capítulo 13

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- Julian

- Aí Julian, por favor, vamos vai - Luke implora com aquele brilho nos olhos que ele sabe que eu raramente resisto.

- Aí Luke, eu já disse que não vou, - respondo, tentando manter minha voz firme, mas já sentindo a determinação dele desgastando a minha.

- E por que não vai? O que vai ficar fazendo a tarde toda? - ele insiste, cruzando os braços.

- Ah, sei lá, ficar deitado vendo série ou um filme, algo do tipo - digo, dando de ombros, embora a ideia de passar o sábado sozinho já esteja perdendo o apelo.

- Isso jura? Aproveita que é sábado e vamos sair, vai - ele insiste, e há um tom de súplica em sua voz que me faz hesitar.

- Vamos supor que eu vá, o que vamos fazer? - pergunto, já me rendendo à ideia.

- Vamos na praça tomar açaí e ficar conversando - ele responde, e posso ver que já está imaginando a cena.

- Vamos ficar fazendo isso? - questiono, embora a simplicidade do plano comece a me atrair.

- Melhor do que ficar entediado o dia todo sem fazer nada - ele rebate, e ele tem razão, não tinha nada pra fazer em casa.

- Ah, não sei, vou pensar - digo, subindo para o meu quarto, mas a decisão já está quase tomada.

- Que mané pensar, vamos logo e pronto - ele diz, me seguindo escada acima.

- Luke, as coisas também não são assim, nem tenho roupa para poder sair - minto, procurando uma última desculpa.

- Julian, para né, olha esse closet cheio de roupa - ele diz, entrando no meu território e apontando para as fileiras de roupas penduradas.

Fico o encarando, sabendo que tentar inventar algum pretexto não vai pará-lo.

- Tá bom, você ganhou, eu vou - resmungo, e ele comemora, batendo as mãos com um som que ecoa pelo quarto.

- Só avisando que vou demorar até arrumar uma roupa - aviso, já pensando no que vestir.

- Quanto a isso, não se preocupe - ele diz, olhando o celular. - Falei que estaríamos lá duas e meia e agora são apenas duas horas.

- Olha que safado, sabia que eu ia aceitar, né? - O encaro com um meio sorriso, já antecipando sua resposta.

- Claro que sabia - Ele ri, e o som é contagiante, mesmo que eu tente resistir.

Fico um tempo vasculhando meu closet, passando por camisas, calças, mas nada parece certo. É como se todas as roupas tivessem perdido o brilho.

- Ah, Luke, não achei nenhuma que eu goste - lamento, sentindo uma pontada de frustração.

- Aff, Julian, sai daí, vai. Deixa que eu procuro uma pra você - Ele diz, já mergulhando no mar de tecidos.

Me sento na cama, observando-o revirar meu closet. - Difícil, né? - Provoco, mas ele nem levanta a cabeça.

- Que nada, sei que é preguiçoso pra procurar. Só tenho que achar uma calça que combine com essa blusa - Ele responde, e eu não posso deixar de rir.

proibido se apaixonar (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora