capitulo 11

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- Henrique

- Bora, Carol! Já são mais de quinze minutos que estou aqui te esperando! - Gritei, a impaciência martelando em cada palavra.

Ela desce as escadas com aquela lentidão teatral, revirando os olhos. - Nossa, Henrique, como você é insuportável às vezes, sabia?.

Encaro-a, incrédulo com a demora. - Pra quê tanto tempo pra se arrumar, hein?.

- Eu te avisei que podia ir muito bem de ônibus, mas você não quis me ouvir - ela retruca, com aquele tom de 'eu avisei'.

Dou de ombros, tentando esconder minha irritação.

– É... mas a mãe ficou no meu pé pra te levar algumas vezes. Vamos logo, ainda temos que passar na casa do Victor.

Pego a chave do carro e saio, tentando apressar o passo.

–Bem estranho você indo três dias seguidos cedo pra escola, né? – Carol não perde a chance de alfinetar.

– O que tem? Não posso mais querer chegar no horário? – Respondo, enquanto coloco o cinto.

– Ah, claro que pode. Só acho estranho você estar tão... pontual – Falou ela, ajeitando o cabelo no retrovisor com um sorriso malicioso.

Dou partida no carro, ignorando a insinuação.

- O que tem demais nisso? - Perguntei, já prevendo onde essa conversa vai dar.

- Bom, pela minha lógica, você só começou a ir no horário depois que o Julian entrou na escola. E olha que faz três dias que ele está lá - Ela me encara, desafiadora.

- Se tá querendo insinuar que estou indo cedo só pra ver aquele moleque, ah, Carol, você só pode estar brincando - Resmungo, tentando disfarçar qualquer traço de verdade nas palavras dela.

- Eu não disse nada, você que está falando - Ela ri, claramente se divertindo com minha reação.

Paramos em frente à casa do Victor e buzino. Ele sai com uma cara de poucos amigos.

- Meu Deus, o que aconteceu com você? - Perguntei, surpreso com seu estado.

- Ressaca da festa de ontem - Ele fala, se acomodando no banco de trás com um gemido.

- E como foi a festa ontem? - Perguntei pelo retrovisor, curioso apesar da situação cômica.

- Ah, mano, nem me lembro direito, só sei que cheguei em casa - Victor responde com a voz arrastada, ainda sentindo os efeitos da noite anterior. - Por que você não apareceu lá?

- Não estava no clima para festa ontem - Falei, mantendo o olhar na estrada, tentando ignorar as provocações de Carol.

- Relaxa, Henrique. O Julian vai estar lá, não precisa correr - Ela diz, com aquele sorrisinho irritante.

- Aah, Carol, não começa - Respondo, tentando manter a voz firme.

- Julian? O que tem ele? -Victor pergunta, confuso com a conversa.

- Henrique que está caidinho pelo Julian - Carol interrompe antes que eu possa responder.

- Você está gostando do Julian, Henrique? - Victor pergunta, um brilho de curiosidade nos olhos.

proibido se apaixonar (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora