Prologue

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[Prólogo]

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[Prólogo]

O MUNDO SE RESUMIA àquela infinidade de poder, restava apenas a escuridão, depois do que pareceu uma eternidade.

Era vazio.

Mas também preenchia.

Parecia que a olhava de volta, como se zombasse de sua confusão.

Seus ossos se destruíam e se refaziam com um piscar de olhos.

Cada vez mais perfeito, cada vez mais fatal.

Ela caía em um oceano tão imenso que não se via o horizonte.

Mas talvez seja porque de fato ele não existia.

Qual era seu nome mesmo?

Ela tinha um nome?

O que era um nome?

Por que tudo tinha uma definição?

Algo cantava em sua mente, rastejava por seus ossos, corroía sua alma.

Alma? Ela tinha uma?

Tec. Tec. Tec.

O som de ossos quebrando ecoava por toda aquela profundidade.

Tec. Tec. Tec.

Tendões se partiam e se reconstruíam.

Tec. Tec. Tec.

E de novo. E de novo. E de novo.

Seu sangue parava nas veias, então voltava a correr, cada vez mais depressa.

Cada vez mais quente.

Até que tudo parou. A água fria borbulhou. Aquilo remexeu seu âmago, então transbordou.

O mundo estremeceu conforme uma nova deusa era criada. O corpo tão perfeito era jogado ao chão como se fosse um mero saco de ossos.

Mas não era. E o tremor e o pânico que passou naqueles olhos comprovava que ele sabia.

O peso em suas costas deveria ser reconfortante, pois a mantinha no mundo real, local onde ela não queria estar, então, não, não era reconfortante.

Ela destruiria mundos apenas por tédio, e nem a Mãe conseguiria pará-la

Nossos prazeres | ᵃᶻʳⁱᵉˡ ᵃⁿᵈ ˡᵘᶜⁱᵉⁿOnde histórias criam vida. Descubra agora