Capítulo 5: the first confusion

601 95 60
                                    

A Z R I E L

[a primeira confusão]

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

[a primeira confusão]

ELE ESTAVA IMPACTADO, travado no lugar era o termo certo, sua mente ficava em branco e voltava ao normal. Os seus olhos de avelã intercalam a atenção entre Lucien e a intrusa. O primeiro indo em direção ao meio do salão como se estivesse em transe. Todos daquela corte odiosa não paravam de tremer, com uma palidez descomunal. Azriel, em um ímpeto, caminhou por suas sombras, parando ao lado de Lucien e pegando em sua cintura, impedindo-o.

Ouviu um resmungo da parte do ruivo e uma espécie de rosnado, como se a ideia de ser detido antes de chegar a invasora atormentasse sua fera inferior, a fêmea olhava para si com irritação, como se tivesse acabado de cometer o maior crime do mundo, ela parecia ver todos os seus pecados

Cassian moveu-se rápido como o vento, usando da magia de seus sifões para formar uma corda resistente o bastante para puxar um navio, logo prendendo as mãos da mulher mascarada, que apenas continuava olhando para Azriel com uma expressão matadora. Pronta para fazê-lo tirar as mãos de Lucien, percebeu ele.

O salão inteiro parecia mal respirar, todos petrificados com a cena da suposta invasora dando um sorrisinho diabólico, ela parecia ter ganhado algo, pois seus olhos brilhavam de uma forma assustadora.

Azriel tremeu, mas não largou o ruivo e apenas empinou um pouco seu nariz.

{...}

O lugar era mofado e úmido, Feyre estremecia levemente em seu vestido que era apenas tule e seda, porém Rhys a esquentava. Lucien estava encostado em uma parede, em momento algum ela havia tirado sua atenção da loira mascarada, esta que sorria como se tivesse ganho algum prêmio. Azriel intercalava seu olhar entre ambos, perguntando-se qual era o problema do ruivo.

— Bom, acho que já enrolamos demais — começou Rhysand, tomando sua postura de Grão-senhor, pronto para dizimar qualquer um que ameaçasse seu lar — Vamos começar pelo básico: quem é você e como entrou em minha corte?

A mulher apenas sorriu ainda mais, olhando diretamente para Feyre, que se aconchegou mais a Rhys, ela parecia sentir alguma espécie de dor, porém não era algo físico.

— Se você não responder minhas perguntas, vou ser obrigado a deixar meu torturador com você — proferiu o macho de olhos violetas, friamente. Ele estava incomodado com algo, isso era notório para Az, mas não conseguia entender o que era. O espião sentia o mesmo, era como se algo estivesse errado

Ela apenas fechou a expressão, olhando diretamente para Azriel agora, como se ainda tivesse raiva dele por algo, mas ela encarou Lucien e toda aquela sua tensão sumiu. Seus ombros relaxaram e a intrusa abriu um sorriso mínimo, mas verdadeiro.

Percebendo isso, Azriel — mesmo mordendo-se de ciúmes — olhou para Luci, e pediu que ele fizesse as perguntas, isso também feria seu orgulho de espião, mas sabia que não conseguiria tirar nada daquela fêmea.

Lucien se aproximou da fêmea, que olhava para ele como se fosse a única coisa naquele lugar, olhava-o como se ele fosse seu bem mais precioso. Uma jóia rara que deveria ser guardada a sete chaves.

— Eu me chamo Lucien, sou emissário desta corte, mas você já sabia disso, não é? — questionou, recebendo um aceno de cabeça — Me diga, quem do Círculo Íntimo estava nessa cidade hoje?

— Você, obviamente, Rhysand, Feyre, Azriel, Cassian, Nestha e Morrigan — surpreendendo a todos, ela respondeu. Feyre não entendia o rumo da conversa, mas manteve-se quieta.

— Sabe por que estamos aqui?

— Invadi a cidade de seu Grão-senhor e isso incitou seu lado mais covarde — ela prendeu uma risada, mas Azriel sabia que não era covardia de Rhysand, todo cuidado era pouco depois da guerra.

— Quero saber seu nome — disse Lucien, ignorando completamente a parte da covardia. Ele queria saber o quanto de informação ela tinha, isso diria a quanto tempo ela estava planejando algo, se era mesmo ela a invasora e o quanto eles tinham de melhorar a defesa.

— Me chamo Lilith, querido — respondeu suavemente. Parecia que ela lhe daria tudo que pedisse, direcionando-lhe um sorriso tão abobalhado que parecia uma adolescente apaixonada.

— Por que você veio até aqui? — voltou a perguntar, olhando-a como se estivesse um pouco hipnotizado

— Vim atrás de você, estou te procurando desde que a guerra acabou — respondeu com simplicidade, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Lucien e todos da sala a olharam com o cenho franzido.

— Por que você está atrás de mim?

— Eu tinha que te libertar, te mostrar seu verdadeiro laço, sabia que você sofreria, era o plano desde o começo — explicou ela, olhando diretamente para Lucien

Mesmo curioso e se retorcendo de ciúmes, não deixou de ficar um pouco esperançoso. Ele tinha uma chance?

Um sorriso discreto e quase imperceptível apareceu em seu rosto. Quem se importava com a Elain? ELE TINHA UMA CHANCE

— Por sua causa, vim salvá-lo — respondeu ela, com total sinceridade, mas salvar de quê?

— Me salvar de quê, exatamente?

— Desta corte desgraçada — respondeu ela, um rosnado mortal direcionado a Rhysand, que ergueu as sobrancelhas, surpreso com a audácia.

— Vejo que escutou os rumores sobre meu Círculo Íntimo — disse o senhor, com um sorriso debochado, que se fechou no momento em que a fêmea negou com a cabeça.

— Aí é que você se engana, meu bem, eu não digo que são desgraçados por sua fama, mas sim por como tratam Lucien — cada palavra dita grunhida parecia ser uma promessa de violência. Morte pura e crua passou por um momento em seus olhos, então sumiu, dando lugar a uma frieza descomunal. Azriel tremeu.

Feyre abriu a boca para retrucar, mas foi interrompida.

— Claro, menos o moreninho das sombras ali — disse ela, apontando com a cabeça para o espião, que quis sorrir pelo apelido? — Aliás, fiquei sabendo de uns negócios bem interessantes teus, morceguinho.

Oh merda.

— Podemos amordaçá-la? — perguntou Az como quem não queria nada, pondo as mãos atrás do corpo e olhando para o chão.

Suas sombras gritaram, gargalhando em seu ouvidos

Mas tu é falso, né menino, limpa o canto da boca ai, que teu veneno tá escorrendo — um coro de risadinhas das desgraçadas foi ouvido, fazendo-o bufar

Bando de najas

12/05/2022

Nossos prazeres | ᵃᶻʳⁱᵉˡ ᵃⁿᵈ ˡᵘᶜⁱᵉⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora