Capítulo 18

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- Thomas

Assim que o sinal soou, Julian, Luke e eu corremos para encontrar Sara e Pedro, que tinham ido ao banheiro.

- Vocês nem imaginam o que perderam - Luke começou, mal podendo conter sua empolgação.

- O que foi? - Sara e Pedro perguntaram em uníssono.

- Foi épico, um confronto dos grandes: Julian versus Henrique e Danilo - Luke gesticulava animadamente com as mãos.

- Ai meu Deus, o que você aprontou agora, Julian? - Sara perguntou, arqueando uma sobrancelha.

- Conta direito isso aí - Pediu Pedro.

- Deixa que eu explico - Interrompi, tomando a frente da conversa.

Enquanto caminhávamos para a sala, fui narrando o ocorrido.

- E foi assim que tudo aconteceu - Concluí a história.

- Julian, não sei se você quer viver ou morrer. Foi muita coragem pegar a chave do carro dele - Sara olhou para Julian, chocada.

- Ele que começou, não quis devolver meu celular. Só fiz o mesmo que ele - Julian respondeu, despreocupado.

- Acho que ele mereceu. Só não entendi por que o Danilo quis se meter - Comentou Pedro.

- Esse aí é outro que não me importo - Julian revirou os olhos.

Quando chegamos perto da sala, já dava para ouvir o professor de Física falando sem parar.

- Ah não, detesto essa aula. Esse homem não para de falar - Sara fez uma careta.

- E o sono que dá, sem poder dormir porque ele fica bravo - Pedro acrescentou.

- Ou quando ele passa uma atividade e, se você tem dúvida, ele vem falar tão perto que até cospe em você - Luke comentou.

- Pena, eu queria tanto ter aula de Física - Falei, fingindo tristeza.

Todos me olharam, confusos.

- E por que você não vai entrar na aula? - Pedro perguntou.

- Ainda estou de castigo - Respondi, sorrindo para eles.

- Ah, seu castigo ainda não acabou? - Sara questionou.

- Hoje é meu último dia, depois estou livre - Levantei a mão, agradecendo aos céus.

- Bom, é melhor você ir cumprir seu castigo antes que eles decidam aumentá-lo - Pedro me deu um empurrãozinho.

Ri e me despedi deles, seguindo em direção à biblioteca, que parecia um desafio só de pensar. Ficava no terceiro andar, e subir essas escadas era um exercício e tanto.

Cheguei na biblioteca, abri a porta e senti o ar frio bater no meu rosto.

- Atrasado como sempre, não é, senhor Thomas? - Célia, a bibliotecária, falou atrás de mim, me fazendo arrepiar.

proibido se apaixonar (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora