era como se seu lado não existisse, como se ele não tivesse sentimentos.

Bando de hipócritas.

Lucien terminava de fazer o jogo de sombras do Rio Sidra, quando um ser assustadoramente grande pousou as suas costas. Ele estava passando uma semana em Velaris a pedido da Feyre, já que de acordo com ela, ele estava definhando cada vez mais — o que de fato ocorria — e pediu para que aproveitasse os prazeres da cidade, ou até mesmo participasse dos jantares que ele fazia de tudo para fugir.

O macho ruivo só aguentava os olhares de desdém, desconfiança e ódio porque sentia dever algo a ela. Sabia que era indesejado, que não o queriam aqui, ele ouvia as risadinhas, as piadas maldosas sobre seu corpo ou como ele poderia facilmente os trair por algumas moedas de prata, já que ele havia mudado de corte duas vezes e não sabiam o motivo da primeira, além do fato de acharem que ele não havia tentado ajudar Feyre.

Azriel apareceu ao seu lado, o olhando com indiferença. Lucien o odiava. O macho Illyriano parecia ter prazer em o irritar, em deixar suas bochechas corarem ou os fazer cair na porrada, era insuportável, mas era o único que o tirava do poço que havia se metido.

Por isso que o odiava, não queria sair de seu vazio, de sua frieza.

O moreno parecia ter prazer em o fazer virar uma pimentinha de tão vermelho que ficava. Macho estúpido.

— Olá, querido, como vai? — perguntou com cinismo, um tom que o ruivo nunca o viu usar em um jantar de família, por exemplo. Parecia ser guardado para Lucien

Nossos prazeres | ᵃᶻʳⁱᵉˡ ᵃⁿᵈ ˡᵘᶜⁱᵉⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora